Capítulo 16

- Como é bom voltar a minha casinha. – Ela disse a si mesma\, assim que entrou e viu que tudo estava como ela havia deixado.

Foi até a cozinha e pegou um copo transparente, bebeu um pouco de água da geladeira, como estava na cozinha ela decidiu começar a organizar por ali, mas antes ela decidiu tomar um banho e trocar de roupa pois as que usava não era dela e pretendia devolvê-las ao mesmo lugar de onde as encontrou.

Ao abrir seu guarda-roupa encontrou duas peças de roupas, o primeiro era um vestido floridos e o outro era, uma blusa e uma calça vendo que estava praticamente sem roupa, deu um pequeno tapa em sua cabeça por ter se lembrado que havia esquecido de lavar suas roupas no final semana, pegou o vestido e tomou um banho rápido, depois foi fazer os serviços domésticos a começar pela cozinha, seguido da sala, quarto, banheiro e por último a pequena área de serviço onde passaria o restante do dia esfregando suas roupas antes de estendê-las nos varais que acabaria com o pouco de espaço que havia.

Ao cair da tarde Isis estava exausta, se sentou no sofá para descansar um pouco antes de dar início a preparação de sua pequena refeição rotineira.

Na mansão após a saída de Isis, Rosana começou a se lamentar para o marido que a deixou de fora também exceto Miriam, instruída a permanecer na sala pois este assunto também era do seu interesse.

- Então por qual motivo essa reunião familiar? – Joana perguntou ao marido que estava com a mão no queijo pensativo ao analisar os dois netos a sua frente\, já que hoje ele decidiria que mudaria a forma com que seus netos viveriam.

- Bem\, como vocês sabem tenho ultimamente pensado em quem ficara responsável por algumas das minhas empresas\, já que Otávio está na empresa principal comigo. – Ele fez uma pequena pausa antes de prosseguir. – Como já tinha dito João será o novo presidente da indústria de couro e Otávio permanecerá comigo na empresa até minha aposentadoria.

Mauro escultava tudo e ao ouvir que seu irmão iria ficar com a indústria de couro ele se sentiu traído por seu avô, pois, havia prometido que se ele se casar, tornaria o novo presidente, mas como esperado ele acreditou inutilmente.

- Como esperado do senhor\, sempre retrocedendo com seus acordos. - Mauro disse e se levantou antes de decidir sair\, mas antes olhou para João e o parabenizou. – Parabéns João e boa sorte. – Miguel não gostava de menosprezar seu primeiro neto\, no entanto\, ele também havia voltado com sua palavra e agora mereceria o castigo seguinte.

- Mauro espere. – Joana falou com o neto.

Miguel já havia se decidido e por mais difícil que aparentava, Mauro conseguiria superar isso, já que ele pertencia à família Sanjes.

- Mauro irei lhe dar duas opções para que você consiga a indústria que deixarei nas mãos do seu irmão\, cabe a você escolher a mais apropriada. - Vendo que o homem havia parado Miguel entendeu como se ele pudesse continuar. – Se divorcie desta mulher interesseira que você se casou e case-se com uma pessoa apropriada para você e herde a indústria que também almeja ou saia da mansão com sua mãe e nunca mais volte. - Mauro sabia o peso que suas escolhas acarretariam\, mesmo assim ele já estava decidido.

- Miguel não seja tão duro com Mauro. - Joana falou com o marido na intenção de apaziguar o clima que havia se estabelecido na sala.

- Joana não venha dizer que você mudou de opinião\, porque pelo que sei todos concordaram que Mauro deveria se divorciar desta mulher\, mas a escolha é dele. — Miguel não estava a fim de meio-termo.

- Certo\, eu já me decidir. – Mauro fez uma pausa antes de prosseguir e dizer a todos o que havia decidido. – Só tenho uma condição minha mãe não sairá desta casa. - Miguel a esta hora já estava com a veia da testa saltando de raiva.

- Como você ousa barganhar comigo\, ela não deve ficar nesta mansão pois foi comprada com o meu dinheiro. - A risada invadiu o ambiente fazendo Otávio intervi antes que o que ele imaginava pudesse acontecer.

- Pai\, sei que Mauro apenas quer garantir que sua mãe tenha conforto e se trocamos esta mansão pela floricultura. - Sugeriu Otávio para o mais velho que ponderou momentaneamente.

- A floricultura? - Mauro estava incrédulo\, pois este era um dos negócios que falhou do começo ao fim. - Aquele lugar está fechado deste que eu tinha quinze anos\, então a minha mansão vale apenas aquele prédio fechado em um bairro parado? — O homem sabia que seus familiares nunca facilitariam sua vida mesmo após ele fazer o que todos queria.

- Mauro entendo seu avô e seu pai\, você se casou com uma mulher desconhecida e provavelmente de classe inferior à nossa eles apenas querem garantir que você não se arrependa futuramente\, caso ela venha a se separar e levar seu dinheiro. - Miriam não estava do lado de ninguém ela apenas tinha a sua própria ideia e não imaginava por qual motivo o ancião estava fazendo tudo isso.

- Mãe\, não acredito que até mesmo a senhora veio a me trair agora ficando do lado destas pessoas. – Mauro olhou para a figura de sua mãe\, ela era uma mulher delicada e por vir de uma família rica ela nunca havia passado por qualquer necessidade e Mauro não queria dificultar a vida dela\, mas ele não entendia o porquê ela era igual a eles.

- Mauro você deve escolher um\, mas saiba que seus familiares sempre estarão aqui para você\, já está mulher a qual é a sua esposa\, não irá fazer o mesmo. - Otávio falou com o filho como se ele estivesse pensando no bem dele.

- Ótimo\, a partir de hoje irei me mudar e não pretendo voltara esta mansão futuramente\, eu não irei me separar de Isis e não me importo se eu tiver que ficar com um edifício abandonado. - Mauro saiu da mansão e foi para seu carro entrou e mandou uma mensagem para Bruno que visualizou rapidamente enviando outra.

Saindo da vila Mauro só tinha um objetivo que era descobrir quem era Isis a mulher que ele se casou a menos de um dia.

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