Sou sua noiva, não vou permitir!

🐎|Capítulo 11|🐎

Não fazia ideia de quem era e quem estava por trás de tudo isso! Só em pensar que ele pode transitar livremente pela fazenda!

Isso me fez questionar a possibilidade de que essa pessoa conhece todos os passos deles, talvez um primo ou um dos irmãos?

O tio, ou aquela senhora que me odeia? Abigail, não seria possível, ela não poderia estar envolvida nisso tudo!

Tá certo que ela não gosta de mim, mas fazer isso com o irmão? Eles têm muitos inimigos e não faltam, esse homem é um deles!

— Muito bem! Sabia que você não era burra e iria tomar a decisão certa. Você não pode atrapalhar os meus planos!

— Levem ela para o aeroporto, certifiquem-se de que ela não vai fugir! Tem permissão para matá-la se desobedecer às minhas ordens!

Foi o que aconteceu, quando decidi voltar pela dor da saudade e enfrentar os meus medos ao lado do meu amor.

Quatro anos longe, voltei, estou aqui, e tantas coisas mudaram. Sei que ele vai me perdoar e vamos juntos reconstruir a nossa vida e enfrentar o que vier!

O meu presente foi o meu filho, descobri essa gravidez, aquele momento em que vi os dois pontinhos positivos e a minha lembrança de que Ryan sempre desejou ter um filho homem.

Antônio é o nome dele, meu bebê só tem 4 anos, ele tem meus cabelos e os olhos do pai e eu morro de saudade da minha princesinha.

Soube que ela está bem grandinha, eu estou aqui para contar toda a verdade e não vou ter mais medo!

No entanto, quando cheguei no hotel e deixei a minha mãe tomar conta do meu Antônio, soube do noivado dele, estava marcado para a noite, eu não consegui esperar e fui lá para não permitir que o homem que eu amo fique noivo de outra…

Se precisar eu vou me ajoelhar nos pés dele e vou implorar para o seu perdão, mas tenho que contar toda a verdade!

Quando cheguei na fazenda, desci do carro e estava tão nervosa, tinha música e bebida, muita gente dançando animada.

Era como se ele estivesse se casando, isso fez doer meu coração, ver aquela festa e seu sorriso que não era mais meu.

A primeira pessoa que me viu foi minha cunhada Lizianne ao lado Théo, Ryan estava conversando com um velho barrigudo com um copo de cerveja nas mãos, ele estava tão diferente e lindo naquele terno elegante e preto. Bem ao lado dele e segurando as mãos Ryan, aquela mulher…

Ambos sorrindo um para o outro, era como se estivessem apaixonados. E se ele estiver, eu sinto que me esqueci, o meu coração não aguentaria!

Escolhi um vestido rosa que ainda não tinha usado, ombros de fora, soltei os cabelos que estão maiores. Quando fiquei observando de longe e então tive a sensação de voltar e não interferir na vida dele.

Só que eu estava atrapalhando a felicidade dele, dei meia volta, mas a voz de Lizianne gritou meu nome e a música parou de tocar, todas as atenções voltaram para mim.

Ryan olhou na minha direção e caminhou, ele chegou bem perto e os olhos deles estavam cobertos de puro ódio, mas eu o entendia.

— Você?

[...]

— Ryan, eu preciso te contar que, por favor, escute o que tenho a dizer! Por favor, tem que me perdoar, eu fui fraca, preciso…

— Vocês dois!

— Estão vendo essa mulher? Não importa o que aconteça, ela é uma intrusa, vocês tem a ordem de não deixá-la voltar aqui! Não tem autorização para permanecer nessa fazenda, a levem agora mesmo para fora…

[...]

— Ryan, eu não vou sair! Você precisa me escutar!

— Vou te contar a verdade… há quatro anos eu fui, por favor, vamos conversar em algum lugar?

[...]

— Não temos nada para conversarmos, você e eu, não existe mais! Agora que me poupou o trabalho de procurar o divórcio, quero que esteja pronta!

— Vai assinar os papéis…

Foi quando fui levada pelos dois homens, não tinha como argumentar com ele, Ryan gritou para que colocassem a música e era como se eu nunca tivesse pisado ali.

Caminhei entre aquela estrada, nem consegui enxergar pelas lágrimas. Henrique parou com o carro, quando ele me mandou entrar, não perguntou nada e só me levou ao hotel.

Contei à minha mãe o que aconteceu e eu nem consegui ver minha filha…

— Filha, acredito que foi um choque para ele te ver novamente depois de 4 anos, espere e ele vai procurar por você, não chore Manuela, sabíamos que poderia acontecer isso!

[...]

— Cadê Antônio, mãe?

— Ele tomou o mingau, então dormiu, você precisa descansar e esperar, amanhã será um novo dia e eu quero ver os meus filhos, você quem comigo?

Digo que sim, eu sei que ela não quer ficar sozinha com o meu pai e também vai se divorciar dele.

Depois desse dia se passaram cinco dias e ele não me procurou como eu havia pensado, mas algo aconteceu na visita ao meu pai que foi muito grosseiro com a minha mãe.

Ela conseguiu um advogado e vai se divorciar dele, eu fiquei muito orgulhosa por ela ter se defendido e não abaixado a cabeça como fazia.

Voltamos para o hotel, não tinha para onde ir e tão pouco dinheiro para alugar uma casa no momento. Só que as diárias eram caras, iria custar muito, eu tinha que fazer alguma coisa, eu não iria procurar o Ryan para pedir dinheiro!

Ele já me odeia o suficiente…

Trabalhei como professora e dei meu sangue dia e noite, nem dormia por dar aula na faculdade, e aceitar horas extras. Agora que tenho meu amor, o meu pequeno Antônio, não posso deixá-lo sem alimento. Ryan saberá sobre ele, eu estou esperando por isso.

Não tínhamos uma casa fixa, era pouco meu dinheiro e com as costuras dela, nos viramos em Portugal, alugamos uma casinha, fizemos amizades e não queríamos mais incomodar a minha tia.

A casa é modesta, não tem luxo, era mais do que perfeita, meu coração estava pesado e eu tentei não pensar muito, á noite dormimos em um colchão no chão, ainda não temos os móveis, eles serão comprados.

No dia seguinte começou a chover bastante e então fui com a minha mãe escolher alguns móveis da casa, mas ao voltarmos, algo que não estava esperando aconteceu!

Parte do teto caiu, era o fim da picada, estava cansada, penso no pouco de dinheiro que me resta… era apenas para uma reserva de emergência. Para não perdermos todos aqueles móveis, quando a chuva voltou mais forte, os vizinhos começaram a nos ajudar.

Meu pai deu ordem para que os irmãos dele não nos ajudassem, se fizessem, eles teriam problemas, por isso estamos passando por tantas dificuldades.

Antônio, tão agoniado para sair do meu colo e correr, não permite que ele não sujasse o tênis na lama.

Quando a chuva passou e o improviso que fizeram no teto cobrindo com uma lona, era o jeito de continuar naquela casa.

Parte dos móveis foram colocados em outros cômodos, um amontoado em cima do outro, eu estava realmente cansada…

No dia seguinte resolvi ir para a fazenda ver a minha filha, eu queria conversar com ele, mas a minha entrada não foi autorizada.

Voltei para casa e antes havia passado na faculdade para tentar conseguir uma vaga para trabalhar.

Meus olhos vão no meu tio, estava ajudando e tava carregando os móveis da minha mãe e então ela olhou para mim e deu de ombros.

Entramos daquela caminhonete, mas no caminho a minha mão tocou a testa do meu pequeno e ele estava ardendo de febre!

— Tio, Antônio não está bem, precisamos ir para o hospital agora mesmo, por favor desvia o caminho!

Meu tio fez extremamente isso, entramos no atendimento SUS. UPA. Fui atendida, entrei com ele molinho no meu colo, Antônio, ele foi examinado e Graças a Deus não tinha nada, apenas um resfriado.

Quando saímos do hospital, eu cobri ele dos pés à cabeça. Só não esperava encontrar Ryan parado bem na minha frente segurando o chapéu e o cavalo dele ao lado.

— Diga, quem é esse menino, por que vocês estão aqui? Porque ligou para que eu viesse até o hospital, eu pensei que fosse você que estivesse com problemas!

— Era só uma desculpa para mim ver? Vai mesmo continuar com aquela conversa de que precisa me contar a verdade? Qual é a verdade? Você deixou bem claro na carta que fugiu com seu amante, eu estou enganado?

— Responda, eu estou esperando, Manuela, quem é esse menino? É do seu amante? Teve um filho como ele, você agora quer passar essa traição na minha cara!

Quando ele xinga até ficar vermelho de ódio, eu olhei para Antônio que abriu os olhos e o chamou pai, novamente ele repetiu.

— Papai!

— Do que esse menino me chamou? Garoto não sou seu pai, eu vou voltar, tenho mais o que fazer, passar bem Manuela e fiquei bem longe da minha família!

— Garoto, está errado, eu não sou seu pai, ao menos conte a ele quem é o pai. O cara não te assumiu? Que seja, não me interessa isso, saiba que marquei a audiência de divórcio no próximo mês, você estará. O que você disse, eu não escutei?

[...]

— Disse que ele, seu filho, idiota… Antônio é o seu filho!

— Não entendeu ainda? Ele é seu filho e meu, eu estava grávida quando fui morar em Portugal e descoberta veio, agora você sabe, é o pai dele, por isso ele te chamou!

— Se quiser acreditar ou não, problema é seu, eu estou cansada e preciso ir...

Eu entreguei Antônio para meu tio que o colocou dentro do carro e iria entrar também, mas não esperava ser puxada tão rápido por Ryan.

Sou levada para um certo canto e ele me colocou contra a parede e perguntou novamente por não acreditar.

— Diga, novamente, como assim ele é meu?

— É isso mesmo que escutei? Muito bem, então vou mandar fazer um exame de DNA. Não vai se importar, não é mesmo?

[...]

— Como quiser! Só pra deixar claro, não tenho amante algum e tão pouco fugir porque eu quis, a carta que você leu era falsa!

— Eu fui embora para protegê-lo...

O rosto dele estava perto o suficiente para um beijo, os olhos dele estavam nos meus lábios e eu fechei os olhos sentindo aquele cheiro de perfume do qual eu havia sentido tanta falta.

— Como a carta é falsa? Como assim você estava tentando me proteger, que mentira é essa? Não importa, eu não quero mais ouvir!

—Traga o menino e sua mãe, vou mandar preprar um quarto de hóspedes. Vocês vão ficar na sede até o dia do nosso divórcio! Se esse meninos é meu filho, então farei o exame de DNA!

Quando retirei o celular do bolso e mostrei a ele a foto do sinal de nascença nas costas de Antônio igual a dele.

— Sim, ele é seu filho. preciso te contar toda a verdade e o que aconteceu comigo há 4 anos, só me deixe falar?

Quando iria começar a falar, a maldita mulher chegou no carro, ela saiu e perguntou se ele estava bem? Havia montado no cavalo e saiu em disparada, então ela o chama de amor ao beijar ele na bochecha.

Ryan fala algo que já faz murchar o sorriso na mesma hora.

— Eu vou levá-la comigo, Manuela vai passar alguns dias na fazenda!

[...]

— Como é?

— Sou sua noiva! Jamais vou permitir que esta mulher volte, você terá que decidir, eu não vou tulerar...

[...]

— Você é minha noiva? Quando afirmamos isso? Foi só uma festa! Eu te respeito, Vanessa, mas Manuela é minha esposa no papel, até que o divórciou seja realizado!

— Falei que não gosto de ser controlado, quer saber?

— Eu estou terminando com você, esse noivado foi um erro...

{Cantinho da Autora}

Até os próximos capítulos🌷 deixem comentários e voltem no livro. Obrigada pela leitura (⁠*⁠＾⁠3⁠＾⁠)⁠/⁠～⁠♡

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