Capítulo 6

Miguel acorda no meio da noite e desce da cama querendo ir imediatamente ao banheiro. No entanto, Miguel se assusta quando quase pisa em algo macio. Seus olhos se voltam para baixo e descobrem que quase pisou no peito de Fabiana, que está dormindo no chão coberta por um grosso cobertor. Miguel suspira profundamente antes de deixar Fabiana e continuar com a sua vontade de ir ao banheiro. Depois, ele volta para perto de Fabiana, que ainda está dormindo profundamente no chão.

— Tão audaciosa... — Miguel não entende por que Fabiana está fazendo algo fora do esperado. Ele não consegue parar de pensar em como seria se o corpo de Fabiana ficasse frio e doente. Além disso, Miguel tem certeza de que uma garota como Fabiana nunca passou por algo assim. Lentamente, Miguel levanta o corpo de Fabiana e o coloca na cama.

Miguel volta a dormir no mesmo lugar, pois ainda são duas da manhã. Há muito tempo para descansar antes do amanhecer. Ambos parecem dormir profundamente, sem muito movimento. Eles permanecem assim até a manhã, deitados um de costas para o outro. Fabiana suspira alto enquanto abre os olhos. Ela estica o corpo, mas acidentalmente acerta o rosto do homem ao seu lado com a mão. Fabiana rapidamente retira a mão e olha para o rosto de Miguel.

— Ah, meu Deus! Como vim parar aqui?

— Da próxima vez, não faça coisas idiotas, durma onde deve! Você não pensou que algum rato poderia passar e te morder? — Antes que Fabiana possa terminar de falar, Miguel a interrompe.

Fabiana cobre a boca com as duas mãos. O professor estava certo, e se algum animal rastejasse em seu corpo e a mordesse, deixando marcas? Fabiana balança rapidamente a cabeça, seus olhos brincando de maneira engraçada, mas Miguel ignora e decide entrar no banheiro.

— Irritante, mas atencioso. Faz com que eu fique irritada. Se não tivesse acordado, eu o teria mordido. Mas o que eu estava pensando... — Apressadamente, Fabiana bate em sua cabeça por pensar bobagens tão cedo pela manhã.

Miguel observa a aparência de Fabiana, que está de pé na frente do espelho. A garota está bem-arrumada com seu uniforme, mas algo está incomodando os olhos de Miguel. Ele suspira pesadamente depois de descobrir o que está estragando a visão.

— Você não tem saia mais curta?

— É curta o suficiente, não é, professor? Não se preocupe, vou comprar uma menor! — responde Fabiana de maneira descontraída, com um sorriso no rosto.

— Compre, mas não me culpe se eu cortar sua saia depois e jogá-la na lixeira! — adverte Miguel.

Miguel pega sua bolsa de trabalho e sai do quarto antes de perder a calma por causa do comportamento de Fabiana, o que o faz ter que se arrepender de suas ações.

— Perguntou sobre a saia e agora quer que eu a corte. Difícil não concordar...— Fabiana resmunga irritada, então passa um pouco de batom nos lábios antes de descer.

Miguel aparece com o rosto desgrenhado, a mãe e o pai sorriem ao vê-lo. Miguel não está acostumado com aquilo, sua vida tem sido monótona desde que voltou para casa. Talvez porque as cores de sua vida tenham desbotado, mas apenas um dia de casado já mostra mudanças em seu rosto. Miguel parece estar segurando sua frustração que não pode ser contida.

— Sua esposa não está aqui para tomar café da manhã? — pergunta a mãe, enquanto serve um prato para Miguel.

— Ela ainda está se arrumando, já descerá.

— Não a pressione muito, ela ainda é nova Ela precisa de muita orientação, além disso, você é marido e professor. Ensine-a com calma, não como ontem quando a fez chorar! — Miguel interrompe o movimento da colher, parece haver um mal entendido aqui.

Ontem, Fabiana gritou e chorou quando ele a forçou a entrar no quarto, mas o pai e a mãe parecem pensar o contrário. Miguel não responde, ele enche novamente o prato com a comida disponível.

Fabiana desceu ao mesmo tempo que João, que também queria tomar café da manhã. A mão da garota envolveu casualmente o braço de João, fazendo com que a mãe e o pai se olhassem. Eles já sabiam que João e Fabiana eram amigos depois que João contou tudo, mas Fabiana agora era a esposa do filho mais velho.

Miguel, curioso com o comportamento dos pais que pareciam diferentes, rapidamente olhou para as escadas. Ele viu Fabiana com um olhar indiferente e continuou a comer.

— Fabiana, tome café, querida! Venha sentar-se ao lado de Miguel. — convidou a mãe para dissipar o desconforto.

—Tire as mãos de mim, sente-se perto do Miguel! — disse João, sentando ao lado da mãe para que Fabiana percebesse que em casa eles eram cunhados.

Fabiana sorriu e sentou-se ao lado de seu professor, que estava comendo ávidamente porque Miguel não tinha comido desde o incidente em sua casa. Portanto, ele estava faminto pela manhã.

— Coma rápido, a menos que você queira ir a pé! — instruiu Miguel em um sussurro.

Fabiana ignorou, parecia tranquila enchendo seu prato.

— Vá! Afinal, tenho o João, meu melhor amigo para sempre.— Miguel suspirou pesadamente, balançando a cabeça ao ver o comportamento da esposa.

Depois de se despedirem de seus pais, Miguel, Fabiana e João foram imediatamente para a garagem. Não esqueceram de pegar seus casacos e capacetes. Miguel subiu em sua moto e a ligou, assim como João. No entanto, Miguel teve que mais uma vez ser paciente ao ver Fabiana optando por ir com João. Miguel olhou para a porta da casa e pediu a João para ir na frente.

— Por que você não vai com Miguel, Fabi? Ele é seu marido agora. — exclamou João enquanto estavam a caminho.

— Só em casa, na faculdade ele é meu professor. —respondeu Fabiana um pouco alto para que João pudesse ouvir.

— Se for assim, serei o alvo do Thiago!

— Deixe isso comigo! — Fabiana esqueceu que Thiago ficaria bravo ao vê-la andando de moto com João, embora não seja algo proibido, já que Thiago sabe que eles são amigos. Só o namorado dela que exagera.

A moto de João chegou primeiro, seguido pela moto de Miguel, que estacionou ao lado da moto do irmão. Miguel deu uma olhada em Fabiana, que estava ocupada organizando sua aparência, e então ele entrou imediatamente na sala dos professores.

— Ah, eu acabei de me lembrar. Estou sem dinheiro, o que posso comprar? — perguntou Fabiana a João.

— Hmm, eu também só ganhei vinte mil da mãe. Vou precisar para colocar gasolina, além disso, por que de repente você está sem dinheiro? — Todos sabem que Fabiana nunca fica sem dinheiro, a menos que tenha esquecido sua carteira.

— Eu ainda não saquei, olhe para a minha carteira vazia! — Fabiana resmungou pensando em batata frita, macarrão, frango frito e seus amigos. Rapidamente, ela correu depois de lembrar de algo, deixando João confuso ao vê-la.

— Espere! — Fabiana esticou os braços e interrompeu o caminho de Miguel enquanto ele caminhava no corredor da escola.

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