Camille ( O beijo )

Camille

Após o final da reunião, a Ju me levar dela. Segui ela ate a sua sala, ela entrou, entrei junto e nos sentamos.

- Camille, acho que entendeu o que houve. A sua família vai ter que sair do rio. Tem um lugar para mandar eles? - ela perguntou, me servindo uma bebida.

- Sim, Ju, temos uma belíssima propriedade em Petrópolis, que eu e os meus irmãos adoramos.

- Ótimo - sorriu - Avise a sua família, peça que a sua mãe e os seus irmãos façam as malas, vou mandar alguns dos meus homens para ajudar que na rota. Mas precisamos que tudo esteja pronto as três da manha, para sair.

- Obrigada, Ju. - Levantei e a abracei, ela retribuiu o abraço e voltou a falar.

- Mas agora, precisamos encontrar uma casa pra você perto da casa do Escorpião. O ideal, seria você morar com ele, mas pelo que eu conheço dele, isso jamais vai acontecer. - ela ri

- Morar com ele, por que isso seria o ideal? - perguntei, sem entender.

- Querida, aquele lugar é uma fortaleza. A casa dele é mais protegida que a boca - sorri - estamos tentando te manter em segurança, o ideal é estar no local mais seguro possível.

- Entendi. Ju, preciso ir, tenho que ligar pra a minha mãe, e quero aproveitar pra ir embora assim que possível. - disse, já me levantando novamente.

Juliana me abraçou e me acompanhou para fora da sala. Assim que sai, liguei para minha mãe, que atendeu imediatamente. Expliquei pra ela o que tinha acontecido comigo, contei sobre a reunião, sobre o que havia acontecido. Minha mãe chorou muito, pediu para que eu fosse junto, que não deixasse isso acontecer. No fundo da ligação, podia ouvir a minha tia tentando acalmar a minha mãe. O meu coração estava aos pedaços, precisei me segurar muito para não chorar. Ao final da ligação, voltei ao salão.

Fiquei bebendo, conhecendo um pouco algumas das pessoas que estavam ali. Acho que se passaram algumas horas, eu já estava bem cansada, estava numa conversa entediante sobre o mundo das drogas, com Serena, uma mulher ruiva que conheci, esposa de um dos irmãos da facção, até que senti alguém atrás de mim, um perfume forte e marcante. Um arrepio tomou o meu corpo como uma corrente elétrica, quando ouvi a sua voz grossa (estava um pouco mais grossa que o normal) no meu ouvido. Um ar quente saiu da sua boca, atingindo em cheio meu corpo, me trazendo uma necessidade estranha daquele homem, uma necessidade que nem sabia que tinha. Engoli a saliva que estava na minha boca, junto com meus pensamentos. Me virei para ele, olhando nos seus olhos. Aqueles olhos. Eles são lindo e penetrantes, parecem devorar a minha alma. Respirei fundo, me despedi de Serena, sai dali com Escorpião, segurando a sua mão, ele me olhava bem confuso. Chegamos a um corredor afastado, onde pedi para ele me levar para a casa da minha mãe. Eu me incomodei quando ele me chamou de Morena, meu vulgo. A tanto tempo que ninguém me chamava assim.

Ele se aproximou, tirando uma mecha do meu cabelo que caiu em meu rosto. Aquele toque suave fez com que eu levasse uma das mãos a cima da dele, acariciando aquela mão grande, fechei os meus olhos. Não sei em qual momento ele se abaixou para me beijar, mas sei que correspondi aquele beijo na mesma hora, não exitei, e nem poderia, eu ansiava por aquele beijo, tanto quanto ele. O beijo dele era bruto, com um gostinho de gin no fundo. Ele me beijava com todo o corpo, a pegada daquele homem estava me enlouquecendo. Me assustei quando senti a parede em minhas costas, mas não podia parar aquele beijo jamais. Senti a minha calcinha molhar, enquanto as mãos dele passeavam por todo o meu corpo, naquele momento, pude sentir também, que ele estava tão excitado quanto eu, sentia o seu membro roçando a minha barriga.

Ele estava prestes a alcançar o meu seio pro dentro do vestido, e eu estava prestes a para-ló, quando escutamos alguém pigarrear. Levei as mãos ao peito dele para empurra-ló, olhei em direção ao pigarro e vi a minha madrinha. Meu Deus, que vergonha, como eu pude fazer uma coisa dessas, justamente com ele? Ainda mais, aonde qualquer pessoa poderia ter visto. Onde eu estava com a cabeça? Já estava morta de vergonha, ele ainda me beijou novamente e saiu.

Precisei respirar mil vezes para conseguir me recuperar aquele beijo e da vergonha que passei. Segui ate o local onde o meu tio estava, caminhei com ele ate o carro, que se jogou no banco de trás, alegando que estava cansado, precisava dormir. Me sentei no banco da frente, aguardando ele voltar. Quando ele voltou, entrou no carro, ligou a música novamente, olhou para meu tio, que já dormia tranquilamente. Saiu dali dirigindo rapidamente.