Capítulo 5: O Teste

A sala de treinamento do covil dos caçadores londrinos era um espaço vasto e imponente, projetado para aprimorar as habilidades dos caçadores e prepará-los para os desafios que enfrentariam no combate contra as criaturas das trevas. As paredes eram revestidas com pedras escuras e adornadas com símbolos e inscrições antigas, emanando uma aura misteriosa e sombria.

No centro da sala, um grande tatame cobria o chão, proporcionando um espaço amplo e seguro para o treinamento de combate corpo a corpo. Espadas, foices, machados e outras armas de diversos tamanhos e formas ficavam dispostas em suportes nas laterais, aguardando para serem utilizadas em exercícios práticos, além de um amplo campo aos lados, dedicado para os testes mais adversos.

Ao fundo da sala, grandes janelas góticas permitiam a entrada de uma luz tênue e sombria, conferindo um ambiente etéreo e melancólico. O ar era permeado pelo aroma característico do couro das armas e pelo som metálico dos treinos.

A imponente sala de treinamento estava agora reconfigurada, pronta para o primeiro teste de Amélia. O ambiente vibrava com o ruído das máquinas a vapor sendo ativadas, e a jovem caçadora se mantinha focada e determinada para enfrentar o desafio que a aguardava.

Como dito anteriormente, o primeiro teste seria o de fora, e assim aconteceria naquele momento. Os olhos atentos dos instrutores, Jones e Jane Winchester, observavam cada movimento de Amélia enquanto ela se preparava para o teste de força. Ao redor dela, autômatos feitos de metal ganhavam vida, suas articulações rangendo com a movimentação mecânica.

Sem hesitação, Amélia avançou em direção aos autômatos, suas foices emitindo um brilho roxo-prateado. Com agilidade e precisão, ela se esquivava dos golpes mecânicos e retaliava com golpes rápidos e potentes.

O som do metal se chocando preenchia a sala de treinamento, e a destreza de Amélia era evidente em cada movimento. Com movimentos calculados, ela encontrava as brechas na defesa dos autômatos, acertando golpes em pontos estratégicos e desativando-os um a um.

Jones e Jane observavam com admiração a habilidade de Amélia, cada um com suas reações distintas. Jones aplaudia empolgado, enquanto Jane mantinha seu olhar calmo, mas com uma luz de aprovação brilhando em seus olhos.

Aos poucos, a sala de treinamento foi se tornando um campo de batalha, com destroços dos autômatos espalhados pelo chão. Amélia, por sua vez, não mostrava sinais de cansaço, seu espírito determinado a enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

Finalmente, o último autômato foi derrotado, e a sala de treinamento ficou em silêncio novamente. Amélia respirou fundo, sentindo a satisfação da vitória percorrer suas veias. Os instrutores se aproximaram dela, sorrisos de aprovação em seus rostos.

- Parabéns, Amélia! Você foi excelente no teste de força - elogiou Jones, com entusiasmo.

- Sim, você mostrou muita habilidade e controle em seus movimentos. Estamos impressionados - acrescentou Jane, com sua voz doce e suave.

Amélia agradeceu com um sorriso, sentindo-se orgulhosa de sua realização. O primeiro teste estava concluído com sucesso, e ela sabia que ainda havia muito a enfrentar.

Enquanto o grupo se preparava para deixar a sala de treinamento, uma aura misteriosa e sombria começou a se manifestar ao redor. Uma figura encapuzada surgiu das sombras, sua presença enigmática e imponente.

O olhar de Amélia se fixou na figura, e ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Logan, o permanecia em silêncio, seu olhar penetrante fixo em Amélia. Ela havia performado incrivelmente no primeiro teste, mas a avaliação estava longe de terminar.

O ambiente da sala de treinamento foi novamente reconfigurado para o teste de velocidade. Um enorme tronco de madeira com espinhos foi posicionado na entrada da pista de obstáculos, aguardando para perseguir Amélia.

Os instrutores explicaram o desafio: Amélia precisava percorrer a pista de obstáculos o mais rápido possível, evitando ser atingida pelo tronco que a perseguia implacavelmente.

Sem hesitar, Amélia se posicionou no ponto de partida, seu coração batendo acelerado com a empolgação do desafio. Assim que o sinal foi dado, ela deslanchou, seus passos ágeis e determinados movendo-se com graça e precisão.

O tronco de madeira começou a se movimentar, ganhando velocidade a cada segundo. Amélia saltava sobre caixotes e barris, desviava de lâminas afiadas e se equilibrava em plataformas estreitas sem perder o ritmo.

A adrenalina corria em suas veias, e ela se sentia viva como nunca antes. A velocidade e a agilidade que demonstrava eram impressionantes, deixando os instrutores surpresos com seu desempenho.

Amélia parecia estar em perfeita sintonia com a pista de obstáculos, antecipando cada movimento e reagindo com rapidez. Seus olhos permaneciam fixos no caminho à frente, seus sentidos aguçados e focados em superar cada desafio.

O tronco de madeira a perseguia implacavelmente, mas Amélia não deixava que o medo ou a pressão tomassem conta dela. Ela estava determinada a vencer o teste, a provar a si mesma e aos instrutores sua habilidade como caçadora.

Cada obstáculo era superado com destreza e graciosidade, seus movimentos fluídos e precisos. O tronco de madeira chegava cada vez mais perto, mas Amélia não fraquejava. Ela sabia que tinha que manter o ritmo e a concentração até o final.

Finalmente, com um último esforço, Amélia atravessou a linha de chegada, escapando por um triz do tronco de madeira que parou abruptamente. O silêncio tomou conta da sala de treinamento por alguns segundos, antes que Jones e Jane irrompessem em aplausos entusiasmados.

- Incrível! - Exclamou Jones, com os olhos brilhando de admiração.

- Você é realmente impressionante, Amélia! - Acrescentou Jane, com um sorriso orgulhoso.

Amélia respirava ofegante, sentindo a euforia da vitória tomar conta de seu corpo. Ela havia completado o teste de velocidade com maestria, provando mais uma vez sua destreza como caçadora.

Enquanto recuperava o fôlego, Amélia lançou um olhar para Logan, que observava tudo em silêncio. Ela podia perceber em seus olhos incisivos uma avaliação cuidadosa.

O próximo teste seria ainda mais desafiador, e Amélia estava pronta para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em seu caminho. Seu coração pulsava com determinação, pois ela sabia que a verdadeira prova ainda estava por vir.

O cenário foi novamente reconfigurado para o teste de resistência. Amélia se preparou para enfrentar o desafio, mas dessa vez seus adversários seriam diferentes. À sua frente, um imenso autômato de metal, robusto e intimidador, estava fixado ao solo, aguardando o início do cabo de guerra.

Amélia se posicionou junto a seus colegas instrutores, enfrentando o autômato com determinação em seus olhos. A prova de resistência testava não apenas a força física, mas também a perseverança e a resistência mental dos caçadores.

O cabo de guerra começou, e Amélia se entregou completamente à disputa. Seus músculos tensos demonstravam seu esforço incansável, enquanto ela se esforçava para manter o equilíbrio e empurrar o autômato para trás.

No entanto, o autômato era poderoso e implacável. A cada momento, ele parecia ganhar vantagem, empurrando Amélia e os instrutores para trás. O desafio exigia cada vez mais dela, mas ela não desistia.

O turbilhão de emoções crescia dentro dela. A frustração de ver seus esforços quase em vão, a determinação de não ceder, e a ansiedade de saber que seus colegas estavam dependendo dela para resistir ao poderoso autômato.

Apesar de todo o esforço, Amélia começou a sentir a exaustão tomar conta de seu corpo. Suas pernas tremiam, e suas mãos seguravam o cabo com dificuldade. Por mais que lutasse, o autômato parecia imbatível.

E então, finalmente, ela sentiu suas forças falharem. Seus pés escorregaram no chão, e ela foi puxada para trás com violência pelo autômato. O cabo de guerra terminou com sua derrota.

Amélia caiu de joelhos, ofegante e desapontada consigo mesma. Ela não havia conseguido superar o desafio de resistência, e isso pesava em seu coração. No entanto, ela sabia que fazia parte do aprendizado e do crescimento como caçadora.

Jones e Jane se aproximaram dela, demonstrando apoio e encorajamento. Eles sabiam o quanto Amélia havia se esforçado e que ela era uma caçadora talentosa.

- Você se saiu incrivelmente bem, Amélia. - Disse Jones, colocando a mão no ombro dela.

- O teste de resistência é um dos mais difíceis, e mesmo assim você enfrentou o autômato com bravura. - Acrescentou Jane, sorrindo gentilmente.

Amélia assentiu, agradecendo as palavras de encorajamento, mas ela não conseguia se livrar completamente do sentimento de derrota. Ela sabia que ainda tinha muito a aprender e a aprimorar.

No entanto, ela não se deixaria abater. A derrota serviria como motivação para continuar treinando e se tornando uma caçadora ainda mais forte.

Enquanto se levantava e se preparava para o próximo desafio, Amélia olhou para Logan, que a observava em silêncio. Ela podia sentir a intensidade em seus olhos incisivos, mas também algo mais, algo que ela não conseguia decifrar.

O teste de resistência pode tê-la derrotado, mas Amélia estava determinada a provar sua capacidade nos próximos desafios. Ela sabia que o caminho dos caçadores era repleto de obstáculos, mas ela estava disposta a enfrentá-los com coragem e perseverança. O verdadeiro julgamento ainda estava por vir.

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