JULIANE...
O Gus foi um fofo em me acompanhar até em casa, não sei o que me deu que eu lhe dei um selinho, mas assim que fechei a porta, corri para o meu quarto.
JULIANE: Em quê, eu estou me metendo, paizinho?
Fico deitada por alguns minutos e logo me levanto, troco de roupa, tiro a minha maquiagem e volto para a cama, tinha uma mensagem do Thiago no meu celular.
"Está tudo bem?"
Respondi dizendo que sim e logo ele me mandou outra.
"Vou chegar um pouco tarde..."
"Tudo bem, use proteção, não quero um sobrinho meu na barriga de mulheres oferecidas."
Ele me respondeu com uns emojis rindo e um coração. Deixo o celular de lado e começo observar a lua, hoje ela está brilhante, cheia, saio na varanda do quarto e olho na direção da casa onde o Gus mora, de longe vejo uma sombra na varanda de cima, olhando na minha direção.
JULIANE: Acho que ele também está sem sono...
Fico olhando aquela silhueta alta, encostada na grade, vejo quando ele ascende um cigarro, mas não chega nem mesmo a levar a boca, fica olhando pra ele por uns dois minutos e logo após isso, joga no chão.
JULIANE: Por que fez isso, Gus?
Ele vira o rosto para o outro lado da rua e entra no quarto, fico observando a varanda dele, na esperança de que ele volte, mas ele não sai. Minutos depois ele sai de casa e vem na direção da minha casa, eu entro correndo dentro do quarto para ele não perceber que eu estava observando ele.
Espero, espero e espero, mas uma batida alta soa na porta.
JULIANE: Será que é ele?
GUSTAVO: LIIIIIA.
JULIANE: Sim, é ele.
Levanto de onde estou e vou abrir a porta, quando abro uma brecha, ele abre ela toda e ataca os meus lábios, na mesma hora o meu cérebro dispara, me levando de volta a anos atrás. Tento fazer ele entender que não é o abusador, que é o Gus. Mas antes que isso aconteça, o Gustavo para e me olha triste.
GUSTAVO: Desculpa, desculpa, desculpa...
JULIANE: Por que fez isso?
GUSTAVO: Porque sou um babaca... Um ogro... E não me contentei só com um selinho... Me perdoa por favor...
JULIANE: Tudo bem...
GUSTAVO: Não está tudo bem... Eu te forcei a me beijar...
JULIANE: Foi só um beijo, Gus... Já passei por violação maior...
O Gus me solta e olha nos meus olhos agora furioso. Ele começa andar de um lado para o outro, passando a mão no cabelo.
GUSTAVO: Quem foi? (desvio o olhar e fico encarando os meus pés)
JULIANE: O mesmo monstro que matou o meu pai.
Ele sai porta afora e dá um murro na árvore que tem em frente a minha casa, me assusto com o surto dele, pois ouvi um estalo, tento ir até ele, mas estou paralisada. Depois de vários minutos ele de costas para mim e eu paralisada no mesmo lugar, ele se vira e vem até mim, é só quando vejo a sua mão sangrando que saio do transe.
JULIANE: Está sangrando...
Ele olha para a própria mão e vê o sangue nas juntas dos dedos, estendo a minha mão e pego na dele, está quente por causa do sangue que está manchando a pele dele, puxo ele para dentro de casa e vou até a cozinha, ele senta numa das cadeiras da mesa e fica esperando eu voltar com as coisas.
Eu separo tudo e coloco em cima da mesa, pego na mão dele e vamos até à pia para lavar um pouco o sangue, ouço ele chiar ao sentir a água cair, então faço carinho na mão dele, limpando o sangue, quando tiro o excesso do sangue, seco a mão com uma toalhinha.
JULIANA: Santa aqui.
Ele me obedece calado, limpo os cortes com água oxigenada, e faço um curativo, depois que termino de enfaixar ele olha nos meus olhos.
GUSTAVO: Desculpa ter surtado...
JULIANE: Não faça isso de novo.
GUSTAVO: Se eu descobrir quem foi... Eu... Que raiva!
JULIANE: Ele foi preso... Por matar o meu pai... Ele tinha sido solto uns dias antes de matar ele... Por me...
GUSTAVO: Não precisa falar agora.
Ele estende a mão enfaixada e faz carinho no meu rosto, eu deito a cabeça na sua mão, fecho os meus olhos, e fico apenas sentindo o seu toque.
GUSTAVO: Você é tão linda, Lia... Está mexendo com a minha cabeça, e até mesmo com o meu coração... E eu nem lembrava que tinha um.
Olho nos olhos dele e vejo eles brilhar, apenas sorrio para ele, que desliza a mão pelo meu rosto, o seu polegar chega até o meu lábio superior e passa ao longo dele, quando ele repete o movimento, eu coloco a pontinha da língua para fora e passo no seu dedo.
GUSTAVO: Não me provoque, Lia... Não quero ser mais um trauma para você. Pelo contrário, quero te ajudar a superar eles.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Boravercuriosa🌹🌪️
Eita, vc não é pau mandado, pq ela nem precisou mandar, vc já é um cachorrinho adestrado.🤭😉🤣🤣
2025-04-02
2
Boravercuriosa🌹🌪️
Amo essa amizade e parceria dos dois. É lindo acompanhar 😍
2025-04-02
1
Dinanci Macorin Ferreira
Lindo esse amor !
2025-02-22
1