Capítulo 20: Redenção Nas Sombras (III)

O trajeto até o local do ataque se desdobrava como um labirinto de suspense, onde cada passo parecia um avanço para um abismo desconhecido. O som dos próprios corações martelava em seus ouvidos, acompanhando o eco de seus passos pelo túnel escuro e úmido. A tocha nas mãos de Amélia projetava sombras selvagens que dançavam pelas paredes imundas, como manifestações inquietantes do medo que as envolvia.

Finalmente, o cenário se abriu diante delas, e o choque silenciou seus corações. Jones estava lá, no epicentro da batalha, lutando para se manter de pé contra o imenso monstro que era o carrasco do labirinto. A cena era como uma pintura de pesadelo, marcada por arranhões profundos, respingos de sangue e os sons brutais da luta.

Amélia e Jane reagiram instintivamente, suas mentes focadas apenas em salvar seu companheiro. As tochas e as foices cintilaram quando elas investiram, um vendaval de determinação e coragem. A luz das chamas iluminou suas expressões decididas enquanto atacavam com golpes calculados e ferozes.

O monstro, pegando-as de surpresa, foi momentaneamente forçado a recuar diante da ferocidade das duas caçadoras. O choque inicial se transformou em uma torrente de ação coordenada. As foices giravam, cortando o ar com força implacável, enquanto elas se moviam em uma dança mortal de movimentos precisos.

O monstro, forçado a lutar contra duas oponentes formidáveis, mostrava sinais de luta enquanto enfrentava ataques contínuos. Sua ferocidade inicial foi gradualmente diminuída pela tenacidade implacável de Amélia e Jane, que lutavam como uma unidade coordenada. Cada golpe era uma expressão de sua determinação em proteger seu companheiro e eliminar a ameaça.

Em meio a isso, as duas se olharam e acenaram com a cabeça, já entendendo o que fariam. Amélia se posicionou em frente ao monstro e carregou um avanço brutal, se lançando diante da criatura. Enquanto isso, a outra moça foi ao resgate de Jones.

Jane ajoelhou-se ao lado de seu irmão ferido, preocupação e alívio mesclados em sua expressão. Ela observou Jones com olhos cheios de emoção, seu coração apertado pelo medo de perdê-lo. Com cuidado, ela tocou seu rosto, esperando que ele acordasse.

Jones piscou lentamente, focando seus olhos em Jane. Seu rosto estava manchado com sujeira e sangue, mas havia uma determinação inquebrável em seu olhar. Ele forçou um sorriso fraco, reconhecendo a presença de sua irmã.

— Jane… — Sua voz estava rouca, mas cheia de gratidão. — Você veio… Achei que tinha te perdido.

Jane sorriu, aliviada por vê-lo acordado.

— Claro que vim, seu idiota. Você acha que eu iria te deixar aqui sozinho?

Os dois irmãos compartilharam um momento de silêncio, suas emoções fluindo entre eles como uma corrente invisível. Jones suspirou, uma mistura de arrependimento e tristeza em suas palavras.

— Eu sinto muito, Jane. Eu fui imprudente. Deveríamos ter permanecido juntos.

Jane abaixou os olhos por um momento, seus próprios sentimentos de culpa pesando em seu peito.

— Eu também tomei decisões ruins. Deveria ter estado aqui para te ajudar. Em vez disso, eu...

Jones ergueu a mão, interrompendo-a suavemente.

— Não importa agora. O importante é que estamos juntos novamente.

Os olhares deles se encontraram, e em seus olhos, havia um desejo compartilhado de fazer as pazes. As palavras não eram necessárias para entenderem um ao outro. Eles sabiam que, apesar das escolhas erradas, a ligação entre irmãos era inquebrável.

Jane segurou a mão de Jones com ternura, sentindo um nó em sua garganta.

Jones, eu... Sinto muito. Sinto muito por não estar lá quando você precisava. Eu deveria ter... Eu deveria ter deixado minha raiva de lado e pensado no bem-estar da gente.

Jones apertou a mão dela, um sorriso gentil curvando seus lábios.

— E eu sinto muito por ter agido impulsivamente com meu coração cheio de… Medo. Nós somos uma equipe, Jane. Devemos cuidar um do outro.

As palavras de Jones tocaram o coração de Jane, e ela engoliu o nó em sua garganta.

— Nunca mais, Jones. Nunca mais vou deixar você enfrentar algo assim sozinho.

Jones assentiu, uma promessa muda passando entre eles. Eles sabiam que, juntos, poderiam superar qualquer desafio. Suas mãos continuaram entrelaçadas, uma prova tangível de sua determinação de estar lá um para o outro, não importa o que acontecesse.

Enquanto as palavras eram importantes eram trocadas, a batalha entre os outros dois naquele esgoto rugia ferozmente.

Com a poeira da batalha ainda no ar e o monstro derrotado aos seus pés, Amélia sentiu sua determinação se elevar a um novo patamar. Ela sabia que não havia tempo para hesitar, e enquanto Jane corria em direção a Jones, ela fixou seus olhos no temido Carrasco que ainda se erguia à distância.

A tensão no ar era palpável, como uma eletricidade carregada antes de uma tempestade. Amélia ergueu suas foices com firmeza, seus olhos fixos no monstro diante dela. Seu coração pulsava com coragem e uma determinação feroz enquanto ela se preparava para o confronto iminente.

O monstro Carrasco, o verdugo das profundezas, avançou com passos pesados e ameaçadores. Sua presença era opressora, como uma sombra que devorava tudo à sua volta. Amélia enfrentou o terror de frente, suas foices prontas para o embate. Cada respiração era um eco de sua coragem, cada batida de seu coração um lembrete de sua determinação.

O primeiro golpe foi rápido e furioso, Amélia investindo com agilidade e precisão. Suas foices cortaram o ar com uma velocidade letal, mas o Carrasco reagiu com uma força avassaladora. O impacto de seus golpes ecoou como trovões, e Amélia se viu empurrada para trás pela força brutal do monstro.

No entanto, Amélia não fraquejou. Ela ergueu-se com uma resiliência implacável, suas foices reluzindo à luz das tochas. O embate continuou, uma dança caótica de movimentos desesperados. Ela evitava os ataques do Carrasco com agilidade, retalhando com golpes rápidos e precisos sempre que tinha a oportunidade.

O Carrasco era implacável, sua força parecendo inesgotável. Mas Amélia estava determinada a enfrentar esse desafio sozinha, sua mente focada em proteger seus companheiros e derrotar essa ameaça. Cada movimento, cada ataque, era uma expressão de sua coragem e resolução inabalável.

A batalha se desdobrava como uma sinfonia de ação e perigo, os sons dos golpes e rosnados ecoando pelos corredores dos esgotos. Amélia se lançava contra o monstro com uma tenacidade feroz, sua força interior se mesclando com a energia selvagem da luta. Ela enfrentava o Carrasco com uma mistura de astúcia e coragem, cada momento se tornando uma prova de sua determinação implacável.

No entanto, enquanto o monstro mostrava sinais de enfraquecimento, Amélia sentia suas forças diminuírem também. A exaustão se misturava à determinação em seus olhos, suas foices tremendo ligeiramente com o esforço. O Carrasco ainda lutava com uma ferocidade implacável, e Amélia sabia que precisava dar tudo de si para vencer essa batalha.

Todavia, Amélia, que estava enfrentando o Carrasco com uma determinação feroz, foi surpreendida quando duas figuras se aproximaram rapidamente.

Jane puxou sua balestra com confiança, preparando-se para atirar, enquanto Jones empunhou seu sabre com uma força renovada. Suas vozes ecoaram com um grito de guerra combinado, um chamado para desafiar o perigo que se aproximava.

O Carrasco, anteriormente confiante em seu domínio sobre Amélia, agora estava diante de uma ameaça múltipla. Ele rugiu com raiva, sua pele escamosa brilhando à luz da lâmpada, enquanto enfrentava esses novos adversários.

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