Capítulo 14

...Lucy Narrando...

Os dias se passaram com rapidez após o acontecido, e desde então, o Nicola ficou mais esquisito e frio comigo. Ele também começou a não dormir em casa, e quando chegava no outro dia estava sempre irritado e com cara de poucos amigos. Eu notava marcas no seu corpo e de vez em quando, ele aparecia com cheiro de perfume feminino.

O jeito que ele me trata me entristece, eu realmente não tenho chances alguma em domar ele. Nicola é como um cavalo indomável, ele não te dá brecha para se aproximar e quando você pensa que tem uma brecha, ele simplesmente vai lá e demonstra que não existe brecha alguma! Encaro o meu prato com legumes, estou sem fome devido a profunda tristeza que toma o meu coração.

— Senhora Lucy, não irá comer de novo?

A voz do Jeff me traz a realidade e eu nego com a cabeça.

— Não, estou sem fome, senhor Jeff. — Digo num tom triste.

— O que te aflige, minha filha? — Sentou-se ao meu lado.

— O Nicola…eu me sinto uma burra por ter gostado de alguém como ele…ele é desumano, aquele homem nunca amará alguém!

Senhor Jeff colocou a sua mão acima da minha, ele deu um sorriso e disse:

— Dê tempo ao tempo, filha. Nicola é um garoto que sofreu muito durante a sua adolescência, e ele não sabe o significado da palavra amor. Ele nunca amou e nunca foi amado, por isso você tem que ser paciente com ele, se você realmente gosta dele, vai conseguir notar o qual confuso ele fica ao estar do seu lado.

— O que aconteceu com ele?

— Infelizmente não sou eu que tenho que te contar isso. Um dia você saberá por ele mesmo.

Jeff levantou-se e pediu para eu comer um pouco, já que fazia dois dias que eu não conseguia me alimentar direito. Comi um pouco e fui para o meu quarto pegar um livro, depois sair e fui para o jardim, onde me sentei no banco e comecei a ler. Após um tempo, ouvi uma voz rouca bem conhecida, estava vindo do outro lado do jardim e muito curiosa, eu fui ver quem era.

Nicola estava conversando com alguém no telefone, ele brigava com aquela pessoa e a xingava em vários idiomas. Suspirei e resolvi voltar para o meu banco, aqui pelo menos eu não corro o risco de perder a minha preciosa cabeça. Folheei umas trinta páginas do livro, e quando estava indo para o capítulo trinta e um, senti o cheiro do perfume amadeirado do Nicola.

As minhas pernas ficaram bambas e a minha respiração afobada. Será que ele me viu? Não, será impossível!

— Está aqui a quanto tempo? — A sua voz saiu rouca, mas não estava carregada de ódio.

— A alguns minutos, porquê? Não posso vir aqui?

— Porquê continua a me responder assim? Te fiz uma simples pergunta!

— E eu também, não fui ignorante, se soou assim para você, peço desculpas.

— Soube que não tem se alimentado direito esses dias. — Muda de assunto, ignorando completamente a minha resposta e pedido de desculpas.

— Estou bem, foi apenas saudades…

— De que? — Me encarou, fazendo eu sorrir tristemente e encarar o céu azul.

— Dos meus pais…eles me deixaram num acidente de carro, um que eu acredito que não foi realmente um acidente — Encaro o Nicola — Nicola, acredito que mataram a minha família. Quando eu tinha dez anos, todos diziam que o carro deles ficou sem freios, mas quando eu fiz dezoito anos, eu pesquisei mais a fundo e soube por alguns noticiários daquela época, que os freios do carro haviam sido cortados, por isso eles perderam o controle do carro.

Nicola ficou pensativo, ele pegou o seu celular e após alguns segundos me encarou e falou;

— Mandei um dos meus homens pesquisarem sobre a morte trágica da sua família — Coloca a mão em cima da minha — Vamos descobrir quem foi que causou a morte dos seus pais.

— Obrigada, você nem imagina o quão feliz eu estou agora!

— Um…nos vemos pela noite.

Dito isso, ele levantou-se e saiu do jardim, me deixando nervosa e pensativa. Ele planeja passar a noite comigo? E as amantes? Eu não consigo entender esse homem…

■

Durante a noite, eu vesti um vestido preto longo de manga comprida, como está chovendo desde as oito horas da noite, o frio se fez presente. Fechei todas as janelas e me deitei na cama, ao apagar as luzes do abajur, a porta do meu quarto foi aberta e eu fiquei paralisada. É ele…realmente iremos fazer aquilo? Eu quero dizer não, pois ele tocou várias mulheres e agora está atrás de mim.

Ele deve se cansar fácil das mulheres que pega, aí quando enjoa vem atrás de mim. Me sinto como se fosse um objeto para ele, que ele pega sempre que se cansa das outras. Nicola aproximou-se da cama e deitou ao meu lado, depois ele me puxou e eu disse;

— Enjoou das outras?

— Vai começar Lucy? — Senta na cama.

— Eu estou me sentindo como se fosse um objeto, um que você pega quando não acha algo melhor!

— Não diga isso, eu apenas…estava evitando brigas com você — Suspira — Lucy, sempre que estamos juntos brigamos, eu preferi te evitar ao invés de te agredir.

— Então está dizendo, que a culpa de tudo é minha?

— Sim, você implica comigo sempre, e esquece quem realmente manda aqui!

— Certo, não tenho muito o que fazer mesmo. Faça como desejar, não irei mais discutir ou lhe provocar.

Estou desistindo de vez de continuar com o jogo de sedução, se o Nicola for para ser meu, ele será. Não irei mais me importar com o horário que ele retorna para casa ou com quantas mulheres ele pega num dia, vou continuar aqui vivendo uma vida que eu não escolhi, mas que infelizmente é a única que eu tenho agora.

Nicola puxou-me para os seus braços, ele beijou o meu pescoço e eu me senti desconfortável. A minha cabeça está uma confusão que só, e o meu peito dói por saber que eu nunca conseguirei mudar este homem que está nos meus braços. Nicola beijou os meus lábios e com o coração partido eu me deixei ser usada por ele.

Ele tirou a minha roupa e beijou os meus lábios, o cheiro do seu corpo me deixou embriagada, fazendo o meu corpo relaxar abaixo do seu corpo quente. Entre gemidos baixos de dor, eu mordi o ombro dele enquanto o sentia indo fundo dentro de mim. Os meus olhos estavam fechados, eu tinha os fechados para impedir as minhas lágrimas de descerem, mas falhei na tentativa.

Nicola enxugou as minhas lágrimas, ele sentou-se na cama e me puxou para cima dele, fazendo eu gritar e colocar a minha cabeça no seu ombro. Ao estar acostumada com a posição e com ele completamente todo dentro de mim, eu comecei a mover o meu quadril com ajuda dele, a cada subida e descida que eu dava, ele gemia e sugava os meus seios com vontade.

Após um tempo, ele me colocou de quatro na cama e começou a dar fortes estocadas, fazendo eu gritar a cada movimento brusco dele. Nicola levantou uma de minhas pernas, ele tirou o seu membro de dentro de mim e começou a esfregá-lo no meu cl!tóris, me causando espasmos deliciosos.

— Vai Lucy, pede para eu te f#der!

— Umm…Nicola, coloca logo!

— Não é isso que eu quero ouvir…— Beija a minha perna.

— Me f#de Nicola!

Nicola entrou em mim com brutalidade, fazendo eu mover o meu corpo para frente e gritar por seu nome. A mão dele foi para o meu pescoço e quanto mais ele acabava comigo, mais gostoso ficava. Eu não conseguia mais sentir as minhas pernas, elas estavam trêmulas e o meu estômago doía um pouco também.

Após um tempo, eu acabei adormecendo nos braços dele e quando acordei no outro dia o encontrei se vestindo. Me ajeitei na cama com dificuldade, prendi o meu cabelo que estava solto e encarei ele que disse ao notar que eu estava acordada.

— Bom dia. Mandei o Antônio, um dos meus funcionários, marcar uma consulta no médico para você. Amanhã tá bom para você ir?

— Sim. Obrigada.

— Desça para tomar café.

Dito isso, Nicola saiu do quarto e eu me joguei para trás na cama. Todo o meu corpo dói, mas eu tenho planos para o dia de hoje e não quero ficar presa nesse quarto como venho feito. Levanto com dificuldade e vou até o banheiro, tomo um banho quente e me visto. Saí do quarto e fui para a sala tomar café.

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