Capítulo 12

Ele não estar errado. Percebo que o vovô Sales, a quem ele chama pelo primeiro nome, deu ótimas referências a meu respeito, não irei decepcioná-lo agora. Volto a sentar e aquele homem senta diante de mim, porém do outro lado daquela mesa.

– Você trouxe os documentos que solicitei? – Repasso para ele a pastar. – Mirella Martins. – Ele fala como se testasse meu nome em sua boca e aquilo soou sexy, aperto minhas coxas porque sentir uma fisgada entre elas. Mas ele não me olha. Começa a analisar meus desenhos. – Todos esses são exclusivos seus? – Apenas confirmo com o manear de minha cabeça. – Alguém mais teve acesso a essa pasta?

– Não! Todos eles foram criados enquanto eu aguardava essa oportunidade de emprego.

– Ótimo! Mas preciso fazer um teste com você, pode ser? – Apenas confirmo com a cabeça.

Ele se levanta e vai até um cofre ali próximo. Sei do que se trata porque na M&M tinha um igual. São onde guardam as pedras preciosas e apenas uma pessoa tem acesso a ele. Ele retira uma caixa de lá e traz para a mesa. Então a abre diante de mim, todas as pedras ali são pequenos diamantes, basicamente iguais. Cerca de uns 20 contando de forma rápida.

– Preciso que identifique os três diamantes verdadeiros dentro dessa caixa.

Ele me encara. Um desafio. Ele quer saber se eu sei com o que estou mexendo. Olho para aquela caixa novamente, tinha visto uma pequena lanterna em sua mesa, então estico o braço e a pego, enquanto ele me analisa. Acendo a lanterna e reflito a luz naquelas pedras, não demora muito e já consigo identificar. Os diamantes têm um alto poder de refração, consegue “dobrar” os raios de luz que passam por ele. Por isso brilham tanto. Separo aquelas três pedras, com uma pinça que havia ali, enquanto ele me olha. Pego uma pinça e suspendo uma das pedras jogando mais uma vez luz sobre ela, percebo que o reflexo de sua tonalidade é acinzentado, então sei que é verdadeiro. O falso a tonalidade é colorido. Confirmo que as três pedras são verdadeiras. Então de forma ousada pego as três pedra e jogo dentro do copo de água dele, as pedras afundam, comprovando que estou certa. As falsas boiariam. Olho para ele e ele tenta disfarçar o sorriso que tem no rosto.

– Muito bem, Mirella. – Sempre que ele falava meu nome, algo se comprime no meio de minhas pernas. – Você passou no teste com excelência. Dois de seus desenhos quero produzir de imediato. ¬– Apenas confirmo com a cabeça. – Você tem disponibilidade de começar nesse momento.

– Vim preparada para isso! – Confirmo.

Ele faz um tour pela loja comigo, me mostrando cada local e descrevendo para mim onde cada coisa era feita, assim como me apresentando a sua equipe. A Crystal, como a loja era chamada, era muito bem equipada. Seus equipamentos eram de última geração e muitas coisas ali acreditam que foram exportadas, talvez a demora em abrir a loja.

– Essa é sua primeira loja? – Sei que não era, pelo que vovô falou essa era uma filial, então provavelmente existem outras lojas.

– Temos uma em Portugal, meu país de origem. – Bingo, agora sei de onde vem aquele sotaque. – Mas aqui é a primeira filial.

Então ele me leva a um escritório muito parecido com o seu e me informa que ali seria meu escritório. Isso meio que me surpreende porque imaginei uma sala simples para trabalhar não um escritório.

– Mirella, preciso ser bastante sincero com você. – Aquilo me assusta, não sei por qual motivo, mas fico nervosa. – Você será nossa única designer por enquanto. Se notarmos que precisamos contratar mais alguém, assim faremos, da mesma forma que se você acreditar que estar ficando sobrecarregada, você pode me falar. Porém, antes de sair contratando a torto e a direita, precisamos sentir nosso movimento.

– Super entendo isso, senhor. Pode ficar tranquilo quanto a esse fato. Sei o quanto isso é primordial para quem estar começando. Qual as duas joias que você pretende criar inicialmente, estou animada para começar.

Sei que aquele desenho precisaria passar pela mão de outros profissionais, modelista em cera, fundidor, cravador, gravador, lapidário, técnico em acabamento e técnico em galvanoplastia. Para se ter ideia não é algo tão simples e gosto de acompanhar cada processo, etapa por etapa, para que a joia fique perfeita, assim como a imaginei.

Afonso Costa

Não estava muito a fim de sair naquele dia, estava cansado da viagem e ainda tinha muito detalhes para acertar. Porém, alguns conhecidos insistiram tanto que acabei aceitando. O barzinho era muito bom, estava lotado, animado e tinha muitas mulheres bonitas. Porém, não estava muito disposto a me envolver com ninguém, mulheres são muito sentimentalistas e no momento preferia me manter distante, minha cabeça já tinha muita coisa para administrar.

Mas quando aquela mulher chegou, toda minha determinação foi por água a baixo. Morenaça, com um corpo maravilhoso, e um sorriso encantador no rosto. Seu olhar era atento para tudo que acontecia ao seu redor.

Quando foram para a pista de dança realmente chamavam atenção pelo rebolado. A maioria dos caras ali estava babando, mas elas não estavam dando bola para ninguém. Pareciam que o maior objetivo de estarem ali era se divertirem entre elas. Quando nosso olhar cruzou pela primeira vez, não conseguir desviar o olhar. Estava muito encantado para isso, então ela retornou sua atenção para o seu grupo. Quando ela volta a me olhar e percebo que seu grupo também, não iria perder aquela oportunidade, então fui até ela para a convidar a dançar.

Quando nossos corpos colaram na pista de dança, parecia que havíamos sido feitos um para o outro porque eles se encaixaram perfeitamente. Ainda bem que um de meus atributos era saber dançar, e a conduzir com maestria, tanto que estávamos sendo observados por algumas pessoas ali. Quando ela me encarou com um sorriso no rosto, no final da dança, não resistir e a beijei. Sei que foi uma manobra arriscada, poderia ter passado a maior vergonha se ela tivesse me dado um tapa no rosto ali. Mas quando sua boca deu acesso a minha língua me perdi naquele beijo.

De repente a sentir sendo puxada de mim, enquanto um cara a segurava pelo braço com tanta violência, estava muito puto com ela, e agora eu também estava com ele, isso não é forma de tratar uma mulher. Partir para cima dele, pronto para defendê-la, mas aquele idiota era covarde demais para bater de frente comigo, então resolveu questionar a garota, que lhe deu uma boa resposta, puxou seu braço e de forma inesperada colou nossos lábios novamente ignorando aquele idiota.

Quando a convidei para sair dali, pensei que ela diria não, mas quando falou que sim, meu coração acelerou, mas não poderia criar muitas expectativas. Ela não quis me dar seu nome, mas eu pretendia descobrir até ela ir embora. Pelo jeito aquele idiota tinha a traído com outra, não estava errado em classificá-lo assim, porque só sendo idiota para perder um mulherão desse. Quando chegamos no hotel onde estava hospedado quase não conseguir chegar a entrar no quarto. Estava enlouquecendo para possuir aquela mulher. Então resolvi acalmar um pouco os ânimos.

Quando retirei o vestido que ela usava fiquei fissurado no seu corpo. A mulher era uma verdadeira sereia. Se tivesse em um barco no mar e ela cantasse, eu pulava mesmo se não soubesse nadar. Como um homem larga uma mulher dessa? Aquele só podia estar com problema de visão. Passei a noite venerando seu corpo, entrando e saindo dele. Nunca numa única noite eu havia tido quatro orgasmos consecutivos. Bastava meu corpo encostar nela e meu membro já dava sinal. Acho que só parei porque ela realmente não aguentava mais.

Apaguei imaginando que quando acordasse pudéssemos ter mais uma rodada daquele corpo. Mas aquela mulher não estava em canto nenhum do meu quarto quando acordei. Encontrei um bilhete seu em minha mesa e não acreditei naquilo. Normalmente somos nós que dispensamos a garota nesse tipo de situação, mas essa me usou para seu prazer e partiu assim que se recuperou. Fiquei muito puto na hora, com o membro duro só de imaginá-la e ela me largou aqui com um bilhete.

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