LOVING IN MANHATTAN

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CAPÍTULO 1

H. BLACKWOOD

   Era manhã em Nova York...

   O enterro já tinha sido finalizado e eu estava dando o meu último adeus ao meu querido irmão. Eu estou vestindo roupas escuras por causa do meu luto e da forte dor que me sufoca cada vez mais por ele não estar mais presente. O meu irmão e melhor amigo está morto. Ele morreu em um acidente na estrada enquanto voltava de uma reunião no centro. John Blackwood era o seu nome.

   Depois de me despedir de John e me afastar da lápide cheia de flores, eu entro no carro que está a minha espera e o meu motorista olha para mim através do espelho retrovisor. O nome dele é Ian, o meu motorista, o que sempre esteve presente quando eu voltava para casa para visitar John e foi através dele que eu soube da notícia triste que me abalou.

   Ian era um homem de quarenta anos, sua pele era clara, seus cabelos eram loiros e seus olhos eram castanhos. Tinha uma postura elegante e era simpático.

   Ian continua me olhando, sua expressão é de tristeza porque ele era muito apegado a John, pois já trabalhava pra ele há muito tempo.

   Eu vejo o meu rosto no espelho retrovisor e lágrimas escorrem pelo meu rosto. Meus olhos verdes estão inchados de tanto que chorei enquanto acompanhava o enterro. A minha pele é clara e os meus cabelos são negros e tudo ao meu redor fazia questão de combinar com aquele triste momento.

— Senhorita Blackwood... os amigos de John ainda estão se despedindo — Ian diz e aguarda em silêncio.

— O que isso tem haver comigo? — eu pergunto com a voz rouca.

— Senhorita... você deveria ir falar com eles pois é a única parente de John presente, seria uma forma de se aproximar. Mas sei que a senhorita nunca conheceu os amigos de John porque sempre viajou a negócios a pedido de seu irmão.

— Ian, eles não são meus amigos... não quero falar com ninguém. Quero ir pra casa.

— Está bem, senhorita — Ian fica em silêncio novamente e da a partida no carro. Então nós seguimos para casa.

   ***

   Duas semanas depois do enterro...

   TOQ, TOQ...

   Alguém bate na porta do meu escritório que fica num lugar reservado em minha casa e eu mando entrar. Estou sentada em minha cadeira confortável lendo um documento importante.

A porta abri e Ian entra com uma xícara de café em uma bandeja.

— Aqui esta o seu café sem açúcar, senhorita Blackwood — ele coloca na mesa longe do computador, pois há alguns papéis e canetas bagunçados porque eu baguncei.

— Obrigada, Ian.

— É um prazer, senhorita!

— Ian... — paro de ler por um instante e pego a xícara. Dou um gole rápido — não precisa ser tão formal, me chame apenas de Hannah!

— Certo, senhorita Hannah.

— Ah?

— Quer dizer... Hannah! — ele sorri um pouco envergonhado.

— Melhor!

   Dou mais um gole e Ian fica parado em silêncio. Ian além de motorista, às vezes faz coisas fora de sua obrigação, deve ser por isso que John nunca o demitiu. Ele é uma pessoa confiável. Posso contar com ele para tudo.

   O telefone toca e Ian rapidamente atende, me poupando o esforço. Eu apenas escuto a conversa...

" Sim?... Aqui é da casa do senhor... quero dizer... da senhorita Blackwood, como posso ajudá-la?"...

   Eu continuo lendo o documento enquanto ele conversa com a pessoa do outro lado. Aquele documento era na verdade uma cópia do testamento de John. O testamenteiro o trouxe para mim mais cedo para que eu assinasse. Depois que assinei, eu me tornei a nova chefe da empresa Blackwood e dona de todos os bens que pertenciam a John.

   Mas antes de ter aquele presente de John, eu tive uma conversa longa com o testamenteiro. Ele me disse que John teria feito o testamento porque ele estava sofrendo de uma doença incurável e que a qualquer hora poderia morrer. Isso era um segredo entre os dois. Mesmo assim, John se foi antes do seu tempo.

   No início, fiquei chateada e chorei bastante por saber disso por terceiros. John não teve coragem de me contar, mas depois eu entendi o sofrimento que seria se ele tivesse me contado. Sofreria em dobro porque a ideia de que ele poderia morrer a qualquer momento me deixaria sem chão. A minha vida iria se tornar negra. A solidão seria a minha amiga.

   Eu estou sofrendo por ter perdido o meu porto seguro. A riqueza que ele me deixou não se compara a um abraço sincero ou ao carinho que ele tinha por mim.

   Ian desliga o telefone e diz:

— A senhorita Lisa Mitchell deseja falar com você em um restaurante no centro.

— Ela disse o por quê?

— Disse que é sobre negócios.

— Negócios uma ova! Aquela vadi... — me calo porque não posso expor tal linguajar para ele, que parece surpreso com o meu tom agressivo.

— Perdão, senhorita.

— Não peça perdão... eu só perdi o controle — eu falo normalmente depois de me tranquilizar.

— Ok... mas você vai ao encontro?

— Não! Ela não merece me ver. Eu preciso dormir porque amanhã eu vou ter que assumir o meu lugar na empresa.

— Certo. Então vou ligar de volta avisando que não poderá comparecer.

— Não faça isso. Deixe ela no vácuo.

— Como quiser, senhorita.

   Dou mais uma olhada na cópia...

— A senhorita deseja algo diferente para o jantar?

— Sim... mas peça para a Lili escolher. Não estou com mente para pensar nisso.

— Ok. Então agora vou me retirar.

— Sim. Vá descansar!

— Hoje eu vou ir visitar a minha mãe, senhorita, mas só se você permitir, é claro.

— Sim... não se preocupe. Se eu precisar sair, eu dirijo.

— Muito obrigado. Então... com licença.

— Tenha uma boa noite.

   Ian sai do meu escritório e eu termino de beber o café. Me levanto e guardo a cópia do testamento no cofre que fica atrás de um quadro com uma pintura bonita. Aquele quadro pertenceu a John e agora me pertence. Tudo o que era dele se tornou meu.

   Saio do meu escritório me sentindo exausta, passo pela grande sala vendo todos os móveis luxuosos e subo a longa escada. Vou direto para o meu quarto.

   Na casa há vários quartos. Não é uma mansão, mas estava quase chegando ao mesmo nível. John gostava de viver bem. Milionário, trabalhador, dono de empresa, resultado? Vida mais que organizada.

   Eu vou para a suíte. Preparo a água na banheira, tiro minhas roupas e entro de uma vez. A água quente relaxa os meus músculos e anula toda a minha exaustão. Aquela exaustão era o resultado triste que as minhas lágrimas me causaram toda a semana de luto e ainda sinto que vou chorar mais vezes. É uma dor horrível. Perder a única pessoa que me fazia feliz e a única que eu demonstrava sinceramente todo o meu amor de irmã.

E naquela noite eu choro novamente.

   Depois do banho quente, eu saio da suíte vestida em meu robe branco e me deparo com uma bandeja de prata em cima da minha cama. É uma refeição — a que Lili mandou preparar para mim — O cheiro daquela maravilha de prato é delicioso e logo desperta a minha fome. Lili sabia como chamar a atenção do meu apetite. Havia também uma taça de vinho tinto e algumas frutas vermelhas.

   Chego em minha cama gigante e me sento ao lado da bandeja. Começo a comer as frutas, mas antes vejo um bilhetinho pequeno por baixo do prato.

Pego o mesmo e leio...

 Bilhete: " Com carinho. Aproveite ".

   Lili sempre cuidando de mim...

   Ela é uma senhora morena, de pequena estatura, tem os cabelos ondulados num corte chanel. Ela sempre está usando vestidos floridos e um relógio de prata no pulso esquerdo.

Ela é uma pessoa que a muitos anos trabalhou para John, mas agora está trabalhando pra mim. Ela me ajudou muitas vezes como se fosse a minha mãe e eu nunca a maltratei, pois ela é um amor de pessoa.

Como, bebo, me deito e decido descansar daquele longo dia.

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Comments

°•☆Star_Marii☆•°

°•☆Star_Marii☆•°

Isso ai já é castigo,deixar no vácuo kkk

2024-05-19

3

°•☆Star_Marii☆•°

°•☆Star_Marii☆•°

Calma Hannah kakakakakakka

2024-05-19

1

Ivana Soares

Ivana Soares

começando a ler e estou amando...

2024-05-16

1

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