Capítulo 14: É um bom sinal?

Storm acompanha com os olhos a caminhada de Gregory até o banheiro. Sua atenção é tomada pelo simples fato de Gregory começar a se despir, logo assim que vira as costas para ela. E isso a deixou curiosa.

Sempre quando Storm via Gregory estampado em revistas e sites de fofocas, em nenhum momento ele se apresentou com outra vestimenta, a não ser o terno impecável, em geral em tons negros e brancos. Agora, com a atitude dele, desperta em Storm um desejo de vê-lo totalmente despido.

— Nossa! O que eu estou pensando!? Estou parecendo uma pervertida! — Storm se recrimina internamente, mas reflete: — Essa não seria a intenção dele, seria?

Mesmo essa dúvida a martirizando, Storm não consegue tirar os seus olhos de Gregory. Para ela, ele tem um corpo admirável, talvez por causa do seu gosto por artes marciais... Mas ele é realmente lindo, em todos os sentidos.

Gregory antes de entrar no banheiro, já sem camisa e prestes a retirar as calças, olha para Storm e esta desvia o olhar, envergonhada. Gregory nota a timidez de Storm e sorri malicioso. Storm, por sua vez, começa a comer, afinal, o seu estômago há tempos está querendo ser saciado e o lanche que trouxeram está com um cheiro e um sabor divino.

Gregory entra no box do seu banheiro totalmente despido e imagina o rostinho envergonhado de Storm.

— Será esse um bom sinal? Será que ela me verá mais do que um amigo logo? Isso seria fantástico! Se bem que preciso ficar alerta com aquelas quatro mulheres lá embaixo. — Gregory pensa consigo mesmo.

Gregory toma o seu banho calmamente enquanto projeta as maneiras de como irá conquistar a sua sogra bem como cortejar a filha dela. Pelo caráter e jeito meigo de Storm, Gregory não acredita que a mãe dela seja do tipo interesseira, então, não pode jogar com dinheiro para se mostrar que quer proteger a filha dela. Precisa saber tudo sobre Storm e a família dela antes de dar os próximos passos.

Após tomar o seu banho relaxante, Gregory pega a sua toalha branca e sai do banheiro enrolado nela cobrindo apenas da sua cintura para baixo. Gregory pensa em jogar um charme para Storm, provocá-la, mas quando sai, Storm está com o olhar fixo na janela de vidro do quarto, observando a tempestade lá fora que já começa a diminuir.

— Tudo bem, Storm? — Gregory questiona curioso.

— Ah! Sim... Está. — Storm responde, mas não olha diretamente para Gregory.

A intuição dela diz que ele está ainda sem se vestir, então não quer ficar mais envergonhada diante da presença cativante e sedutora dele. Gregory, porém, com o pensamento fixo de que irá se esforçar em conquistar Storm, caminha na direção dela e assim que fica a um passo de Storm, ele comenta:

— A tempestade já está passando. Apesar da escuridão lá fora, eu gosto da chuva.

— Eu... Eu também gosto. — Storm concorda gaguejando, pois não esperava que ele estivesse tão próximo.

Gregory percebe o desconforto de Storm com seus gestos inquietos e decide ir se vestir.

— Vou só me arrumar e a gente vai para nossa casa, tudo bem? — Gregory avisa e Storm concorda:

— Sim.

Gregory esbanja um sorriso de orelha a orelha, ao ouvir uma resposta positiva. Antes mesmo de dar uns passos para se afastar de Storm, Gregory observa a bandeja em cima do criado mudo e investiga:

— O lanche estava bom?

— Muito bom. Estou satisfeita, obrigada. — Storm responde e se vira para ele.

Entretanto, não o encara. Com a cabeça baixa, ela murmura:

— Eu também queria tomar um banho...

— Pode tomar um banho antes de irmos, Storm... O banheiro está livre. — Gregory sugere, porém Storm retruca:

— É que eu não tenho roupa aqui...

— Posso te emprestar uma das minhas roupas... Minhas camisas podem servir como um vestido para você perfeitamente. — Gregory brinca.

Storm fica surpresa, ao mesmo tempo, descrente com a sugestão ousada de Gregory, na opinião dela. Isso porque eles acabaram de se conhecer, e usar objetos pessoais dele, só se realmente fosse uma emergência, mas esse não não o caso.

Gregory, porém, solta um pigarro e esclarece:

— Tudo bem... Só estava brincando, Storm. Te levo na casa onde estão as suas roupas e coisas, e depois iremos direto para a nossa casa. E como eu disse, estamos casados e precisaremos conviver juntos.

— Tudo bem. Já entendi. Apesar de isso ser tão estranho pra mim... Eu... Eu não tenho escolha, não é? — Storm declara com pesar.

Gregory não replica, pois sabe o quanto está sendo difícil para Storm, e então segue para o closet para se vestir.

— Posso usar o seu banheiro? — Storm indaga e Gregory se vira para ela e afirma:

— Claro que pode, Storm.

— Obrigada. — Storm agradece e segue até o banheiro.

Após fazer as suas necessidades, Storm fica em frente ao espelho e começa a imaginar como será a sua vida de casada com um herdeiro poderoso e famoso. Gregory após se vestir rapidamente, vai até o banheiro, onde Storm ainda permanece inerte, com o seu olhar fixo no seu reflexo no espelho.

— Storm? — Gregory a chama.

— Sim. — Storm responde e ele vira.

Gregory então questiona:

— Lembro que me contou que não foi feliz em seu relacionamento anterior... E o nosso, veio de forma inesperada... Foi você que desistiu, ou foi o babaca que fez algo para você?

— Hum? Por que pergunta isso? — Storm questiona confusa.

— É que não dá para acreditar que alguém tenha te deixado ir... — Gregory responde.

Instintivamente, Storm começa a chorar. Gregory corre ao encontro dela e declara comovido:

— Desculpa. Não era a minha intenção fazê-la chorar. Eu não quero te ver chorando desse jeito novamente. Você é linda! É forte e...

— Não sou. Acho que sou muito incompetente para... — Storm confidencia tristonha, mas Gregory a interrompe e diz convicto:

— Você não é incompetente, Storm! Seu dia foi bastante cansativo hoje, apenas isso! Como dizem, depois da tempestade sempre vem a bonança, não é mesmo? E estou disposto a te proporcionar isso.

— Desculpe, Gregory, mas não tenho toda essa confiança... — Storm confessa insegura.

Gregory pega gentilmente na mão dela e diz:

— Sua confiança só está adormecida. Vamos?

— Sim... — Storm concorda e saem do banheiro.

Storm olha para a bandeja com o lanche e indaga:

— Mas... Você não vai comer? Era muita comida... Ainda tem na bandeja.

— A prioridade é você agora. — Gregory declara e beija a mão de Storm todo amoroso, constrangendo-a e completa: — Ainda está cedo. Assim que chegarmos em casa comerei alguma coisa.

— Tudo bem. — Storm consente e os dois saem do quarto.

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