Capítulo 15: Reagindo

Ao saírem do quarto e andarem em direção as escadas para irem embora, o senhor Antony aparece vindo para o quarto dele e pergunta:

— Já estão indo?

— Sim, vovô. A Storm precisa descansar. E como o senhor viu, aqui não é o lugar apropriado para isso. — Gregory responde.

— Antes de irem, preciso conversar um pouco com você, Gregory. — Antony pede.

— Claro. — Gregory consente e questiona: — Vamos para o escritório?

— Não. Venha até o meu quarto. O seu pai e o seu tio estão lá no escritório enchendo a cara desde que vocês saíram da mesa. Estão inconformados. — Antony informa.

— Tudo bem. — Gregory concorda e diz para Storm: — Prometo não demorar, Storm.

— Está bem. — Storm assente.

Enquanto Gregory atende ao pedido do avô, seguindo-o até o quarto dele para conversarem, Storm fica sem saber se continua caminhando para a escada para esperar Gregory na sala, ou se o espera onde ele a deixou. E diante dessa dúvida, ela prefere esperá-lo onde ele a deixou, afinal, as primas dele e a modelo com certeza ainda estão na casa, na sala provavelmente, e Storm quer a todo o custo não reencontrá-las sem Gregory ao lado. Não quer ouvir mais provocações desnecessárias, pois o seu dia já foi muito cansativo para continuar ouvindo baboseiras.

Storm encosta perto de uma porta de um quarto, e fica observando o grande corredor cheio de portas e artes distribuídas na parede. A porta se abre repentinamente e dois braços fortes puxa Storm para dentro do quarto. Storm se assusta e antes de gritar, sua boca é tampada com uma mão grande para abafar o seu grito.

A porta do quarto é fechada e Storm se esperneia para se soltar das garras de quem a aprisiona, mas é tudo em vão. Um medo lhe sobrevém. Medo de ser violada. Medo de ser morta e não conseguir realizar os seu sonhos.

— Oi, bonequinha... — Andrew diz com um sorriso matreiro sem soltar Storm. No entanto, retira a sua mão da boca de Storm e avisa: — Nem pense em gritar... Esse quarto é a prova de som.

— Eu não sou boneca! — Storm declara ofendida e se vira para pegar no trinco da porta para tentar abri-la.

Andrew interrompe a ação de Storm, afastando ela de perto da porta para mais próxima da cama e diz com tom de voz irônico:

— Claro que é. Pelo que parece foi comprada por um preço muito alto. E não vai conseguir escapar de mim tão fácil, coisinha.

— Abre essa porta! Me deixe sair! — Storm ordena furiosa ainda presa nos braços de Andrew.

— A resposta é, não! Pelo que o vovô gosta de conversar com o Greg... Com certeza vai demorar um bocado até ele deixar ele ir. — Andrew informa e provoca: — Que tal brincarmos um pouquinho?

— Está louco!? — Storm grita ofendida e tenta empurrar Andrew, mas suas forças não se comparam com as de Andrew.

Andrew abraça forçadamente Storm, toca no pescoço dela, deslizando a mão dele até o decote da blusa que ela está vestida. Storm fica horrorizada. O medo de ser estuprada só aumenta. Devido a Andrew dar certa folga para Storm, ela consegue se desprender dele e se pronuncia convicta:

— O que pensa que eu sou, seu riquinho mimado!?

— Oh... Está se fazendo de difícil? Não é o que está parecendo... — Andrew debocha e anda a passos largos até Storm.

Andrew volta a agarrar Storm a força e ela tenta a todo o custo se soltar. Entretanto, por Andrew ser mais forte que ela, suas tentativas são fracassadas mais uma vez. Andrew começa a beijar o pescoço de Storm enquanto ela pede para ele a soltar.

Storm olha ao seu redor, buscando uma saída. Nota que o quarto tem traços muito femininos, então deduz que esse não é o quarto do Andrew, e então se recorda de não ter visto Andrew trancar a porta. Storm sabe que precisará ter força e atingir Andrew certeiro para ela poder correr para a porta e depois sair do quarto.

Em meio ao turbilhão de pensamentos, Storm para de se debater.

— Ora, ora... A Tempestade já está se acalmando? Foi muito rápido... Não acha? Esses lábios estão suplicando um beijo meu. — Andrew provoca e sente um desejo de beijar os lábios de Storm.

Antes mesmo de tocá-los, Storm chuta as partes íntimas de Andrew que solta Storm rapidamente devido tanta dor. Storm corre rapidamente para a porta de saída do quarto.

— Não encoste essas suas mãos sujas em mim novamente! — Storm avisa.

— Sua vagabunda! Você vai me pagar... — Andrew murmura enfurecido, com as suas mãos segurando as suas partes íntimas.

— Idiota! Acha mesmo que eu sou uma qualquer!? Você não é nada para mim! Seu riquinho mimado! Fique feliz deles não terem sido destroçados, porque é isso que você merece! — Storm declara confiante e sai do quarto.

Andrew permanece no quarto e cai na cama revoltado. Storm respira aliviada, mas logo aparece Reese e indaga curiosa:

— O que você estava fazendo nesse quarto? Onde está o Greg?

Por estar ofegante e sem intenção nenhuma de responder, Storm permanece em silêncio e isso deixa Reese irritadíssima. Reese deduz que Storm não estava com Gregory e caminha rapidamente para cima de Storm para tirar satisfações de um jeito mais agressivo.

— Eu falei com você, sua mocréia! — Reese diz entre os dentes e levanta a mão para esbofetear Storm.

Storm intercepta o braço de Reese, agarrando-o com força, mas solta logo em seguida se manifesta determinada:

— Não pense que eu sou uma qualquer para apanhar de você!

— Você é e sempre será uma vagabunda int, o seueira! Isso nunca nubca vai mudar! Pelo que soube, seu pai te vendeu por míseros trocados. Você não vai viver feliz com o Gregory! — Reese debocha.

— Por que eu não viverei feliz? É vidente, por acaso? — Storm replica no mesmo tom de voz debochado.

— Você não é o tipo do Greg! Ele vai enjoar de você facilmente e como você é descartável, isso não será problema para ele te jogar as traças. — Reese responde convencida.

— Sério, mesmo? Isso é só dor de cotovelo, querida? — Storm provoca.

Reese fica possessa de raiva e parte para cima de Storm para bater nela. Na segunda tentativa de atingir o rosto de Storm, Reese é novamente impedida, contudo, dessa vez, Gregory aparece ao sair do quarto do avô e ao ver a cena interroga zangado:

— O que pensa que está fazendo, Reese?

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