A foto de Manuela, abelhinha conte tudo.

🐎|Capítulo 12|🐎

Clarinha, a minha abelhinha novamente chora ao derramar sequências de lágrimas, suplicando para que eu não retire a foto de sua mãe.

Percebo que essa foto é tudo o que resta delas e guarda um segredo especial entre mãe e filha. É evidente que Clara sente profundamente a falta da mãe, algo que não havia compreendido plenamente até agora.

Meu intuito ao esconder todas as fotos era justo para proteger minha filha do sofrimento, eu não queria isso para ela, percebo que tenha cometido um equívoco.

Pedi para ver a foto, ela mostrou sem deixar que eu a tocasse, era uma das fotos em que Manuela está sorrindo e nesse dia eu tirei selfie. Só que escondi as outras na caixa preta e havia colocado em cima do guarda-roupa... Então, ela deu a foto a nossa filha? Clara novamente afirma que foi a mãe que deu a foto a ela antes de ir fazer uma missão importante, do que estava falando?

— O que sua mãe fez aquela madrugada? Você era tão pequena, filha? Lembra do que sua mãe fez, ela deu a foto e o que mais?

— Clara, o que ela falou a você, pode contar para seu pai?–Digo tocando naquele cabelo loiro tão bonito quanto a luz do dia ensolarado. Quando ela apartou os olhos verdes brilhantes como os da mãe dela.

Clara disse:

— Não lembro de muita coisa, mamãe saiu para proteger família!–Clara fala olhando a foto, ela fala algumas coisas sobre Manuela ter dormido com ela e havia dito que nem um bicho-papão iria machucá-la.

— Deixa eu ler o que está escrito atrás da foto, eu te devolvo. Filha, eu preciso ler... Clara, eu não vou tomar!

— Vamos, me dê isso!–Digo tentando puxar, ela não deixa e aperta a foto abraçando e se afasta para que eu não aproxime.

Digo:

— Abelhinha? Eu amo muito você, se não confiar no papai, como posso protegê-la? Clara, entrega isso agora!

Clara fez uma expressão de choro e novamente se abraçou na foto da mãe como se a vida dela dependesse disso, mas ver o medo no rosto da minha filha. Quando perguntei algo que vir em seu braço, era uma machinha vermelha.

— Não toma minha foto, pai, eu não quero ficar sem a mamãe! Ela me protege a noite e quando vejo a ganzo, tenho medo...

Abracei ela e perguntei o que significa ganzo e quem a ensinou essas coisas? No entanto, a minha urgência era saber sobre esse machucado!

— O que é isso? Você caiu, é por isso que está se escondendo, filha conte para seu pai. Diga por que está triste?

— Clarinha? Eu estou aqui, não chore filha, diga ao pai, o que aconteceu com seu braço? Filha?

Nesse momento meu sobrinho Pedro perguntou o que estava acontecendo. Ele é bem inteligente e vive consertando aquele robô que Théo deu a ele no dia de seu aniversário.

— Tio, não toma a foto da prima, ela não gosta, a Vanessa tentou rasgar e Claro não deixou. Até que perdeu o equilíbrio caindo no chão!

— Que dia foi isso, Pedro?– Digo rangendo meus dentes. Se isso aconteceu, eu terei uma conversa muito séria com ela!

[...]

— Não fale da Vanessa... ela, não fez nada, não fez nada!–Disse ela, levantando tão rápido e saiu correndo, quando entrou no quarto e fechou a porta bem na minha cara!

Essa rebeldia me lembra da Manuela... merda tinha que lembrar desse mulher agora? Que maldição!

Minha irmã fez o gesto com as mãos de que eu deveria não entrar, eu sei que sou tão bom com as palavras…

Quando se trata da minha filha, eu não posso acreditar que Vanessa tentou rasgar a foto, tá certo que eu ordem para que ninguém nunca mais voltasse a falar no nome dela nesta casa e tão pouco mostrasse fotos para minha filha.

Eu posso ser egoísta, mas que se foda! Ninguém está na minha pele! Sou responsável por todo esse lugar e tive que ser mãe e pai para que ela não sentisse falta daquela infeliz!

Que provavelmente deve estar muito feliz com o seu amante enquanto fazem piada e chacota do marido corno, pois é assim que sou chamado por essas bandas! Um dia eu faço essas pessoas com língua de sogra, calarem a boca!

Voltei minha atenção na minha irmã, ela sorri ao me chamar para ir até a cozinha para tomar um nego velho. Meu café, sem ele não tem raio hoje e eu quero estar bem para esse noivado, devo ao Bigode brabo. Ele tem ajudado na fazenda com e ao saber do meu compromisso com a filha dede.

Foi uma alegria para sua família... No entanto, eu sinto que algo não está bem! Aquela sensação de que vai chover e o céu lindo, agora está nublado.

Bigode brabo, ele é o homem mais macho após mim, claro! Que leva com unhas e dentes as suas fazendas e ele também é um homem muito rico, com a venda de vinho e café. A produção vai o mais rápido possível.

Lembro que ele disse: prefiro você assumindo as minhas fazendas do que os meus filhos inúteis, eu sempre te quis como genro, você é formidável em tudo que faz!

— Ei! Falei com você! Irmão?

— Irmão, você anda voando esses dias... Você a esqueceu? Manuela não faz mais parte da sua vida, diga agora. Tem certeza de que é isso que você quer?

— Ou você ainda ama ela...

— Tá certo, não tinha muito entrosamento com a sua mulher e ela era tão calada, mas se você não está feliz, eu não quero que prossiga com isso!

Digo com um sorriso ao ver Pedrinho abraçando ela, ele pede para mãe uma fatia de bolo de fubá de milho, quando Lizianne senta e entrega a fatia de bolo a ele, Abigail minha tia entrou na cozinha dando ordem para as cozinheiras deixarem tudo perfeito e que elas não façam nada que possa estragar esse momento precioso para mim.

— Bom dia!

— Ryan, você experimentou seu terno? Mandei colocar no seu quarto, o que está acontecendo e por que vocês dois estão de cochicho?–Disse tia Abigail.

[...]

— Bom dia, tia! Estamos aqui conversando sobre a vida e nada de mais, mas vejo que está feliz e toda empolgada com os preparativos do meu noivado…

— Onde está minha mãe? — Perguntei ao olhar para todas as direção e não vê-la. Quando minha tia diz que a deixou aos cuidados de Vanessa no quarto dela. Estava medindo a pressão e deu os medicamentos.

[...]

— Sua noiva é um anjo! Você deveria ver como ela trata sua mãe com tanto carinho e amor, isso, sim, é uma mulher de bicharedo!

Bicharedo (Pessoa legal) Minha tia gosta da Vanessa e elas são amigas unha e dente, sem minha tia ajudando na fazenda com a minha irmã que divide os afazeres com ela, nada dentro dessa sede funcionaria.

— Tia, eu vou ter que resolver alguns assuntos, irmã... conversamos outra hora, hoje o dia vai ser longo!

[...]

— Espera, vou com você! Quelé falar sobre Clara e não vou demorar... filho, come seu bolo e beba seu leite e volte para o quarto. Eu vou vê-lo logo, seja um bom menino, certo?

— Sim, mamãe! Mãe, o tio Théo vem hoje para a festa? Eu quero mostrar as melhorias que fiz no robô que ele deu!

Minha irmã sorriu, disse que “sim” e os olhos de Pedro brilhou. Sei que meu sobrinho adora Théo, meu melhor amigo, a ausência de um pai... com a amizade deles e desde que ela começou a fazer a terapia sem que eu soubesse e superou o medo de vê-lo e toda vez desmaiava.

— Vera, cuide dele. Por favor, querida, eu vou com meu irmão até a varanda. Volto logo. Ah, sim, seu pagamento e o da sua mãe, eu já depositei como o adiantamento que pediu?

— Senhora. Obrigada! Você me salvou a vida, eu estava tão aflita... precisava do dinheiro! Minha mãe também, eu sinto muito ter pedido antes do dia de pagamento, era necessário...

Quando ela ficou estranha e pálida, eu perguntei o que estava acontecendo? Porque lembro a dia em que as duas foram ao meu escritório na tarde de segunda-feira passada e pediram demissão das lavouras de algodão.

— Eu tive problemas com meu namorado, mas agora estou bem, vou levar o Pedrinho para o quarto dele e mais uma vez te agradeço muito minha senhora. — Licença, patrão, patroa, vou levá-lo...

Quando preparei a cela e o meu cavalo já estava pronto para eu montar nele. Zonal, o meu homem de confiança e segundo capataz dessa fazenda com o meu tio e meu irmão Henrique.

Ferrageador, eu tenho três e com os cavalos, eu tenho que manter os gastos. Ele cuidou do casco e mudou a ferradura, as batidas batia leve e não estava mais arranhando como antes que ele nem saia do lugar.

Trovão negro é meu cavalo favorito, ganhei ele do meu pai, acariciei a clina e ele relinchou com trotar rápido.

— Ha! Se aclame, velho amigo! Vamos correr no campo, vou só me despedir da minha irmã e só nosso amigo Zonal, sem ele, seu irmão. Você não teria essa nova ferradura!

— Zonal, como sempre um amigo! Obrigado, você é essencial para a fazenda e tem ajudado trovão em suas trotadas e ele caminha bem, graças a você!

— A propósito, a sua mão melhorou? Você não falou mais sobre o tratamento desde o acidente, precisa de alguma coisa?

[...]

— Não se preocupe, patrão! Estou bem, mas por conta da diabete, a cicatrização não está fluindo como esperado. Fiz novos exames, tenho fez de que vai dar tudo certo...

Até os próximos capítulos🌷 deixem comentários e voltem no livro. Obrigada pela leitura (⁠*⁠＾⁠3⁠＾⁠)⁠/⁠～⁠♡

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