Escorpião ( ela com essa parada )

Escorpião

A bandida ta me maltratando mermo, só andando por aí toda gostosa, jogando piadinha. To ficando louco. Tinha me vestido com uma camisa do Flaflu, uma bermuda preta, jeans, meu kenner, um boné vermelho e um 'finin' de ouro.

Depois que a diaba saiu, sentei na cozinha, só ouvindo a tia falar que a Camille é incrível, e eu devia estar com ela, não atrás de puta, que ela é uma menina de ouro, que to sendo otário. Se ta doido, a tia Regina me chamou de otário na minha cara.

Tomei rápido meu café da manhã, peguei meu celular, a chave minha moto, peguei também a glock e coloquei na cintura. O pai ta do jeito que elas gostam.

Sai de casa, peguei minha moto e subi pra boca rápidão. Cheguei na boca, entrei na minha sala, ouvindo uma risada alta vindo da outra sala, sabia que era a risada da minha diaba. Sai da minha sala, e fui ate a dela, que era do lado da minha, ela tava sentada fumando, conversando com o Bola e o Lagarto, que também riam.

— E sério, Mille, doeu pra caralho, quando tiraram a moto de cima de mim, eu tinha me torcido o pé, minha mãe me levou pro postinho, depois me deu uma surra — ela gargalha, enquanto o Lagarto bolava um e ria.

— Esse maluco é maior otário, sabe nem dar fuga direito, a gente riu pra caramba dele nesse dia, o maluco ate chorou. — Lagarto riu, e me olhou — ae patrão, entrai aí. Não é 4:20, mas ta na hora do chá.

Entrei na sala, me sentando no sofá tinha ali, Camille nem me olhou, apenas continuou fumando. Respirei fundo e olhei pra ela.

— Já tinha falado pra tu não fumar, porra. Fica fumando essas parada aí, parceira.

Ela só me ignorou, puxando com força, logo soltou a fumaça. Me levantei e puxei o baseado da mão dela.

— Vai se foder, Escorpião, qual a tua, parceiro? Fica embasando na minha, deixa eu fumar minhas parada em paz e vai comer tuas puta. — ela disse, se levantando, tentando pegar o baseado da minha mão.

Segurei ela pela cintura, colando a bunda dela na mesa. Coloquei o back na mesa dela (no cinzeiro), segurei ela pelo cabelo, fazendo ela inclinar o rosto na minha direção, enquanto ela tentava me empurrar e soltar ela.

— Me solta, Escorpião. Me solta agora — ela dizia.

Puxei ela para um beijo intenso, eu devorava ela com aquele beijo, ela retribuiu a princípio, mas logo voltou a me empurrar, quando eu soltei ela, ela me deu um tapa forte no braço.

— Você não tem o direito de me beijar. Não quero que você me beije, nem sei aonde passou essa boca antes de me beijar. Vem me beijar com essa boca que beija essa puta do morro, que nojo, vou ter que lavar minha boca com alvejante. — ela saiu da saia reclamando, batendo a porta.

— Caralho parceiro, tu ta fodido. A Mille é outra pessoa quando ta perto de ti. Ta boladona. — o Bola fala, saindo da sala.

Saio também, entrando na minha sala. Que ódio, mina mandada do caralho, ta acabando com o meu juízo.

Passei a amanhã trabalhando, quando deu por volta da uma da tarde, passei na sala da Camille pra chamar ela pra almoçar, mas ela não tava na sala. Quando sai da boca, vi ela conversando com um vapor, já me subiu um ódio de ver ela toda sorridente conversando com ele.

— CAMILLE — gritei com raiva, ela me olhou com desgosto e se aproximou

— Visão, patrão — ela fala com deboche

— Vamos pra casa almoçar.

— Foi mal, patrão, tenho um compromisso agora na hora do almoço, mas tu pode levar a Brenda, ela vai adorar comer com você, pra depois você comer ela. — ela fala e vai saindo. Seguro o braço dela e olho em seus olhos.