...Lucy Narrando...
A lua de mel acabou mais cedo do que eu imaginava, eu não conseguia nem olhar na cara do Nicola, o que ele fez comigo foi tão covarde, que eu preferi manter distância… na mansão, eu continuei no meu quarto e pedi para trazerem as minhas coisas de volta. Durante o dia, eu só saia para comer e tomar sol, tirando isso eu ficava mais no quarto lendo livros de romance e fantasia.
Durante a noite, eu saí do quarto para pegar um copo de chocolate quente para esquentar a minha noite fria. Confesso que sinto falta do corpo quente do Nicola, dos seus beijos…da sua pegada…mas…mas eu não quero ser apenas usada por ele, eu quero viver um romance igual as dos livros que eu leio. Quero ser feliz, ter filhos e ser amada. Passei na frente da porta do quarto dele e pensei em bater, mas neguei para mim mesma e segui para as escadas.
Antes de começar a descer as mesmas, sentir uma sensação estranha, parecia que algo de ruim iria acontecer e logo sentir como se houvesse alguém atrás de mim e ao me virar com rapidez, eu pude notar o vislumbre da Petra passar por mim. Ela caiu das escadas e eu até tentei agarrar o braço dela, mas foi tudo muito rápido!
— PETRA!
Gritei por seu nome em total desespero e comecei a descer as escadas correndo, mas antes de chegar no final da escada, os pais dela e o Nicola chegaram primeiro. Petra gritava de dor, e sangrava. Ela me encarou com ódio e apontou para mim;
— Foi ela…ela me empurrou Nicola! — Chora.
— O…o que? Eu não fiz nada, eu juro! — Disse atônito.
Todos me encararam e eu pude notar a decepção na face de todos, até os outros funcionários estavam me encarando com um olhar de decepção e raiva. Mordi os meus lábios e tentei me explicar, mas ninguém me deu ouvidos, todo mundo preferiu acreditar nas falsas palavras da Petra e me julgaram sem ao menos me ouvir.
Decepcionada, eu voltei para o meu quarto e me tranquei lá. Eu nunca faria mal a alguém, ainda mais para a Petra! Ela que tentou me matar…e não eu que tentei matar ela…Deitei na minha cama e chorei, tudo está dando errado para mim, quando eu serei feliz de verdade?
Um tempo depois, ouvi batidas na porta e rapidamente fui até ela, e ao abrir a mesma, eu recebi um forte tapa. O tapa foi tão forte que eu caí para trás, coloquei a mão na minha face e encarei o Nicola que me encarava com puro ódio. Aquele olhar dele partiu o meu coração, abaixei a cabeça e entre lágrimas pedi;
— Me mata…ME MATA NICOLA! — Grito aos berros.
— Como você pode ser tão podre? Era apenas um bebê inocente Lucy, apenas um bebê!
— Nada que eu diga vai fazer você acreditar em mim…nada…
Ouvi o som de arma sendo engatilhado, encarei o Nicola e o mesmo apontava uma arma na minha direção. Ele vai me matar…eu sinto que este é o meu fim. Vou morrer sendo inocente e sem ao menos ter conseguido um terço do que eu queria.
— Você é apenas uma manipuladora Lucy, espero que vá para o inferno, sua desgraçada!
Fechei os olhos e esperei o momento da minha morte, mas esse momento nunca chegou. Trêmula, eu abri os meus olhos e constatei o Nicola de cabeça baixa enquanto a sua arma estava no chão. Senti um grande alívio, e então resolvi tentar explicar o que realmente aconteceu.
— Eu…eu sair do meu quarto com o intuito de pegar um copo de chocolate quente, e quando parei na frente da escada, sentir como se houvesse alguém atrás de mim e ao me virar…a Petra passou por mim, eu tentei segurar ela pelo braço, mas tudo foi tão rápido…eu juro Nicola, eu não empurrei a Petra!
— Eu sei…acabei de receber o vídeo das câmeras de segurança.
Nicola levantou o seu olhar, depois ele pegou o seu celular e me mostrou uma gravação da câmera de segurança, ela mostrava que a Petra caiu sozinha ao falhar numa tentativa de me empurrar da escada. Me senti mais aliviada e chorei mais que o comum, eu não tive culpa, eu realmente não tive culpa!
— Desculpe, eu deveria imaginar que você não teria coragem de fazer mal a alguém.
— Sinto muito…pelo o seu filho.
— …
Nicola tinha um olhar vazio, olhar de decepção e agonia. Me levantei ainda sentindo o meu rosto arder, toquei no ombro dele e perguntei;
— Você não vai me matar, né?
Nicola levantou o seu olhar confuso, ele negou com a cabeça, eu dei um sorriso e então dei um forte tapa no rosto dele, depois outro e mais outro.
— Bom, o primeiro tapa foi para descontar o que você me deu. O segundo por você ter duvidado de mim. O terceiro por você ter me xingado e agora esses últimos dois — Desfiro mais dois fortes tapas, que faz a boca dela sangrar e então beijo a minha mão que ficou vermelha e dolorosa — esses últimos foi por você ter partido o meu coração!
— C-como? — Passa a mão na boca — Oh tapa forte do cabrunco!
— Você entendeu…— Me aproximo dele, coloco a mão na sua face e digo antes de abraçar o mesmo — Seu grande idiota!
Nicola ficou sem reação por um tempo, depois ele me abraçou e ficamos assim por alguns segundos. Ao estamos longe um do outro, ele falou;
— Vamos para o hospital, precisamos desmascarar aquela desgraçada!
— Tem certeza que será bom eu ir? Talvez os pais dela estejam chateados comigo…
— Por este motivo que você tem que ir comigo, se arrume e desça em cinco minutos!
Nicola saiu do quarto e eu suspirei, passei as minhas mãos no meu rosto e pensei o quão doida eu fui ao bater no Nicola. Entrei no banheiro, escovei os meus dentes e fiz um penteado simples no meu cabelo. Coloquei uma calça jeans e uma blusa preta de manga comprida, uma sandália rasteira e sair do quarto indo ao encontro do Nicola.
●
Assim que chegamos na frente da sala em que a Petra estava, eu sentir um calafrio e falei com o Nicola que eu ficaria no lado de fora, mas logo o mesmo entrelaça os seus dedos aos meus e adentra o quarto, deixando todos surpresos, mas não mais surpresos que eu. Petra começou a gritar, me chamando de assassina e mesmo os seus pais se desculpando conosco pelo temperamento da sua filha, eu não conseguia tirar a culpa da minha cabeça.
E se realmente foi a minha culpa? Se eu não tivesse virado na hora em que ela ia me empurrar, talvez o filho do Nicola ainda estivesse vivo…
Nicola, percebendo a minha tristeza, apertou a minha mão e deu um aceno com a cabeça. Ele então pegou o seu celular e deu play no vídeo, onde mostrava o exato momento em que a Petra caia sozinha da escada.
— Viram só, ela caiu sozinha — Encara a Petra — Você mesma ceifou a vida do seu próprio filho, Petra!
— NÃO, EU…EU NÃO MATEI O NOSSO FILHO! FOI ELA, SE ELA NÃO TIVESSE VIRADO…EU NÃO O TERIA PERDIDO IGUAL EU PERDI VOCÊ!
— Meu Deus…filha, como você pôde! — Falou Luciene entre lágrimas.
— Senhor Jeff e senhora Luciene, eu posso continuar com vocês na minha casa e na minha propriedade, mas a filha de vocês eu não aceito! O que ela fez não tem perdão, ela tentou contra a vida da minha esposa, eu poderia ter matado ela aqui e agora, mas estou deixando ela viver, só que para ela continuar respirando, ela terá que ir para bem longe daqui!
Após ter dito tais frases, Nicola saiu me puxando para fora do quarto. Ele mandou o motorista me levar para casa e sumiu das minhas vistas, me deixando confusa e com medo.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Anilda Alves da Cruz
nunca li uma história tão confusa 😕 só vou continuar lendo para saber onde tudo isso vai dar misericórdia
2024-07-16
2
harumy
Ah tá! na esposa ele desse a lenha, agora a vagabunda, só manda ir pra longe! absurdo 😔😔
2024-01-12
6
Maria Joana Cunha Costa
Ah eu amo vc Lucy sua linda kkkkkk
2024-01-02
1