Aquele homem diante de mim, era o homem que beijei na boate e que acendeu cada terminação nervosa do meu corpo. Foi pensando nele que me masturbei duas noites seguidas em minha cama sozinha. Como que ele estava agora diante de mim? Afinal, quem era ele? Algo estalou em minha mente. Um nome especificamente: Erick Grey. O chefe, do chefe, do meu chefe. Isso quer dizer, o empresário dono de tudo aquilo.
— Por favor, diga que seu nome não é Erick Grey... — Falei temerosa.
— Não posso fazer isso! Olha, vamos apenas fingir que aquilo não aconteceu, tudo bem? Passei alguns dias ausente da empresa, por isso provavelmente ainda não havíamos nos conhecidos. — Apenas confirmei com a cabeça, morta de vergonha pelo beijo que rolou entre a gente, e não apenas por isso, mais como fantasia com ele. — Ficou ótimo! Você trabalhou muito bem no projeto, mas acredito que você deveria estar em seu horário de almoço e não aqui trabalhando. — Ele mudou de assunto, para meu alívio.
— Isso é o que acontece quando você ama o que faz... Nem vê as horas passarem! — Falei dando uma olhada no projeto e já o salvando com minha identidade dessa vez. Então levantei e peguei a minha bolsa. Ele se encontrava com as mãos no bolso me analisando e depois me acompanhou até a saída.
Teria cerca de 30 minutos para comer algo e voltar. Analisei todas minhas opções e não daria motivos para o Frank me chamar atenção. Bastava ele ter me enviado mais projetos que o normal. Então, antes que eu pudesse seguir para a lanchonete, aquele homem, parou-me.
— Posso te convidar para almoçar comigo? — Aquele era um convite que não recebíamos todos os dias, mas que não poderia aceitar.
— Agradeço de coração seu convite, senhor, mas lamento ter que recusar. Tenho alguns compromissos que preciso honrar ainda hoje. — Ele apenas acenou com a cabeça para mim. Dizendo está tudo bem. — Mais uma vez obrigada pelo convite! — Lhe dei as costas e segui pela calçada até a lanchonete.
Já bastava o constrangimento pelo beijo, precisava me recuperar por um momento, e não queria dar motivos de comentarem sobre mim na empresa. Vou crescer, mas mostrando do que sou capaz, não me confiando em status de ninguém, como via muitas garotas fazerem. Depois do que o Frank me falou hoje, que esperava mais de mim... ele que ficasse sentado esperando, porque se meu crescimento dependesse disso, eu continuaria no mesmo cargo até me aposentar. Além de idiota e escroto, ele não passava de um sacana aproveitador. Me perguntei se algumas daquelas garotas prestava esse tipo de serviço para ele. Fiz meu lanche e assim que retornei Frank se encontrava na entrada de sua sala conversando com outros funcionários.
— Lisa nosso horário de almoço é das 12:00 às 14:00. Esse horário é muito curto para você? — Apenas neguei com a cabeça. — Por que você está 10 minutos atrasada? Tente cumprir seu horário a partir de agora, caso contrário serei obrigado a lhe dá uma advertência. — Ele chamou minha atenção diante de todos ali presente. Percebi alguns com ar de riso. Inspirei fundo pedindo a minha santa paciência para não surtar.
— Sim, senhor! — Foi a única resposta que dei e segui para minha mesa.
Me dei conta que talvez eu sou a única que havia recebido tantos trabalhos, porque os outros quatro designers que trabalhavam naquela área comigo, continuavam de bate-papo com o Frank, e pelas risadas não acreditei que seja algo relacionado ao trabalho. Ao senta em minha cadeira me lembrei dos motivos que me fizeram muito desejar trabalhar aqui, e um deles foi justamente pelo grande designer Frank James. Agora sabia o significado daquele ditado que dizia que nem tudo que reluz é ouro. Frank James se encaixava perfeitamente a isso.
Abri outro e-mail que ele havia me enviado pela manhã e me surpreendi com as informações contidas ali. Quase nenhuma. Como iria planejar algo se não tinha as informações de medidas? Era o mesmo que atirar no escuro e esperar acerta o alvo. Tinha quase certeza que ele fez aquilo de propósito. Naquele momento eu me levantei e me encaminhei até a sala do Frank, sua porta estava fechada, então eu bati e escutei alguns resmungos.
— Só um instante... — Ele gritou. Então quando a porta foi aberta, a Samantha falou algo com ele tentando disfarçar, mas ela esqueceu de limpar o batom borrado de sua boca. Era esse tipo de situação que ele esperava de mim? Nem morta! — O que você deseja Lisa? — Ele perguntou um pouco irritado.
— Preciso das informações sobre a casa dos Ashley para desenvolver o projeto. No e-mail que você enviou, só consta as fotos, mas não as medidas.
— Eu não informei que você vai ter que ir tirar as medidas? — Olhei para ele sem acreditar naquilo, porque normalmente quando esses projetos chegavam já continham essa informação. Toda a metragem da casa. — Pois, é, e no momento não tenho como libera qualquer outro funcionário para ir com você. Isso significa que você vai ter que se virar sozinha.
— Tudo bem! Obrigada pela informação.
Minha vontade era dizer algumas verdades para aquele idiota, mas acreditei ser isso que ele estava esperando de mim. Que eu perdesse minha paciência e desse motivo para ele me demitir. Fui até o outro setor de nossa empresa verificar se eu conseguia alguém que pudesse ir comigo. Eu poderia não contar com ninguém do design, porque todos eram subordinados ao Frank, mas o Alessandro poderia me dar uma pequena ajuda, isso se ele estivesse livre, o que seria uma grande sorte. Ele trabalhava na área de confecção de alguns móveis que utilizávamos em nossos designs. No momento que cheguei ao galpão, encontrei novamente o CEO, aquele a quem eu havia beijado sem saber quem era.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Stephany Ricarte
ele vai acompanhar ela
2023-09-06
2
Maria Silva
que maravilha, essa historia está fluindo cada capítulo um chama outro bom de mais
2023-08-27
1