Capítulo 4

O jantar de noivado do meu amigo estava ótimo, tudo muito agradável e tanto eu quanto o Rubens fomos muito bem recebidos pela família da Maria Eduarda, a noiva.

Mas eu confesso que senti algo diferente desde que meus olhos cruzaram com os de uma bela ruivinha, amiga da Duda.

- Rubinho, meu camarada, que ruiva linda!

Meu amigo olha na mesma direção que eu e logo o vejo sorrir.

- Eu gostei da loirinha. - diz e pisca pra garota que finge não ver. - Putz, me ignorou legal.

Eu e Guilherme caímos na risada. O pegador foi desprezado.

- Olha, aquelas duas são as melhores amigas da minha noiva, então se vocês querem só diversão, é melhor nem chegar nelas. - ele diz, sério. - São moças de família, direitas e são novas. Muito diferentes daquelas malucas que a gente pegava nas baladas há anos atrás e que sabíamos que era só coisa de uma noite.

- Calma,cara! - Rubens ergue a mão em rendição. - Só estamos interessados, não levamos pro abate não!

Guilherme dá um tapa na cabeça dele, que resmunga.

- Bom, eu realmente me interessei pela ruivinha. Quem sabe não é ela a mulher que vai me amarrar? - digo, dando um gole na minha cerveja. - Vou lá.

Me levanto e logo vejo Rubens fazer o mesmo e vir atrás de mim.

Me aproximo e a loirinha sorri, enquanto a ruiva permanece de costas, parecendo entretida escorada no muro olhando as estrelas.

- É bonito, né?! - paro ao lado dela, que me dá uma breve olhada, antes de voltar a observar o céu.- Prazer, André! - estendo a mão para um cumprimento e a vejo encarar minha mão por alguns segundos, parecendo pensar se aceita ou não.

- Prazer, Sara! - ela aperta minha mão e a vejo parecer surpresa...tanto quanto eu.

Sabe aqueles momentos na vida da gente que parecem únicos? Eu poderia facilmente descrever esse toque como um deles!

Eu senti o toque macio na minha mão, o calor que parecia envolver meu coração e ir preenchendo lentamente, a eletricidade que percorria meu braço e se espalhava pelo corpo, e quando eu elevei meus olhos e encontrei os olhinhos assustados da minha ruivinha eu entendi, pra minha completa felicidade, que ela estava do mesmo modo que eu.

Meu coração estava acelerado e no meu peito eu só sentia algo forte, muito forte.

- Eu...e...eu...

Ela tentava falar, mas eu sabia exatamente o que ela estava sentindo, e sinceramente era meio assustador, mesmo eu sendo um homem mais velho eu NUNCA tinha sentido isso antes por mulher nenhuma.

Acariciei a mão dela delicadamente, sentindo a pele quente e macia, encarando aqueles olhos lindos e assustados.

- Não precisa dizer nada. - eu sei que pode parecer precipitado, mas a puxei pra um abraço.

Quando eu a abracei, ela no início travou, mas aos poucos envolveu os braços ao redor da minha cintura e se aninhou no meu peito, e eu a apertei como se quisesse protegê-la do mundo, de todas as dores, de todas as coisas ruins. Eu sabia que poderia estar sendo irracional nesse momento, mas minha vontade era cuidar, proteger, amar e tê-la ali, no calor do meu abraço pra sempre.

E foi nesse simples abraço, sentindo meu coração acelerado e aspirando lentamente o perfume adocicado e suave que emanava dela que eu tive a certeza de que era ela...A Sara era a mulher por quem meu coração esperava!

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Comments

Jocemira Castro

Jocemira Castro

Aí que lindo

2025-05-19

0

Francisca Nubia Da Silva De Castro

Francisca Nubia Da Silva De Castro

Nossa que cena linda foi essa! Eu vi estava lá! ❤❤❤❤❤❤❤❤

2025-03-02

1

Raquel Martins

Raquel Martins

Nossa, até arrepiei 😍

2024-12-22

1

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