Jane correu pelos corredores úmidos e escuros do esgoto, sua lamparina balançando em sua mão trêmula. Cada passo ecoava como um tambor em seu peito, sua respiração acelerada misturando-se com o som sibilante da água ao redor. O medo e a tensão pairavam no ar, envolvendo-a como um manto opressor.
De repente, um ruído estridente ressoou à distância, ecoando pelos túneis como um grito sombrio da escuridão. O coração de Jane disparou, suas mãos apertando a balestra com força. Ela virou o rosto na direção do som, seus olhos vasculhando a penumbra em busca de qualquer sinal de movimento. Seu instinto lhe dizia que algo estava errado, que um perigo iminente se aproximava.
E então, sem aviso prévio, uma figura escura surgiu das sombras, lançando-se sobre Jane com uma velocidade assustadora. Ela mal teve tempo de reagir, sua mente gritando em alarme enquanto seu corpo respondia por instinto. As garras afiadas da criatura se estenderam em sua direção, ameaçando rasgar sua pele vulnerável.
O tempo parecia desacelerar, cada segundo se estendendo como uma eternidade enquanto Jane lutava para se defender. Sua balestra se ergueu, e ela disparou uma flecha em um gesto reflexo. Mas o vampiro rato era ágil, desviando do projétil com uma agilidade sinistra. As garras se aproximavam perigosamente, o hálito gélido da criatura roçando sua pele.
A adrenalina corria em suas veias, suas emoções se misturando em um turbilhão de medo e determinação. Jane se esquivou no último instante, suas botas escorregando na lama úmida enquanto ela recuava. Seu peito subia e descia em respirações ofegantes, seus olhos fixos na figura sombria que a encarava com olhos famintos.
Amélia, com uma expressão concentrada e determinada, apareceu como um raio, suas foices reluzindo no ar. Ela girou com graça, suas lâminas cortando o espaço com uma velocidade impressionante. O vampiro rato tentou desviar, mas Amélia estava um passo à frente, antecipando seus movimentos com precisão.
As foices se encontraram com a carne do vampiro rato, cortando-o profundamente e fazendo com que ele soltasse um uivo agudo de dor. O vampiro recuou, sua forma distorcida tremendo enquanto ele tentava se recuperar do ataque inesperado. Amélia não hesitou, continuando sua ofensiva implacável.
Com uma série de movimentos fluidos, Amélia atacou nova e novamente, sua destreza impressionante, deixando rastros de faíscas no ar. Ela atingiu pontos vitais do vampiro rato, explorando suas fraquezas com maestria. Cada golpe era calculado, cada movimento preciso e rápido.
Finalmente, com um golpe final devastador, Amélia acertou o coração do vampiro rato. Um gemido agonizante ecoou pelos túneis, e a criatura desabou no chão, seu corpo se desintegrando em cinzas diante dos olhos de Jane. O silêncio se seguiu, e Jane olhou para Amélia com admiração e gratidão.
Amélia baixou suas foices, sua respiração ainda um pouco acelerada pela intensa luta. Ela olhou para Jane com um sorriso confiante, a expressão de quem estava acostumada a enfrentar perigos desse tipo.
— Bem, parece que finalmente encontrei esse maldito vampiro fujão. Ele não conseguiu escapar dessa vez.
Jane olhou para ela, ainda se recuperando do susto, e seus olhos se estreitaram levemente.
— Você estava procurando por ele? E por que não nos contou nada?
Amélia deu de ombros, mantendo seu sorriso um tanto desafiador.
— Não achei que fosse relevante no momento. Mas parece que minha intuição estava certa.
Jane franziu a testa, sentindo um misto de irritação e frustração. Ela não gostava de ser mantida no escuro, especialmente em situações perigosas como aquela.
— Amélia, você precisa aprender a trabalhar em equipe. Não podemos enfrentar essas ameaças se não estivermos todos na mesma página.
Antes que a discussão pudesse se aprofundar, um estrondo ressoou pelos túneis, fazendo o chão tremer ligeiramente. Ambas as caçadoras se viraram na direção do barulho, seus instintos alerta mais uma vez.
— Esqueça isso por enquanto, Jane. Temos algo maior para lidar agora.
Amélia olhou para Jane com um olhar questionador.
— A propósito, o que aconteceu com você e Jones? Por que estão separados?
Jane suspirou, seu olhar se tornando mais sombrio.
— Foi minha culpa. Eu estava tão determinada em lidar com essas criaturas que comecei a agir impulsivamente. Jones tentou me fazer reconsiderar, mas eu insisti em ir sozinha. Acabei encontrando o vampiro rato e... bem, você pode imaginar o resto.
Amélia ouviu atentamente, sua expressão se suavizando à medida que entendia a situação.
Acredite, eu entendo a sensação de querer resolver as coisas por conta própria. Mas estamos nisso juntas, Jane. E agora temos que focar no que está acontecendo aqui.
Antes que Jane pudesse responder, outro estrondo ecoou pelo esgoto, mais próximo agora. Elas se entreolharam por um momento e, sem trocar palavras, se lançaram em direção ao novo perigo que se aproximava, prontas para enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho
****************************************************
O coração de Jones batia freneticamente no peito, um ritmo descompassado de ansiedade e arrependimento. Ele havia cometido erros, tomado decisões precipitadas, e agora estava colhendo as consequências. Enquanto avançava pelos corredores úmidos e escuros do esgoto, uma névoa de arrependimento se agarrava a ele, envolvendo-o em um abraço frio e implacável.
O eco de seus próprios passos ecoava, ecoando seus pensamentos sombrios. Ele se perguntava como havia chegado até ali, em um lugar tão sombrio e perigoso. As lembranças de seus atos imprudentes o atormentavam, como fantasmas sussurrando acusações em seus ouvidos. Ele sentia o peso de suas escolhas, a maneira como havia arriscado a si mesmo e aos outros.
E então, na escuridão, uma figura surgiu. Uma criatura grotesca e imponente, o carrasco do esgoto. A visão dele fez o coração de Jones congelar em seu peito, o medo tomando conta de seu corpo. Ele sentiu a sombra do arrependimento se aprofundar, mas dessa vez, também sentiu uma chama ardente de determinação. Ele sabia que não podia recuar, não podia permitir que o medo o dominasse.
Ele apertou o punho de sua arma, sua respiração ficando mais profunda e controlada. Ele olhou para o monstro diante dele, enfrentando seus olhos brilhantes e ameaçadores. Seu corpo tremia levemente, mas suas pernas não cederam Sua voz soava firme e determinada
— Acha que eu tenho medo de você, bicho feio? Pode vir!
A criatura avançou, seu corpo se contorcendo de maneira grotesca. O medo ainda estava lá, mas agora estava acompanhado por algo mais forte, algo que vinha de dentro. A determinação de enfrentar o que quer que viesse, de lutar com todas as forças para corrigir seus erros e proteger aqueles que importavam para ele. Ele levantou sua arma, os dedos apertando o gatilho com firmeza. Era hora de lutar, de enfrentar o carrasco do esgoto e encontrar a redenção que tanto desejava.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 30
Comments