Camille ( Encontro com a facção)

Camille

Acordei com uma luz forte no meu rosto. Pisquei algumas vezez, para me acostumar com a claridade. Estava em um quarto de hospital, me corpo estava um pouco dolorido.

Olhei em volta e vi aquele homem bonito novamente, ele me disse que é o Escorpião. Escorpião é o dono do morro onde moro, ele é cruel com os inimigos, tem muitas regras para o morro, mas é bom para a população carente. Um dos problemas dele, é que vive cheio de puta ao redor, e isso, ninguém precisa falar, pois, todos os morados daqui sabem.

Quando o meu tio falou pra ele sobre a alta, ele saiu, me deixando sozinha com o meu tio. Me soltei do seu abraço e perguntei.

— Tio, onde estão a minha tia, e minha mãe?

— Elas estão na sua casa. Falei pra a sua mãe sobre o ataque, mas não deixei elas virem junto. Precisamos ir pra reunião do comando. Agora levanta, e vai se vestir. — ele entregou uma mochila pra mim

— Tio, não quero ter nada a ver com o comando. Depois que o meu pai morreu, eu me arrependi de ter entrado. Eu fiz por ele, e ele nem esta mais aqui. — Disse me lembrando do treinamento, do batismo, de tudo que passei naquele inferno.

— Camille, agora é tarde para se arrepender, você já esta envolvida, e agora foi atacada, sabe o que eles iam fazer com você, e o por que eles estavam te levando. Agora levanta e vai se trocar, por favor. — ele disse firmemente, enquanto tirava o acesso do soro vazio do meu braço.

Me levantei derrotada, caminhei até o banheiro e fechei a porta. Tomei um banho, ate lavei o cabelo, já que por sorte, o meu tio havia trazido tudo o que eu precisava. Após o banho passei um creme no meu cabelo, só para não embaraçar. Vesti a roupa que estava na mochila. Era um vestido preto, justo ao corpo, com um detalhe aberto em baixo dos seios. O vestido era ate um pouco a baixo do joelho, mas sempre subia conforme eu andava. Passei o meu desodorante, o meu creme de corpo e me perfumei.

Camille em seu vestido

Sai do quarto, vendo que Escorpião já estava lá novamente, com um papel na mão. Assim que ele notou a minha presença, desviou a atenção do meu tio para mim. Os seus olhos se demoraram em cada centímetro do meu corpo, o que me deixou envergonhada. Ouvi um tapa estalado. Escorpião passou a mão no pescoço olhando furioso pro o meu tio.

— Qual foi, parceiro. Ta maluco, caralho? Batendo igual polícia. Se ta louco.

Reclamou, passando a mão no pescoço.

— Bora. — ele me entregou o papel da alta, eu sai do quarto para assinar. Entreguei a uma enfermeira, sai do hospital, indo em direção ao estacionamento, onde os dois já me esperavam dentro de um carro. Além daquele carro, havia mais um, e quatro motos, que imagino serem para nos proteger, caso alguém nos ataque

Logo o Escorpião saiu dirigindo, ele havia ligado o rádio, e tocava uma música baixa e agradável. As vezes, pegava ele me observando pelo retrovisor do carro, e os seus olhos me queimavam.

Após algumas horas, chegamos a mansão que usamos para os encontros da facção.

Escorpião abaixa o vibro dele, nos identificando para seguranças que estavam no portão. Passamos por eles, Escorpião dirigiu ate o estacionamento, parou o carro e descemos, os três juntos.

Escorpião saiu na frente, indo de encontro a algumas pessoas que nos esperavam. Logo avistei Juliana, a chefe do comando, caminhei ate ela rapidamente, que abriu os braços assim que me viu.

— Querida, quanto tempo. Você esta uma mulher linda.

Disse ao me abraçar rapidamente.

— Obrigada, Ju. Estava morrendo de saudades de você. Se vai ter uma coisa boa nessa reunião, é que no final vamos poder por a fofoca em dia. — Falo e ela da risada.