Capítulo 19: No aconchego do seu abraço

Gregory trava a mandíbula possesso de ódio. Apesar de todas as investidas de Reese para cima dele, ele jamais deu sequer esperança de corresponder o amor dela algum dia. Agora ser desrespeitado, caluniado, por causa dos erros dos seus parentes, em especial, seu pai Jacob, para Gregory, é o cúmulo do absurdo. Talvez seja porque ele nunca deu importância que ela pensa ter algum direito de falar o que quer.

Antes mesmo de Gregory responder Reese, como lhe convinha, Storm aperta a mão dele, como se pedisse para ele não reagir a provocação e continuassem o trajeto deles para longe desse ninho de cobras.

Gregory respira fundo e mantém silêncio, apenas essa vez, vai deixar passar. Ele entende o quão cansativo está sendo a passagem de Storm pela mansão da família Ferguson e decide terminar com isso logo, levando-a para bem longe.

Reese, porém, não satisfeita com o silêncio e desprezo de Gregory, continua a sua provocação:

— Oh! Estou certa, não estou? É comum na família Ferguson, os homens usarem as mulheres como brinquedinhos e depois descartá-las. Isso não será diferente com você, garota! Isso foi o que aconteceu com a Bea... Não foi Greg?

Storm rapidamente solta a mão de Gregory e vai ao encontro de Reese. A sua raiva é tremenda, isso porque ela nunca gostou que desonrasse a sua mãe. Então, com toda a sua força dá um bofetão no rosto de Reese, deixando a marca da mão dela estampada. O som do tapa ecoa pelo corredor.

— Sua maldita! Você... — Reese grita indignada, levanta a sua mão para revidar o tapa, mas é interceptada por Storm.

Storm aperta com brutalidade a mão de Reese e adverte:

— Nunca mais mexa com as pessoas inocentes, que não podem defender as suas memórias! O que você sabe sobre ela? Você é patética! Acha que tem o direito de difamar a reputação da mãe do Gregory porque ele te rejeitou?

— Ele não rejeitou... — Reese replica.

— Não? Você desmoraliza os outros, mas é você que não tem moral nenhuma! — Storm declara impetuosa e solta a mão de Reese.

Gregory apenas assiste ainda surpreso por Storm agir tão repentina e ferozmente para defender a honra da mãe dele após a acusação de Reese. Então, caminha até Storm e a abraçando por trás diz apaixonado:

— Meu coração escolheu bem dessa vez! Eu farei de tudo para manter você ao meu lado... Eu vou te amar e te mimar de todas as maneiras que você merece, a começar, te levando para o nosso ninho de amor. Vamos?

— Sim. — Storm concorda e faz cara de deboche para Reese.

Reese fica com raiva pela demonstração de afeto de Gregory para com Storm. Sempre sonhou que ela seria a esposa dele, mas ver ele com outra, é difícil de aceitar. E em todo esse tempo, jogando charme para cima dele, não conseguiu fisgá-lo.

Gregory encara Reese e de uma forma profissional, imparcial e fria informa:

— Quanto à você Reese, não vou aceitar que fale mal das mulheres da minha vida, então se prepare para receber as consequências das suas ações estúpidas. A partir de hoje, seu contrato com a Ferguson está cancelado.

— Gregory, você não pode fazer isso comigo! Esse contrato... — Reese tenta se justificar, mas Gregory a interrompe e avisa:

— Pensasse nisso antes!

— Mas eu... Eu não posso ficar sem esse patrocínio. — Reese replica agora preocupada.

— Quando falou bobagens sobre a minha mãe você não pensou em nada além de atingir Storm. Então, não conte com as nossas empresas para patrocinar você! — Gregory diz enfático, mas ReeNãoprotesta:

— Não posso aceitar isso!

— Não aja mais imprudentemente! É bom que você não venha fazer balbúrdias na empresa, ou sair por aí caluniando a minha esposa. Isso será pior para você! — Gregory adverte e beija Storm.

Enquanto Reese fica remoendo seu ódio, Gregory toma a mão de Storm e a conduz para descerem as escadas, finalmente. Internamente, deseja não encontrar com mais ninguém da família e adiar a sua saída da mansão. Os dois descem as escadas rapidamente, mesmo sem comentar com Storm, ela o acompanha em passos rápidos. Os passos de ambos parecerem estar sincronizados, mesmo que nenhum dos dois tenha dito para fazerem tal coisa, ambos estão ansiosos para irem embora.

Ao passarem pela sala, Viola, começa a lançar suas farpas, mas Gregory e Storm não dão a mínima. Assim que saem da mansão, Gregory leva Storm até o seu carro e abre a porta para ela entrar. Após ela se acomodar, Gregory entra no seu carro e se senta ao lado dela. Storm fica sem entender, afinal, quem irá dirigir o carro?

— Travis vai dirigir o carro, não se preocupe. Estou muito cansado para dirigir. O que eu mais queria é estar aconchegado em seu abraço agora. — Gregory revela.

— Então vem... Descansa! — Storm chama e oferece o seu ombro para Gregory se acomodar.

— Obrigado. — Gregory agradece e acomoda a sua cabeça no ombro de Storm.

— É o mínimo que posso fazer... Você terá lutas e dias difíceis pela frente. Eu não sei em que poderei te ajudar... Mas eu vou descobrindo aos poucos. — Storm confidencia de forma natural e isso faz o coração de Gregory bater acelerado.

Tomado pelo êxtase de ouvir palavras de apoio, Gregory olha nos olhos de Storm e exclama:

— Você é incrível, sabia? Não esperava que você fosse tão agressiva, protetora... Maravilhosa!

— Hoje foi um dia terrível, mas aprendi um pouco. Aprendi que não posso permitir ser mais fraca, porque eu não sou! — Storm declara confiante e Gregory complementa:

— Você não é!

— Fui traída porque confiei demais nas pessoas... — Storm relata, mas Gregory a interrompe e afirma convicto:

— Em mim você pode confiar. Não vou te decepcionar.

Enquanto conversam, Travis, o motorista da família Ferguson, abre a porta do lado do motorista e fala:

— Desculpe a demora, senhor. Para onde quer que eu dirija?

— Para minha casa, senhor. — Storm responde e informa o endereço da sua casa.

Travis liga o carro e dirige para a casa de Storm. A caminho, mesmo com tantas perguntas para fazer para Gregory, Storm ao vê-lo com os olhos fechados, decide não incomodá-lo e apenas realizar o desejo dele de estar no aconchego de um abraço. Assim, mesmo sem dizer nada, Storm vai fazendo com que Gregory deite a sua cabeça no colo dela e ela começa a fazer um cafuné.

Gregory grita internamente, vibrando de alegria:

— Que delicia! Isso é muito bom!

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