Capítulo 8: O jantar de casamento

— Olhares cobiçosos? A quem se refere? — Storm questiona curiosa.

— Você sabe que tenho um irmão, o Isaac, dois primos, Andrew e Robert e além disso tem um idiota que vive na nossa casa na maior mordomia, o Clint Bernard, sobrinho do esposo da minha tia Catherine.

— Têm muitas histórias desses três em noitadas divulgadas na internet. Só o seu irmão que parece ser mais comportado. — Storm complementa.

— Eu também sou muito comportado. — Gregory declara demonstrando estar ofendido, enciumado.

Storm mostra um sorriso e especula:

— E quanto às suas primas? Elas sempre se mostraram muito apegadas a você. Até falam por aí que a Eva é apaixonada por você. Tem também aquela modelo, a Reese. Já até saiu noticiários de vocês terem namorado.

— Nunca tive e nem terei qualquer laço amoroso com nenhuma delas. — Gregory assegura e revela: — De todas as mulheres da minha família, acredito que você irá se dar bem com a minha irmã Sophie. Mas a Viola, a minha madrasta pode querer ser uma megera com você, então não me esconda nada se ela ou as minhas primas vierem tentar te prejudicar.

— Você acha? — Storm questiona e Gregory responde:

— Tanto a Viola, como a tia Catherine podem tentar fazer sua cabeça, ou tentar te machucar, já que elas não vão aceitar que eu assuma definitivamente o comando das nossas empresas. Ja o vovô... Ele é do tipo que consegue ler a sua personalidade... Eu tenho certeza de que você vai amar o meu avô Antony... Bom... Você já está quase pronta. Vou te deixar finalizar com a maquiagem e te espero do lado de fora.

— Tudo bem. — Storm concorda.

Alguns minutos depois, após se maquiar, Storm sai ao encontro de Gregory. Ele pega na mão dela com ternura, coloca uma aliança de compromisso, a aliança de casamento, beija suavemente o dedo onde colocara a aliança e diz:

— Um casamento de verdade tem que ter as alianças. Vamos, minha bela dama?

— Bela dama? — Storm retruca desconfiada e indaga: — Por acaso não nos encontramos mais cedo? Um lutador... Se bem que... Minha nossa! Era você? Espere! E quem era aquela mulher ruiva que te chamou?

Gregory esbanja um sorriso de lado e confirma:

— Sim. Assim que soube que era você, vim correndo ao seu encontro. Está com ciúmes?

— Claro que não! — Storm rebate ofendida e interroga: — Você não está me enganando está?

— Com o quê? Eu sou, ou melhor, eu era solteiro. Quando você assinou aquele documento, você me fez seu... — Gregory provoca.

— Já sabia sobre mim? — Storm questiona ainda desconfiada.

Gregory apenas sorri,as não responde o questionamento de Storm. Ele caminha até o caixa, paga pelos produtos, mas não solta a mão de Storm e assim saem da loja. Ao passar pela vendedora que Gregory dispensou, e perceber o olhar e a expressão de desdém da mulher, Storm reflete em como será sua vida nos próximos meses, pois sabe que será bastante julgada.

Já no estacionamento, Gregory abre a porta para Storm entrar no carro, demonstrando o seu cavalheirismo. Após ela se sentar, ainda arisca com a situação, Gregory dá meia volta e se senta no lado do motorista, liga o carro e segue seu trajeto rumo à mansão da família Ferguson.

— Você ainda não me respondeu... Já sabia sobre mim? — Storm volta a questionar Gregory.

— Storm... Tem questões que não podem ser expostas para todos. Se não percebeu, tinha muitas pessoas nos monitorando, filmando... E hoje em dia com toda a tecnologia, mesmo que falemos baixo... Nossas palavras podem ser facilmente interpretadas por leitura labial. — Gregory esclarece.

— Eu não percebi. Desculpa. Sei que você é um homem de negócios... Eu... Eu não quero causar problemas... — Storm se desculpa.

— Eu sei que não. Mas respondendo a sua pergunta... Faz apenas quinze dias que o meu avô veio me informar sobre o casamento, colocou as cartas na mesa e eu disse sim ao pedido dele, mesmo não te conhecendo. De início estava relutante, afinal, Sanchez só mostra a sua filha de quinze anos... E isso seria um crime. Sanchez assegurou que iria ter com a filha mais velha e disse que você aceitaria sem relutância a proposta. Meu avô e o advogado Romano redigiram o contrato nupcial e me fez assinar. o contrato foi entregue para Sanchez para que você pudesse assinar também. Eu acredito que encontrar você e conhecer um pouco da sua personalidade, foi obra do destino. Quando o nosso advogado informou que você estava num hospital, logo pensei o pior de você, confesso. Mas ao descobrir que a minha esposa era a bela dama que estava chorando sentada no banco da praça, eu fiquei realmente feliz. Agora que me contou sobre Sanchez, que ele nunca se importou com você, percebo o quanto ele foi um canalha. Infelizmente o que assinamos não pode ser desfeito, pois está em poder do vovô... Confie em mim. E se depender de mim, seremos o casal do ano. — Gregory expõe e esbanja um sorriso sedutor.

Diante da argumentação de Gregory, Storm fica corada e apenas confirma:

— Tudo bem. Não sei o que me aguarda, mas preciso ir me acostumando aos poucos, não é mesmo? Um ano passa depressa...

Gregory não protesta, continua dirigindo. Ao chegar na mansão, Gregory abre aporta do carro para Storm sair. As mãos dela estão geladas. Gregory sente o desconforto e o medo de Storm e declara gentilmente:

— Se acalme... Vai dar tudo certo.

Storm concorda que sim com a cabeça, mesmo que o seu coração esteja para sair pela boca de medo. E assim, caminham até a entrada da mansão. Ao abrir a porta, quase todos da família já os aguardam ansiosos na sala, com exceção dos irmãos de Gregory, do seu pai e tio Marcus, que estão com Antony no quarto dele. Eva e Elisa, gemeas e primas de Gregory, são as primeiras a se pronunciarem em uníssono:

— Greg!

Ao ver o primo acompanhado, Elisa logo questiona:

— Você se casou mesmo?

Gregory abre um sorriso e confirma:

— Como vê... Quero apresentar a vocês minha esposa Storm Sanchez...

— Storm Thunder. — Storm o interrompe rapidamente, afinal, não aceita ter o sobrenome de quem nunca se importou com ela.

— O jantar comemorativo já está pronto, só aguardando vocês chegarem, Greg. — A governanta da casa anuncia.

— Obrigado, Tina. — Gregory agradece e informa: — Antes quero ver o meu avô.

— Claro, querido. — Tina concorda.

— Storm, vamos lá conhecer o meu avô? — Gregory sugere e Storm consente com sua voz falha:

— Sim.

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