Capítulo 14

Naquele momento alguém bateu na porta e ela foi aberta, era o segurança da empresa acompanhado de mais dois policiais

— Chefe, a polícia já chegou e o Sr. Frank está acusando a senhorita de agressão.

— Como é? — Erick levantou do sofá irritado e sem acreditar no que estava acontecendo. — A vítima daquele idiota é ela e ele quer acusá-la?

— Senhor precisamos que ela nos acompanhe até a delegacia para que ambos os depoimentos sejam colhidos. Segundo a informação de seu segurança a moça sofreu uma tentativa de estupro e a outra parte a está acusado de agressão e de fato ele tem algumas marcas. Então iremos conduzir ambos a delegacia para que os depoimentos sejam colhidos e o delegado possa decidir.

— Lisa vá com eles, vou seguindo vocês e já entrarei em contato com meu advogado. Você terá todo o apoio da minha empresa. — Apenas confirmei com a cabeça e seguir o policial.

Uma nova viatura foi solicitada para conduzir ambas as partes, já que me recusei a ir ao lado do Frank. Quando chegamos a delegacia, o Nicholas já estava lá nos aguardando. Primeiro ele me avaliou e depois cumprimentou o Erick.

— Você está bem, Lisa? — Ele me perguntou me avaliando mais uma vez. Apenas nego com a cabeça. — Tenha calma que tudo será resolvido de forma rápida. — Apenas confirmei com um aceno.

Quando fui chamada para dá o meu depoimento, o Nicholas me acompanhou. O delegado já havia escutado o Frank que me acusou de agressão e disse que eu estava tentando seduzi-lo para crescer na empresa. Naquele momento abrir todo o jogo, falei como tudo acontecera até aquele momento. Ele me perguntou se eu tinha alguma prova sobre a tentativa de estupro e o Nicholas falou que o próprio empregador do Frank estava disposto a testemunhar contra ele e que era testemunha ocular do fato ocorrido, juntamente com os dois seguranças da empresa.

— Vamos instaurar uma investigação sobre o caso e enviar para a justiça. Como a outra parte também entrou com uma acusação contra a senhora, diria para procurar um advogado, mas vejo que já está acompanhada por um. — Apenas confirmei com a cabeça.

Depois que sair da sala do delegado, encontrei com o Erick do lado de fora. Ainda estava abalada com tudo. Tentava controlar os tremores em meu corpo e conter as lágrimas que rolavam de meus olhos.

— Quer que eu te leve para casa? — Nicholas perguntou para mim, mas antes que eu pudesse responder, o Erick tomou a frente.

— Pode deixar que eu a levo, Nicholas. — Tanto eu, quanto o Nicholas olhamos pare ele. — Vamos Lisa? — Ele apenas disse.

— Erick posso falar com você em particular? — Nicholas perguntou. Erick o encarou, mas senti que ele não queria fazer aquilo. O Nicholas se afastou um pouco e o Erick o seguiu, mas ainda assim pude escutar a conversa deles.

— Cara, você está interessado nela? Estou perguntando porque também estou, mas não vou entrar num jogo e perder um amigo. — O Nicholas era muito idiota mesmo.

— Considero você um grande amigo, Nicholas, mas não vou te responder essa pergunta. Porém, vou te dizer para deixá-la em paz. Se você colocou nossa amizade a cima dela, você não a merece. Não fique com raiva de mim, estou apenas sendo sincero com você. — Ambos se encararam por um momento e depois o Erick deu as costas a ele e veio até mim, enquanto eu apenas olhei para o Nicholas sem acreditar no que havia escutado.

Quando o Erick colocou a mão em meu ombro e me incentivou a andar, eu apenas o acompanhei. Entrei em seu carro em completo silêncio e nem me dei conta que o caminho que ele havia tomado era outro diferente da minha casa. Apenas quando o carro estacionou em frente a um edifício muito elegante, foi que eu o questionei.

— Onde estamos? Você falou que me levaria para casa.

— Você me falou anteriormente que morava sozinha. Você continua muito abalada, Lisa. Tenho um quarto de hóspede, ficarei mais tranquilo se você não estiver sozinha pelo menos hoje. Prometo que amanhã acompanho você até sua casa antes de seguirmos para a empresa.

Eu apenas concordei com ele e o seguir. Durante todo o percurso até seu apartamento ficamos em silêncio. Nenhuma palavra foi dita. Minha cabeça ainda estava bastante confusa com tudo. Aquele escroto quase me estuprou e ainda me acusou de agressão.

— Você quer tomar um banho primeiro, para podermos comer ou você prefere comer primeiro? — Erick me perguntou.

— Estou sem fome. Se não for muito incômodo, gostaria de tomar um banho. Estou me sentindo suja.

— Vou pegar uma roupa minha para te emprestar, para que você possa ficar mais à vontade. Sei que deverá ficar enorme, mas é melhor que continuar com essas roupas. — Ele disse e sumiu no corredor, retornando logo depois com as roupas em mão. — Não se preocupe que a cueca é nova e as roupas também.

Na verdade, nem prestei muita atenção naquelas roupas, apenas peguei e ele me mostrou a direção do banheiro. O banheiro era quase do tamanho de meu quarto. Tinha até uma banheira que devia ser maravilhosa para relaxar, mas naquele momento eu só queria tirar aquela sensação do toque daquele idiota de meu corpo, então fui direto para o chuveiro. Após passar um bom tempo deixando a água escorrer pelo meu corpo, me sentir limpa para sair. Peguei as roupas que o Erick havia me dado e notei que a cueca parecia mais um short em mim e a blusa um vestido. A bermuda nem se quer ficou em meu corpo, o que me fez rir um pouco. Utilizei, então, apenas a cueca e a blusa. Quando cheguei a sala, o Erick estava com um copo, com provavelmente whisky, já que a bebida tinha a cor âmbar. Seus olhos percorreram meu corpo e depois ele me encarou, engolindo em seco.

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