Capítulo 11: Caçadores No Teto

Hunters On The Roof - Caçadores No Teto

A noite envolve a cidade com seu manto escuro, e o teto do alto prédio serve como observatório discreto para o trio de caçadores. O vento frio sussurra entre eles enquanto aguardam, seus olhos atentos varrendo as ruas movimentadas da cidade. Lâmpadas amareladas espalham pontos de luz pelo cenário urbano, criando sombras dançantes e revelando vultos fugazes. O silêncio tenso é quebrado apenas pelo ocasional ruído de carro e passos apressados. A adrenalina percorre as veias dos caçadores, conscientes de que o vampiro misterioso pode surgir a qualquer momento. A escuridão oferece proteção ao inimigo, e eles se preparam para um confronto perigoso e imprevisível.

Em meio à espera, a luz da lua cheia se esgueira por entre as nuvens, lançando um brilho etéreo sobre a cena. O ar frio parece carregado de eletricidade enquanto a tensão se acumula. Amélia ajusta firmemente o cabo de sua arma, com a determinação estampada em seu rosto. Jane, com suas exímia proeza visual, analisa os arredores, captando qualquer indício do vampiro. Jones, sempre vigilante, observa cada movimento nas ruas com seu binóculos, esperando o momento exato para agir.

Amélia olha para as ruas com uma expressão concentrada enquanto indaga os irmãos:

— Alguma novidade, pesaoal? Alguma pista sobre o vampiro?

— Nada ainda. — Responde Jane fechando os olhos por um momento e concentrando-se.

— Mas posso sentir que ele está por perto. É como se a escuridão estivesse se movendo, pronto para nos surpreender.

— Nada aqui também. — Disse Jones entre um suspiro profundo do ar gélido da madrugada. — Segundo o relatório, os malditos foram vistos exatamente nesta região. Não devem ter ido muito longe, mas eu odeio quando eles se escondem.

Jane se torna impactante com a demora da patrulha, determinada a concentrar seus esforços na alternativa maia eficiente.

— Não há nada aqui, melhor irmos explorar em outra parte do bairro.

— Vampiros e monstros são covardes, eles não se mostram tão facilmente. Talvez se esperarmos só mais um pouquinho.

Enquanto discutem seus próximos passos, um movimento suspeito chama a atenção deles. Lá embaixo, nas sombras das ruas desertas, uma figura se move furtivamente. Jones sorri e instintivamente coloca a mão na bainha de sua espada.

— É ele! — Sussurra Jones, alertando seus companheiros sobre a presença do vampiro misterioso.

Sem hesitar, ele se lança em uma perseguição implacável pelas ruas estreitas de Newham, saltando ao chão com sua capa levitando no ar. Elas o seguem, deslizando pelas paredes dos prédios para garantir uma queda mais segura.

Ao chegar no chão, Amélia corre ágil e silenciosa, seus sentidos de caçadora aguçados a guiam no rastro da criatura. Já Jones lidera o avanço. Sua velocidade era notável, e o fugaz vampiro que estava sendo perseguido corria sem olhar para trás. Jane mantém-se mais reservada, apreensiva quanto ao que os aguarda.

As ruas se tornam um labirinto de becos escuros e vielas sombrias, mas Amélia não permite que a escuridão a detenha. O vampiro parece estar ganhando terreno, mas eles não se rendem.

No meio da noite sombria, os três caçadores se deparam com um beco estreito e escuro, onde uma atmosfera pesada paira no ar. Ao avançarem furtivamente, seus olhos vislumbram uma visão assustadora: uma gangue de vampiros, somados a outros monstros sinistros, emergem das sombras. As feições pálidas e sedentas por sangue dos vampiros, combinadas com as formas grotescas das criaturas sobrenaturais, criam uma imagem aterrorizante. Os olhos brilham em um vermelho faminto, e suas presas afiadas denunciam a intenção de atacar. Os caçadores não se amedrontam nem por um momento, com suas armas prontas para a batalha que se anuncia. A tensão no ar é palpável, e uma aura de desafio toma conta deles enquanto se preparam para enfrentar essa ameaça iminente.

Jones é o primeiro, desembanhando seu sabe e saltando direito ao meio da multidão. Seus velozes ataques fatiam as criaturas sem que elas possam ter tempo de reagir, e em seguida, os malditos enfraquecidos se desfazem em nuvens de fumaça negra ao terem seua corações alvejados. Amélia não fica para trás, dançando com suas lâminas em meio aquele frenesi de monstruosidade. As criaturas são fatiadas ao meio por seus golpes, mal tendo tempo de se recomporem. Jane por fim toma a retaguarda, eliminando os alvos mais distantes. A ponta de sua balestra emite um brilho prateado, e os monstros que ela atinge, somem no primeiro golpe independente do lugar que foram atacados

Com as últimas criaturas caindo derrotadas, o trio se prepara para evacuar a área e dar aquela missão como cumprida. Todavia, aquela noite estava longe de acabar.

Num instante, uma das criaturas da noite se materializa furtivamente por destrás de Amélia, e ergue suas presas determinado a dar um golpe surpresa. A caçadora nem consegue perceber sua presença e estava quase sendo alvejada, quando de repente, seu corpo monstruoso é fatiado ao meio.

Jones aparece envolto de uma nuvem de poeira e com seu sabre emitido um brilho branco. Ele zomba do seu inimigo recém derrotado.

— Na próxima encarnação, tente atacar seus inimigos pela frente. Ao menos garanta uma morte honrada.

Amélia se espanta, não somente com a situação que acabara de passar, mas com o vampiro se desfazendo em uma cortina de fumaça negra ao chão.

— Esse devia ser fraco, morreu sem ter seu coração destruído.

— Só um fraco para ultilizar uma estratégia dessas. Mas bem, tudo limpo por aqui?

— Tem algo de errado com essa vizinhança, consigo sentir mais presenças por perto.

É então que elea ouvem um barulho metálico, tal como a queda de um objeto deste material. Ao olharem para o lado, o trio observa um bueiro destampado, provavelmente por onde um dos malditos ultilizou como rota de fulga.

Sem heisitar, eles entram pela mesma rota, com Jane os guiando através do rastro sinistro deixado pela criatura.

Ainda que com um faro aguçado para presenças sobrenaturais, estava difícil para Jane discernir qualquer coisa em meio aquela podridão da região. Trilhas e mais trilhas de minúsculos caminhos subterrâneos, iluminados apenas pela fraca luz de uma lamparina. Vários e vários litros de dejetos com os mais variados tipos de odor putefrato. A difícil tarefa de vascular aquele local em busca de respostas já estava árdua, mas em breve se tornaria mais dificultosa diante da descoberta feita ao fim do túnel principal:

Uma enrome entrada para um esgoto sinistro e mal cheiroso. A abertura era larga, provavelmente caberiam três pessoas inteiras empilhadas uma sob a outra. Um som de goteira ecoava longe ao fundo do local, indicando que sua profundidade era muito maior do que o aparente. Diante da descoberta, Jones estava pronto para mergulhar diretamente no buraco negro, mas Jane o segura pelo braço, preocupada com o que podem encontrar lá embaixo.

— Esse lugar é perigoso, Jones. Não sabemos o que podemos enfrentar. — Ela adverte.

— E o que fazemos já não é perigoso? — Questiona o jovem Winchester.

— Mas este é um outro nível de perigo. Enquanto andávamos por estes túneis, senti o rastro da criatura se tornar cada vez mais forte. Chegou em um ponto que eu conseguia o distinguir entre o amontoado de podridão. Porém, quando chegamos aqui, o rastro que eu estava sentindo não sumiu. Não era apenas um único rastro, agora são vários! Dentro desta caverna subterrânea existe uma presença sombria que osfusca qualquer amontoado de criaturas na superfície. Vamos precisar de mais gente se quisermos lidar com isso.

— Eu já penso o contrário. Mal se sabe por quanto tempo eles estiveram por ai fazendo todo tipo de coisa sinistra que a gente nem tem ideia. Se sairmos pra buscar ajuda, pode ser a oportunidade que queriam para se mover daqui e continuar machucando pessoas. Isso tem que acabar aqui e agora mesmo.

— Como eles sairiam? Isso não faz o mínimo sentido! Essa base aparentemente é gigante, elea não conseguiram se mover do nada.

— Eles são vampiros, e estão acompanhandos de sabe-se lá quantas criaturas. Tudo é possível! Além do mais, manifestações e criaturas sobrenaturais desafiam a lógica por definição. Já viu algo que eles fazem ter sentido ou lógica?

Diante da sombria porta, sob a luz tremeluzente das lanternas, Jones e Jane se encaram, suas expressões refletindo suas discordâncias. A discussão entre os irmãos fica um pouco acalorada, suas vozes se elevando enquanto defendem seus pontos de vista. Amélia observa a cena e percebe que era hora de agir. Ela intervém com uma voz firme, mas calma, dizendo:

— Precisamos pegá-los de surpresa. Se nos esgueirarmos por aqui, podemos os eliminar um por um. Demore o tempo que demorar, podemos lidar caso as coisas saiam do controle.

O argumento de Amélia deixa Jane um tanto reflexiva quanto a nova possibilidade. Depois de um tempo matutando, ela solta sua resposta.

— Você tem um ponto, Amélia. Mas vamos prosseguir com cautela, nada de abordagens impulsivas.

— Podemos fazer dessa forma e dependendo apressamos as coisas. — Complementa Jones de forma despreocupada, apenas para ser repreendido por sua irmã.

— Se quiser morrer jovem pode avançar sem um plano. Só não conte comigo para o seu velório.

Jones se sente irritado, mas engole a raiva e prossegue com as moças em direção ao túnel. Com cautela, o trio desce pelas escadas úmidas e escuras, adentrando o labirinto subterrâneo. A única luz que os guia é a tênue luminosidade das lanternas que carregam consigo.

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