Low Blow - Golpe Baixo
Jones sentiu o coração disparar quando o chão sob seus pés cedeu de repente, fazendo-o despencar em um buraco escuro e profundo. Enquanto caía, seus dedos agarraram-se freneticamente à beira do buraco, mas o deslize era inevitável. Ele gritou o nome das meninas, desesperado para alertá-las sobre o perigo, mas o eco cavernoso de suas vozes foi a única resposta.
O buraco parecia não ter fim, e a escuridão envolvente o deixava sem referências visuais. A sensação nauseante de queda livre apoderou-se de seu estômago, enquanto o fedor úmido do lugar invadia suas narinas, fazendo-o sentir náuseas. Finalmente, com um baque surdo, Jones atingiu o chão, caindo de costas em meio a uma pilha de detritos e lama fétida. Sua respiração estava ofegante e seus músculos tensos pela tensão. Ele rapidamente pegou sua lanterna e iluminou o entorno, revelando as paredes úmidas e escorregadias do buraco em que estava preso. O local era enorme, com espaço de um lago inteiro. As sombras dançavam ao redor da luz da lanterna, dando vida a formas sombrias e sinistras nas paredes sujas. Jones chamou novamente pelas meninas, mas o eco distante e o silêncio que se seguiu só aumentaram sua angústia. Ele estava sozinho, em um ambiente hostil e desconhecido, e a ansiedade começou a tomar conta de seus pensamentos.
Jones encontrou-se em uma câmara ampla, qual um túmulo secreto escondido sob a terra. Ondulações de sombras dançavam nas paredes de pedra nua, como espectros famintos em busca de vida. O farfalhar de suas respirações ecoava pelos corredores vazios, criando uma sinfonia mórbida de sons macabros. O fedor da terra úmida e da decomposição penetrava suas narinas, como um lembrete constante de que a morte estava próxima.
Sua lanterna trêmula iluminava a penumbra, lutando contra as sombras espreitantes como uma vela frágil contra a ventania noturna. O chão, coberto por uma lama pegajosa, prendia seus pés como tentáculos gélidos de uma criatura subterrânea. Cada passo era como atravessar a fronteira entre a vida e a morte, e a escuridão implacável o envolvia como uma mortalha sinistra.
Desespero e ansiedade eram seus companheiros fiéis enquanto ele vasculhava cada canto sombrio daquela câmara inóspita. A luz da lanterna, como uma estrela agonizante, lutava contra o abismo sombrio, revelando apenas fragmentos sinistros do que estava por vir. Cada silêncio era preenchido por sussurros inquietantes, como vozes de espectros do além clamando por sua alma. Era como se o próprio submundo estivesse aguardando para engoli-lo em seu abraço gélido. E, em meio a essa agonia desoladora, Jones se perguntava se algum raio de esperança ainda brilhava no horizonte sombrio que o cercava.
Nas profundezas tenebrosas do labirinto subterrâneo, Jones adentrou câmara após câmara, onde os grunhidos dos dejetos podres reverberavam nas paredes sujas e viscosas. A sinistra penumbra parecia esconder criaturas indizíveis, deslizando entre as sombras como espectros insaciáveis. Cada passo era uma dança arriscada, como se as entranhas da terra o desafiassem a mergulhar em seu âmago podre.
Naquela câmara específica, um arrepio serpentou pela espinha de Jones como um dedo gelado do além. A atmosfera densa o envolvia como um abraço mortuário, e uma sensação sinistra o alertava sobre uma presença oculta, esgueirando-se como uma víbora venenosa. Girou com agilidade, mas nenhum ser se revelou. Apenas o silêncio sepulcral persistia, como se as próprias trevas conspirassem para sufocar o intruso audaz.
O mistério impulsionou-o a erguer a lanterna, cuja luz fraca e trêmula cintilou na escuridão impiedosa. No cume da câmara, uma escuridão tão densa e voraz como a fome de um abismo faminto espreitava. O véu de sombras parecia ecoar o chamado de pesadelos antigos e desconhecidos, lançando seu feitiço sobre a mente do destemido caçador. A lanterna tremeu em suas mãos como um fiel companheiro intimidado, e, em um instante derradeiro, rendeu-se ao destino que desenhava seu trágico declínio, caindo como uma estrela cadente para selar seu destino em meio à obscuridade profunda.
No ápice do terror, uma figura colossal emergiu do topo do teto, enchendo o ambiente com sua sombra opressiva. O coração de Jones pulou uma batida, e a lamparina escapou de suas mãos trêmulas, mas sua determinação suplantou o medo momentâneo. Com agilidade felina, ele recuperou a fonte de luz antes que o escuro o consumisse, e num salto audaz, afastou-se da ameaça que se erguia à sua frente.
Os olhos de Jones se arregalaram em terror e fascinação enquanto uma horda de monstros vis caiu do teto, suas garras afiadas como lâminas e presas sedentas por sangue. Em meio ao caos voraz, ele se viu cercado por uma voragem de horrores indizíveis, cada qual parecendo mais impiedoso que o outro. Mas o caçador não se deixou abater, pois o instinto de sobrevivência acionou o modo implacável dentro de si.
Sem hesitar, Jones sacou seu sabre, cujo brilho cortante cortou o ar como uma estrela cadente. Seus movimentos se tornaram uma dança macabra e veloz, sua lâmina descrevendo arcos luminosos enquanto ele enfrentava as criaturas que o cercavam. Cada golpe era um furacão de destreza e força, cortando e retalhando seus inimigos num espetáculo mortal de agilidade e poder.
Com um arremesso preciso, a lamparina voou pelos ares como uma estrela cadente, explodindo em chamas num impacto incendiário. As criaturas uivaram e espernearam em meio ao fogo avassalador, mas Jones não diminuiu o ritmo. Ele avançou como um leão corajoso, esquivando-se das investidas inimigas e retalhando implacavelmente seus oponentes. A luz das chamas dançava em seus olhos determinados, enquanto sua espada brilhava com cada golpe fatal.
O combate selvagem rugia, e os inimigos caíam como folhas ao vento, mas mais pareciam se multiplicar em meio ao caos. Jones sabia que cada segundo contava, e que sua sobrevivência dependia de sua habilidade implacável. Com cada golpe de sua espada, ele se tornava uma força temível, um redemoinho de violência controlada em meio à escuridão aterradora. Nada o deteria, pois em seu íntimo, ardia uma vontade indomável de prevalecer, de sobreviver àquele pesadelo escuro e sinistro.
O cansaço começou a pesar nos músculos de Jones, e suas pernas pareciam chumbo enquanto ele enfrentava a enxurrada interminável de monstros. Cada golpe desferido, cada esquiva ousada, tudo parecia exigir um esforço sobre-humano. Seu peito subia e descia num ritmo frenético, e gotas de suor se misturavam ao sangue dos inimigos caídos. Mas, apesar da exaustão, ele se recusava a parar, a desistir.
Como um guerreiro imparável, Jones avançou com uma tenacidade desmedida, sua espada cortando e retalhando com fúria indomável. Ele parecia uma força da natureza, mas o mar de inimigos continuava a crescer, inesgotável. A cada criatura derrubada, outras duas surgiam em seu lugar, cercando-o cada vez mais.
O ambiente claustrofóbico e sombrio parecia conspirar contra ele, as paredes parecendo se fechar ao seu redor. Jones sentia como se estivesse encurralado em um pesadelo do qual não poderia acordar. Mas, em meio à escuridão desesperadora, ele encontrou forças que nem sabia possuir. Sua vontade de viver, de sobreviver àquele turbilhão de horror, era como uma chama ardente em seu peito.
Apesar da fadiga e da adversidade, Jones permaneceu inabalável, o olhar focado em um único objetivo: prevalecer. Seu sabre se movia como um relâmpago, cortando seus oponentes com precisão letal. Cada golpe era uma ode à sua determinação, um grito silencioso de resistência contra o destino sombrio que parecia querer engoli-lo. E assim, ele continuou lutando, sem recuar nem ceder, enfrentando a escuridão com bravura e valentia dignas de um verdadeiro caçador.
O despertar do monstro gigante fez com que toda a caverna tremer, e uma sensação de pavor gelou a espinha de Jones. A criatura imponente irrompeu do chão, esmagando uma horda de monstros no caminho com sua força avassaladora. Seu uivo ensurdecedor reverberou pelas paredes úmidas, ecoando como um anúncio de sua ira insaciável.
Jones viu o fogo queimando à sua frente e percebeu que o monstro não se importava com o perigo, atravessando impiedosamente as chamas. Ele tentou fugir, mas as criaturas menores o cercaram, suas garras afiadas e dentes ferozes prontos para dilacerá-lo. Com uma agilidade desesperada, o caçador brandiu sua espada, cortando e fatiando seus inimigos, mas o número era avassalador.
A sensação de desespero cresceu em Jones enquanto ele lutava com todas as suas forças para se libertar, mas o destino parecia implacável. Com uma rapidez inevitável, a criatura colossal avançou, sua boca se abrindo numa abocanhada feroz. Em um último gesto de bravura, o caçador tentou escapar, mas era tarde demais. O monstro o engoliu, e a escuridão o envolveu completamente, silenciando sua luta e marcando o fim de sua jornada.
O silêncio pesado pairou sobre o lugar, mas não durou por muito tempo. Dos gemidos e ruídos ininteligíveis, as palavras emergiram como um chamado desesperado por liberdade. O monstro gigante, surpreendido, mal teve tempo para reagir antes que Jones emergisse de suas entranhas com uma ferocidade imparável. Seu sabre brilhava intensamente, emanando um poder inexplicável, e marcas brancas misteriosas adornavam seu braço.
O caçador desencadeou sua ira contra o monstro, destruindo-o com golpes precisos e implacáveis. Os gritos do monstro se misturaram com o som do metal encontrando carne, ecoando pela caverna sombria. Quando o gigante finalmente caiu, uma horda de criaturas se reuniu para enfrentá-lo, mas Jones estava cego de raiva. Gritando mais alto que todos eles, ele avançou com uma ferocidade implacável, cortando e fatiando seus inimigos com uma energia quase sobrenatural.
O brilho branco intenso de seu sabre iluminava a escuridão e, por um momento, parecia que o próprio caçador se transformara em uma força imparável da natureza. A horda, temerosa, recuou diante da fúria de Jones, incapaz de resistir ao ímpeto furioso que o consumia, mas ele era imparável. A batalha feroz continuou, com o caçador se entregando totalmente à fúria.
A sala agora estava vazia, e as criaturas derrotadas jaziam caídas pelo chão. Jones permanecia como a única figura em pé, mas a vitória lhe custara caro. Seus músculos cansados fraquejavam, e o esgotamento começava a consumi-lo. Ele tentou usar seu sabre como apoio para se manter de pé, mas suas forças já não eram suficientes. Com um último esforço, ele lutou para se manter consciente, mas o mundo ao seu redor se distorcia e girava em uma espiral vertiginosa.
Por fim, o caçador cedeu à exaustão. Seu corpo não suportou o peso da batalha e da jornada até ali. Ele caiu de joelhos, o ar escapando de seus pulmões em um suspiro ofegante. A escuridão o envolveu, e tudo ficou preto. A sensação de derrota e fracasso o consumiu enquanto ele mergulhava em um profundo e inconsciente abismo.
O silêncio se instalou novamente na câmara, deixando apenas a figura imóvel de Jones como testemunha de sua própria derrota. A batalha havia custado mais do que sua força física; ela havia ferido sua alma.
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Atualizado até capítulo 30
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