Escorpião ( O beijo )

Escorpião

Ainda não sei porque falei aquilo. Agora eu to responsável pela mina, e o WL não para de me olhar de cara feia. Camille parecia um tanto infeliz com a decisão que tomamos, acredito que seja por termos que afastar ela da família. Isso nunca é fácil, mas é necessário, para a segurança da tia e dos moleques.

Após o final da reunião, vi a diaba e a Chefe saindo em direção ao escrito. Sai dali, indo em direção ao bar.

- Um copo de gin.

Pedi para a batista que me olha com desejo, ela até que é bonita, mas eu só conseguia pensar na diaba. Não sei o que ta acontecendo comigo, nunca fiquei assim por ninguém, deve ser só tesão.

A garota me trouxe a bebida, eu logo sai dali. Estava indo em direção a um grupo de amigos, quando WL entrou na minha frente.

- Qual foi, Escorpião. Te pedi na moral, pra tu deixar a minha sobrinha na dela, ai tu vai ficar na guarda da mina. Qual vai ser o próximo passo, vai assumir ela como fiel e trair ela com essas puta que você come? Se tu machucar a minha sobrinha, o papo vai ser outro. De homem pra homem.

Do mesmo jeito que ele veio, ele saiu. Ele so pode ta maluco, me tirando de otário nessa porra, to fazendo isso pra cuidar da mina, e ele nessa ideia torta.

Aquilo só me estressou. Voltei pro bar, para beber mais.

Após umas duas horas, já estava cansado de ficar ali.

Com os olhos, comecei a procurar a Camille e o WL. WL estava com o Tubarão e o sub dele, Camille estava do outro lado do salão, sua expressão era de tristeza, ela mantinha um copo de bebida na sua frente, bebericando lentamente, enquanto ela conversava com uma ruiva. Me levantei e me aproximei dela. Ela estava de pé, de costas pra mim, colei o meu peito nas suas costas e disse no seu ouvido.

- Acho que já ta hora da gente voltar para o morro.

Senti ela se arrepiar, notei quando ela engoliu em seco. Sentia vontade de virar sei corpo, e beijar aquela boca linda. Sabia que seu fizesse aquilo, ela corresponderia. Sabia que se eu levantasse o seu vestido, e entrasse nela, ela iria me permitir e corresponder. Mas eu não podia fazer nada daquilo, naquele lugar.

Ela se virou pra mim, me olhando nos olhos. Apenas confirmou com a cabeça, se despediu da menina que estava com ela, segurou o meu pulso, saiu dali me puxando em direção aos corredores. Num corredor distante, ela disse.

- A Chefe disse que vou ter que morar mais perto da sua casa, pra você me vigiar de perto, e para eu acompanhar a sua rotina na boca. Queria te pedir, poderia me levar para ver a minha mãe antes dela ir?

Ela me pediu, com os olho suplicantes. Se ela soubesse, que se me mandasse latir agora, eu latiria apenas para deixar ela feliz.

- Claro, Morena, te levo aonde você quiser.

Ela continuou a me olhar, mas agora, o seu olhar esta diferente.

- não me chama de Morena, por favor. Você sabe o meu nome.

- Eu prefiro te chamar de Morena aqui. Pode ser perigoso que saibam seu nome. - expliquei, ela assentiu.

Estávamos muito perto um do outro. Me perdia naqueles lindos olhos dela, me aproximei um pouco mais, afastando o seu cabelo do seu rosto. Minha mão descansou no seu rosto, ela colocou a dela sobre a minha, fechando os olhos. Me aproximei ainda mais, tomando os seus lábios num beijo bruto, cheio de desejo.

Ela correspondeu na mesma hora. Desci minha mão a sua cintura, puxando seu corpo para mim, enquanto ela segurava meu rosto.

Empurrei ela devagar ate a parede mais próxima, onde encostei as suas costas. O corpo dela reagia ao meu.

O meu amigo la de baixo estava já estava acordado, e eu estava louco para entrar nela. Deslizei uma das mãos pela lateral do seu corpo, quando estava prestes a alcançar o seu seio por dentro do decote, escutei alguém pigarrear, foi quando Camille me afastou do seu corpo.

Olhei para a pessoa, que me encarava de braços cruzados.

- Escorpião, me encontre na minha sala.

A Chefe disse, se afastando dali. Olhei Camille, que estava muito envergonhada com aquela situação. Dei um beijo rápido nos seus lábios, o que a fez ficar vermelha de vergonha.

- Chama o WL e me espera no carro, marca 10 que eu to la.

Sai dali rápido, meio ofegante ainda pela situação. Caminhei ate a sala da Chefe, bati na porta e entrei após escutar um fraco "entre". Assim que ela me viu, se levantou e disse.

- Escorpião, vamos direto ao assunto. Espero que você não tenha falado que vai proteger a minha afilhada só pra comer ela.

Respirei fundo. De novo essa porra de conversa.

- Vinicius, eu acho bom você não machucar a minha afilhada. Ou você vai entender porque eu sou a chefe dessa porra.

Ela disse. Eu apenas assenti, não estava afim de falar sobre a mina pra ninguém. Só dei um beijo nela, que é uma coisa que eu não faço com ninguém, mas não é nada de mais.

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