Mãos que tocam

🐎|Capítulo 16|🐎

Correndo desesperadamente por minha vida, era como está presa em um filme de terror, os meus pés latejam de dor enquanto a sensação de perigo se intensifica. É como se a sombra ameaçadora estivesse se aproximando, pronta para me engolir... Meu coração dispara e o pânico toma conta de cada fibra do meu ser. A adrenalina corre pelas minhas veias, impulsionando-me a continuar, mesmo quando minhas pernas parecem prestes a ceder.

Procuro desesperadamente por qualquer sinal de ajuda. Onde está Ryan? Ele sempre esteve lá para mim, mas agora parece ter desaparecido. Grito por seu nome em meio à minha corrida frenética, esperando que ele me ouça, que venha em meu auxílio. O silêncio ecoava ao meu redor, apenas o som dos meus próprios passos e batimentos cardíacos acelerados.

As gotas de suor escorrem pelo meu rosto, meus cabelos embainhados ao colar no rosto, enquanto minha mente luta para encontrar uma saída. A cada passo, a sensação de que o perigo se aproxima se intensifica. Meus pensamentos se misturam em um turbilhão de medo e desespero. Eu não quero morrer, não agora, não é assim! Esse maldito, como ele me encontrou... Ryan, onde estás...

Quando no meio a mata, finalmente, avisto uma luz distante, um refúgio em meio à escuridão. Minhas pernas se movem com uma nova energia, impulsionadas pela esperança renovada. Estou chegando perto.

Enquanto me aproximo, a figura de Ryan emerge da escuridão, correndo em minha direção. Seu rosto reflete a preocupação e a determinação. Ele me alcança, envolvendo-me em um abraço protetor.

Quando senti um suspiro de alívio escapar de meus lábios enquanto descanso brevemente em seus braços.

— Manuela, você está fugindo de quem? Ele não entendeu. Disse que diria, mas tínhamos que sair rápido daquele lugar!

Enquanto estávamos próximos ao rio, a figura do maldito mascarado imediatamente se alarmou com a situação.

Ryan recebeu uma pancada forte e desmaiou, para meu total desespero. Eu corri ajoelhando bem ao seu lado, preocupada com seu estado inconsciente. Com cuidado, verifiquei a pulsação.

Ele tinha respiração, aliviando-me ao que ele estava estável...

O som suave e reconfortante das águas do rio ecoava ao redor, proporcionando um ambiente sereno, mas eu tinha que encontrar um abrigo para nós dois.

A pessoa que atacou ele, não estava por perto e sim havia se escondido e era como se estivesse brincando comigo.

Tenho que nos proteger, preciso esconder-me para que eu possa pedir ajuda para nós dois, eu vou me esconder atrás dessa pedra!–

Não tem como esconder-me, ele certamente vai ver que estou aqui...

— O que faço, por Deus!

— O que vou fazer?

No turbilhão de emoções e incertezas, minha mente buscava qualquer solução possível. Pensamentos rápidos se misturavam às batidas frenéticas do meu coração.

Eu me esforçava para encontrar uma abertura, uma oportunidade para escapar dessa situação ameaçadora.

Quando olhei para a direção do mascarado, não o vi mais... Até que a voz robótica falou bem atrás de mim, eu virei o rosto ao vê-lo com um facão na mão e minha defesa foi proteger meu rosto.

Em um grito desesperado, supliquei por minha vida, implorando que ele não me matasse, não estava pronta para morrer! As palavras saíam em meio ao pânico, enquanto tentava apelar para sua humanidade, esperando um lampejo de misericórdia em seu coração.

— Diga, adeus, Manuela!

— Não deveria ter voltado, você não estragar meus planos.

Quando gritei ao vê-lo empunhar o facão para cima de mim.

— Não, por favor, não me mate!

Acordei suada e com medo, era um pesadelo e não real, os meus olhos não estavam abrindo, e eu não conseguia.

Meu corpo estava pesado, mas sentia um frescor de um cheiro bom de chá de limão e mel. Tinha um gosto bom. No entanto, alguém colocou na minha boca o remédio amargo.

A imagem de Ryan discutindo com alguém, a irmã dele chama para sair e eu não estava bem e desde que sair do hospital.

Meu corpo parecia está pesado e minha mente embaçada, mas um aroma agradável de chá de limão e mel invadiu minhas narinas.

Alguém estava gentilmente cuidando de mim e novamente colocou uma colher do remédio bem amargo em minha boca. Enquanto engolia, senti um alívio momentâneo, sabendo que alguém estava cuidando de mim.

Lentamente, comecei a recuperar a consciência, minha visão se clareando aos poucos. Lágrimas surgiram em meus olhos quando percebi ser Ryan ao meu lado, cuidando de mim enquanto eu estava doente. Sua expressão preocupada e dedicada me encheu de gratidão e amor.

Com o chá de limão e mel revigorando meu corpo e a presença reconfortante de Ryan ao meu lado, senti um raio de esperança brilhar dentro de mim.

Perguntava-me existir a possibilidade dele ainda me amar? A sensação de não ter resposta mágoa por dentro, só queria despertar daquele sonho e voltar aqueles velhos tempos.

Quando lembrei daquele maldito momento dentro do carro!

Aquela mulher me provocou, eu não queria ter agido com violência. Só que o olhar de nojo dela para meu filho, as palavras maldosas sobre minha pessoa!

O que acha que sabe de mim? Ninguém sabe o sacrifício que fiz, por conta dessas pessoas ruins eu me separei do homem que amava e perdi o crescimento da minha filha!

Sentia lagrimas escorrendo, eram dias e anos tão dolorosos. Cada Natal e ano novo, eu pensava na minha filha e nele. Nunca deixe de amá-lo, por isso estou correndo perigo para que eles saibam da verdade!

Se este maldito estiver na fazenda aí ele sabe da minha volta, eu certamente corro o perigo e a minha filha também...

Esse sonho é um alerta, um pesadelo tão ruim, eu tenho que proteger as pessoas que amo. Eu nem consegui ver o rosto da minha filha, acordei nesta cama.

Quando voltei a dormir novamente e ouvir Ryan falando comigo. Ele passou o pano no meu corpo e suas mãos deslizando, só Deus sabe o quanto sentia falta dessas mãos que eram a razão do meu delírio.

Quantas vezes sonhei e imaginei nos braços dele, eu tinha sonho er'óti'cos. Eu o amo, se ele não me quiser. Vou respeitar a decisão e assino os papéis de divórcio, mas até lá.

Vou reconquistar o amor da minha vida, sim! Eu não vou perdê-lo para outra mulher... mas e se ele a ama?

Vi o comportamento dela no hospital, não é uma mulher fácil. No entanto, eu não sou também! Se mexer comigo, leva duas vezes mais!

Quando ele falou algumas coisas e porque voltei para esse casa? Ele estava nem sem mim, isso me doeu...

Ryan saiu, uma mulher bonita de cabelos bem cacheados e olhar doce. Ela pergunta se estou melhor?

— Obrigada, sim. Onde está o meu filho? Quero vê-lo, por favor...

— Senhora, eu sou Lourdes. Estou cuidando de você e seu filho. Olha, ele está bem ali. A cama que trouxe para que você possa descansar, a senhora Lizianne preparou tudo.

— Por favor, não se levante, senhora! Tome um pouco dessa canja. Fazer-lhe fazer bem. Prefere assim, ou com farinha? Eu amo farinha e pimenta, mas quem ama mesmo é meu Bentinho!

— Eu lembro de você, era tão novinha. Tornou-se uma bela mulher!–Digo sorrindo.

— Acha mesmo? Eu não sou isso tudo não! Eu te agradeço os elogios! Senhora, eu vou te ajudar no que precisar, pode comigo!

Dei um sorriso ao ver meu pequeno dormindo, a febre estava passando, eu tomei daquela canja e levantei louca para ir ver minha abelhinha.

— Ei! Viu só. A senhora ainda não está bem, tem que dormir para recuperar as forças!-Disse Lourdes

— Clarinha, onde ela está? Eu vou vê-la, preciso falar com a minha filha! Não importa se estou bem ou não, eu quero e vou vê-la...

...Amores**, perdão pela demora! Aqui está chovendo e muito**!🙁...

Até os próximos capítulos🌷 deixem comentários e voltem no livro. Obrigada pela leitura (⁠*⁠＾⁠3⁠＾⁠)⁠/⁠～⁠♡

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