- Sei que pode parecer certo mais não concordo com isso\, pois se eu estiver com fome e a matriarca resolve que vai jejuar por tempo indeterminado eu também tenho que fazer? Isso é um absurdo. - Isis falou o que pensava\, mas Miriam interveio chamando-lhe a atenção.
— Isis, sei que você não aceita muitas coisas assim como eu, mas vai por mim, pela minha experiência, às vezes você deve ser apenas obediente ao seu marido e a família dele e espero que você faça isso caso contrário não terá um bom tempo nesta família. - Mirim saiu, indo cuidar do jardim como ela gostava de fazer todas as manhãs.
Com o decorrer da manhã Isis caminhou na mansão a fim de conhecer seu novo lar, mas ao encontrar a biblioteca gigantesca ela amou aquele lugar, era silencioso e tinha todos os livros que se podia imaginar desde livros únicos e trilogia, sendo que a maioria era de romance, mas o que lhe chamou a atenção foi um livro preto com uma fechadura ele não tinha nenhuma palavra escrita na capa. Mas como iria ler-ló sendo que não tinha a chave.
- Futuramente irei lê-lo algum dia. - Ela prometeu ao deixar o livro no seu lugar habitual.
Procurando entre os livros algum que fosse do seu interesse ela mal se deu conta que ficou muito tempo ali e em breve seria servido o almoço, então deixou a biblioteca e se dirigiu para a sala onde já se encontrava alguns moradores da mansão, ela sentou-se e ficou em silêncio, não queria trazer problemas para Mauro ou Miriam que ficou responsável por ensiná-la.
- Vejo que certas pessoas apreenderam qual é o seu lugar após uma manhã de jejum. – Camille falou\, se referindo a Isis. Não demorou muito até que todos estivesse na mesa e então Joana começou a falar o porquê ninguém estava comendo mesmo após a chegada dela.
- Sogra. – Rosana iria falar mais Miguel e Otávio chegou à mesa e sentou-se em seus habituais lugares.
- Por que não me avisou que viria para o almoço? – Questionou a matriarca\, para seu marido.
- Tenho assuntos a discutir com todos após o almoço então sirva-se. - Miguel estava sério ao falar e por seu tom de voz todos sabiam que era algo importante.
Isis comeu pouco, apesar de estar com fome ela sabia que todos a olhava ocasionalmente e isso a fez se sentir menos faminta.
Enquanto algumas palavras foram trocadas durante a refeição elas foram feitas de maneira discreta, para não incomodar. Mauro estava sério, alguma coisa parecia esta fora do habitual e ele sempre olhava para seu celular, poderia ele estar à espera de alguma ligação?
- Senhorita Isis\, a conversa será apenas com os familiares por isso peço que após terminar sua refeição nos deixe a sós na mansão\, o motorista estará à sua disposição. – Miguel falou.
- Avô Miguel\, ela é minha esposa então deverá estar presente também\, assim como a esposa do meu pai estará. – Isis ficou agradecida por Mauro a reconhecer\, no entanto sua vontade era ir para sua casa e não voltar para este lugar.
- Eu concordo. - João falou em apoio ao irmão.
Isis vendo que se isso continuasse ela perderia sua oportunidade de sair da mansão se apresou a falar em seu nome. – Obrigada esposo e cunhado, mas acho que o avô está certo. – Ela foi educada e sua voz bem calma.
- Quem é seu avô? Uma mulher interesseira agindo como se fosse uma dama. - Camille falou e sorriu\, ela queria irritar a mulher\, mas estranhou como ela parecia tão calma.
- Se me derem licença irei me retirar primeiro\, e obrigada pela refeição. – Ela saiu após agradecer e foi em direção à porta de saída.
- Você é tola? – Uma voz sem emoção veio em seguida após ela ter saído para a área externa da frente.
- Quem é você? Apareça. - Ela ordenou\, mas ninguém surgiu e ela notar que não havia ninguém próximo\, coçou a cabeça confusa e olhou mais uma vez só para confirmar que estava sozinha.
´´ Ué, será que estou ficando doida após um dia com essa família maluca. ´´
Vendo que o carro do motorista estava bem a frente ela começou a caminhar sentido a brisa refrescante naquele dia, ela tinha muitos pensamentos e estava pensando por onde deveria começar, ao chegar no carro já tinha um objetivo.
- Boa tarde! Senhorita\, para onde deseja ir? – O homem de aparência mais velha\, vestia um terno preto seu cabelo alinhado mostrava alguns fios grisalhos surgindo em seu rosto havia uma cicatriz na qual ela julgou ser devido ao seu trabalho.
- Bom dia senhor\, eu gostaria de ir para o bairro West. – Ela falou\, mas viu um pouco de receio ao saber para onde ela iria.
- Senhorita este bairro é no subúrbio? - Ele perguntou\, mas obteve apenas um sorriso da jovem mulher e não disse mais nada\, abriu a porta do carro e deu a volta indo para o seu lugar\, depois começou a dirigir.
Devido à distância o percurso durou uma hora, e ao descer, dispensou o motorista, depois se dirigiu para o prédio onde morava, a aparência não era bonita aos olhos de pessoas ricas, mas este era o único lugar que ela podia viver agora com o dinheiro que ganhava. As paredes estavam descascando e a pintura devido à falta de cuidado estava saindo, também não possuía elevador, apenas tinha uma escada que todos desde crianças a idosos que morava no prédio usava.
Enquanto subia os degraus ela cantarolava em contentamento por estar de volta a sua residência, depois de três lances de escadas ela viu a porta de seu apartamento, a porta era de alumínio com um vidro na parte superior e ao entra podia ver a dimensão do ambiente, havia uma pequena sala um pouco desarrumada por que ela havia saído rapidamente, logo a direita uma cozinha integrada que era minúscula onde apenas uma pessoa por vez poderia passar, mais adiante estava duas portas uma que levava para uma pequena área onde tinha um taque de cimento para lavar as roupas e na outra porta, um quarto e um banheiro que também era pequeno.
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Atualizado até capítulo 32
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