Renan- Meu futuro cabe em minhas mãos

Cada um leva a vida como quer, e vive como desejar. Eu passei seis anos da minha vida fazendo faculdade de direito e quando me formei eu percebi que não era isso que eu queria, gosto do cheiro do mato, de andar a cavalo, música sertaneja e plantar café. Sendo assim, dei meu diploma para minha mãe guardar e vesti minha roupa de peão e fui para a lida.

Todos da família falaram que eu estava ficando doido, os únicos que me apoiaram foram meus amigos, os quatro que considero como meus irmãos. Alex chegou a vir para Minas, só para me ajudar na lavoura e no plantio do café. Duvido que alguém tenha um amigo mais companheiro que esse, ele veio e ficou comigo seis meses no plantio das lavouras, foram cem mil pés plantados em um ano e a metade passou pelas mãos do doutor advogado. Ele tem um jeito marrento e machista, mas tem um coração de ouro, é sensível e companheiro. Merece conhecer uma mulher que desperte nele novamente essa alma romântica, pois está machucado e não quer mais amar ninguém.

Ele é muito grato por eu ter ficado ao seu lado quando perdeu o pai e teve que assumir a responsabilidade de cuidar da sua mãe, ele é um bom filho, e como diz minha mãe, bom filho se torna bom marido.

Hoje somos separados apenas pela distância, mas amo meu amigo e irmão. Assim como tenho o mesmo carinho com Sérgio, Calebe e Bruno. Homens de fibra e que eu admiro muito.

Nos conhecemos na faculdade e morávamos num apartamento que eu tenho em Belo Horizonte, foi dos meus avós e ficou de herança para minha mãe, sou filho único e meus pais me criaram com muito sacrifício no cabo da enxada. Agora eu cuido deles, da fazenda e das minhas lavouras.

Eu tenho uma namorada, ela é bonita e muito fogosa, mas meus pais não gostam dela. Dizem que ela não serve para mim, é mimada e não gosta de trabalhar, coisas de menina nova. Eu falo sempre que não procuro empregada, estou atrás de uma mulher. Minha mãe diz que falo isso agora, no dia a dia a mulher companheira e trabalhadora me fará falta e que essa cabocla vai dar trabalho.

Recebi o convite para ser padrinho de casamento do meu amigo Calebe, falei para Rosinha que ficarei fora por um mês e a bicha surtou. Disse que se eu ficar na Bahia por um mês o namoro está terminado. Não sei o que fazer, estou pensando em como amansar a fera.

Nessa hora eu vi até minha mãe rezando um terço para que eu faça uma boa viagem e meu pai comprando as passagens só de ida. Isso tudo com esperança de que Rosinha largue do meu pé.

__ Então vem comigo, Rosimeire. Eu compro sua passagem.

Quando falo ela fica pensativa, mas responde com pesar:

__ Eu não posso, estou trabalhando e tirei minhas férias a pouco tempo.

Ela dá sua justificativa, mas eu falei para ela não tirar férias da cooperativa no meio do ano, bom se fosse no final do ano, pois sempre encontro com meus amigos depois das festas de final de ano e eu queria muito que eles a conhecessem, afinal pretendo marcar a data do casório para o ano que vem.

Ela está chateada, mas não posso falhar com meus amigos, Calebe é muito importante para gente, ele é amigo de todos e ficará muito triste se eu não for.

__ Sinto muito, Rosinha! Se você não pode ir, eu vou.

Falo com coração apertado, mas não vou ceder a chantagem.

No final da tarde, eu estou cansado e sujo da lida. Pego a caminhonete e vou descarregar as ferramentas no celeiro, retiro minha camisa e o meu chapéu e jogo num canto e começo a tirar tudo da carroceria. Estou guardando alguns vasilhames e fechando a carroceria, quando sou surpreendido, por Rosinha, vestida com minha camisa e meu chapéu. Meu coração dispara e o cansaço some. Ela fica de pé encostada na parede e faz uma pose de um quatro com a perna e percebo sua intensão.

Me aproximo do seu corpo e sinto o calor da sua respiração, a pego de jeito puxando a para o meu corpo, que fica em brasas ao perceber que não tem nada por baixo daquela camisa. É agora que o pai dá um trato na morena, subo seu corpo na minha cintura e travo suas pernas em minha virilha e sinto sua intimidade pulsando e babando, está gostosa que ela só, em menos de minutos estou afogando meu desejo entre suas pernas, ela arfa e grita, mas não me importo, estamos em meio a lavoura. Seu corpo quente e úmido absorve todo meu tesão e devoro seus lábios com paixão. Minhas mãos marcam seu corpo no calor da emoção, ela não reclama e pede para ir com mais força.

Depois de uma hora a comendo por todos os lados, nossos corpos se apagam em meio as palhas do milho. Acordamos assustados com minha mãe pegando um reio, e batendo nas pernas da pobre moça que pede por favor, para que pare:

__ Dona Josefa, não faça isso! A senhora está me machucando.

__ Eu não paro, e suma daqui. E diga para os seus pais porque a santinha da filha deles entrou no reio.

Eu me levanto às pressas e tento segurar minha mãe enquanto a coitada corre pelada em meio a lavoura.

__ Mãe, a senhora não podia ter feito isso.

__ Não? Pois eu acho que fiz foi pouco, ela é uma menina nova, sem juízo e depois vai querer te obrigar a casar, mas ela que não me apareça aqui, sou capaz de lhe dar outra surra. E você rapaz, está bem velho para pensar só com a cabeça de baixo, passe logo para casa e vá tomar um banho e tirar esse cheiro de rapariga.

Não questiono e vou direto para o meu quarto. Ouço ela fazendo minha caveira com meu pai e xingando toda geração da Ritinha.

__ Bom que ele vá para a Bahia e esqueça essa caçadora de marido.

Eu ligo para Alex e conto a ele o que aconteceu e ele está rolando de rir da minha cara, nessas alturas do campeonato rosinha deve estar tomando banho de salmoura. E eu lembrando da cena do seu corpo nu pela lavoura.

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