04

Lavinia ficou deitada na cama pensativa, queria fugir ir para longe, mas não sabia como. Sua cabeça estava a mil, sendo povoada por pensamentos de como iria ficar bem se estava sozinha na vida e agora sequestrada por um lunático.

"Eu queria saber a resposta dos meus problemas." Pensou ela.

Ela escuta a porta abrindo e fecha os olhos fingindo dormir. Ouve os passos aproximando-se de sua cama.

Lorenzo entra no quarto de Lavinia, fica olhando-a dormir. Senta na beirada da cama e alisa os cabelos dela.

— Eu sei que está acordada Lavinia. Sinto o ritmo agitado da sua respiração.

Ela permaneceu calada de olhos fechados. Ignorando.

— Eu não vim aqui para te assustar. Só quero que saiba que estou disposto a te ajudar... eu nunca fui de falar dos meus sentimentos, mas você desperta em mim um cuidado especial, uma vontade imensa de cuidar de você. Preciso me casar e você é a minha melhor escolha.

Lavinia aperta os olhos tentando ignorar as palavras dele.

— Confie em mim Lavinia. Vamos ser felizes juntos.

Ela senta na cama. Lavinia estava com os olhos marejados.

— Como pode saber? Como tem tanta certeza que vamos ser felizes juntos? Eu não queria nem estar aqui. Quero ser livre.

— De novo com essa conversa... sua liberdade é ao meu lado. Você não tem nada longe de mim.

Lavinia fica indignada.

— Eu não o amo.

— Mas vai aprender a amar-me.

Ela balança a cabeça negativamente.

— Você é doido.

Lorenzo alisa o rosto dela com carinho.

— Estou louco por você. Amanhã vamos sair, quero te levar a um lugar especial.

Lavinia voltou a deitar, virou de lado e fechou os olhos. Não respondendo ao convite dele.

Lorenzo saiu do quarto suspirando pesadamente. Ele queria que Lavinia o aceitasse.

Lorenzo desceu a sala encontrou o padrinho e tio.

— Yan

— Você não foi na última reunião. Depois fiquei sabendo pelos outros que tentaram te matar e você não teve a dignidade de me ligar.

— Desculpe Tio Yan. Foi tudo muito rápido e depois tive problemas com minha noiva.

— Noiva? Então decidiu escutar o seu avô e casar com...

— Não é a Úrsula, Tio. Vocês vão conhecê-la no jantar de noivado.

— Ela tem estar a sua altura. Você é o novo chefe da máfia, o homem que sempre teve o rumo da sua vida moldado pelo seu pai. E depois da morte do seu pai, seu avô colocou toda a confiança dos negócios a você. Propriedades, riquezas e o futuro de toda família... com a sua prometida, terá herdeiros e um dia eles irão assumir o seu lugar.

— Eu sei das minhas obrigações. Tio Yan.

Lorenzo vai até o armário de bebidas e serve pra ele e o tio.

— Se essa menina realmente e digna de estar ao seu lado, eu não me importo de onde ela veio e de que família é... Entretanto, os dois terão que manter o bom nome da família.

— Vamos manter um bom casamento, sem traições, escândalos.

— Isso é bom sobrinho.

***

Lavinia ficou deitada boa parte do tempo, levantou para ir ao banheiro. Voltou ao quarto e foi em direção a janela, já estava quase amanhecendo. Lavinia sentou na cadeira, abraçou as pernas e ficou olhando o dia chegar.

"Eu quero ir embora..."

Lavinia fecha os olhos com força e lagrimas furiosas começam a escorrer. Ela não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.

As horas passam, a empregada entra no quarto de Lavinia. Ela já estava devidamente vestida.

— Bom dia senhora. Vim trazer seu chá, o café da manhã será servido meia hora.

Era como se a empregada soubesse que ela precisava do chá para acalmar o nervosismo.

— Obrigado. Estava mesmo precisando beber algo que me ajude a acalmar.

A empregada junta a roupa suja e quando ia sair, Lorenzo entra no quarto. A funcionária faz uma leve reverência e sai.

— Hoje vamos jantar no meu lugar favorito. Fique devidamente arrumada as sete horas. E daqui a três dias será nosso jantar de noivado, toda a minha família e amigos estarão presente.

Lavinia fica em silencio, atônita pelo que estava lhe sendo proposto. Ela olhava para um ponto fixo no chão, com a cabeça rodando.

— Você me ouviu Lavinia!

Lavinia estava no limite da paciência.

— O que você quer? — ela questiona, entre dentes.

Lorenzo chega mais perto colocando as mãos dos dois lados do rosto dela.

— Eu quero você.

Ela continua em silencio.

Lavinia caminha até a porta e observa as pessoas do lado de fora.

— O que é isso? Tem seguranças do lado de fora do meu quarto?

Lorenzo vai até ela, coloca as duas mãos nos ombros dela. Beija a pela desnuda do ombro.

— E para a sua segurança... estou com a impressão que minha noiva tentaria algo imprudente. Mas é até se acalmar seus ânimos.

— E você é louco.

— Louco?

— Não? — ela sente a raiva corroer suas veias.

— As pessoas tendem a fazer loucuras quando não estão pensando direito. Estou zelando pela sua segurança.

Lavinia desvencilhar-se do toque dele. Vira o corpo ficando de frente para Lorenzo.

— Por que Eu? Você pode ter a mulher que quiser. Por que a mim?

— Não acreditava em amor à primeira vista... Na verdade, eu não acreditava em nenhum tipo de amor. Até ver você entrar naquela sala. Posso fazer você me amar.

Lorenzda, astou seus lábios com o de Lavinia e aquilo durou dois segundos. Ela o empurrou.

Ela da as costas para ele, sai andando. Lavinia chega a mesa, arrasta a cadeira e senta nela.

Lorenzo entra na sala e senta na cadeira principal. Eles são servidos pelos empregados.

Enquanto ela forçada para comer, ele atende uma ligação.

— Fala!

Lavinia fingiu não escutar. Mas ela estava atenta ao que ele dizia.

— Eles não podem fazer isso! -diz ele batendo na mesa.

Lavinia se assusta.

— Eu vou matar todos eles. Estou indo.

Lorenzo encerra a ligação. Olha para Lavinia.

— Tenho que ir meu amor. Preciso resolver questões de trabalho; Te vejo a noite.

Ele levanta e beija a testa dela.

Lavinia terminou o café e foi andar no jardim, claro sendo seguida pelos dois seguranças que Lorenzo deixou para vigiar seus passos.

"Que absurdo. Seguida por duas babás de terno. Como se eu conseguisse sair daqui sem ser vista, tem seguranças para todos os lados."

Alguns jardineiros estavam por ali, regando e podando as plantas. Lavinia sentou no banco de pedra.

Um dos seguranças, estica um celular para ela. Lavinia olha confusa.

— O padrão está na ligação.

Ela pega o celular das mãos dele e coloca no ouvido.

— O quê?

— Só queria saber se está bem. Gostando do passeio ao ar livre?

— Porque não pergunta aos seus seguranças? Eles devem saber mais do que eu, já que os deixou aqui para me monitorar.

Lorenzo ri.

— Estou ansioso para o nosso jantar.

— Sério? Pena que eu não compartilho dessa empolgação.

— E uma questão de tempo. Daqui a pouco chegará uma estilista, ela foi a melhor indicada para desenhar o seu vestido de noiva.

— Hum.

— Até a noite minha querida.

Lavinia devolve o celular. Fica observando o jardim. Ela queria sumir; Sumir e nunca mais ser achada.

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💜 CURTINDO BASTANTE

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