Capítulo 20

Fazia três semanas que eu estava aqui, três semanas que algumas coisas mudaram desde que cheguei aqui. Não tem sido fácil tenho insônia constantemente sem contar pesadelos.

As vezes me pergunto como as pessoas consegue? Agir como se nada tivesse acontecido, como se sua mente seu psicológico não tivesse uma bagunça. Eu queria saber porque eu não consigo ser assim!

Não conseguia fingir que nada tinha acontecido e minhas lembranças faziam questão de me lembrar o que eu havia passado durante meses, ansiedade isso é uma das coisas que estão me tirando o sono.

Ansiedade dói na mente e dói no corpo, você perde o controle sobre suas preocupações, sobre seus sentimentos… a ansiedade faz você ficar se preparando 24 horas do dia pra quando algo ruim acontecer porque de alguma forma, você tem certeza que algo ruim vai acontecer.

Fico esperando a hora que Benjamin vai aparecer aqui e terminar o que começou, ou quando estou na rua sinto medo dos olhares das pessoas principalmente homens, fico com medo de tudo acontecer novamente.

Ansiedade é peito apertado, nó na garganta, vontade de vomitar,  é dor no corpo. Ansiedade seca a boca, treme a mão e formiga o pé.  A ansiedade faz você sentir que a qualquer momento pode cair no choro.  Com ansiedade, você acha que nada do que faz é bom o suficiente.

Até quando isso ainda irá durar? Até quando chorarei? Quando essa sensação de vazio acabará? Essa sensação é horrível.

— patrão ta chamando artilheira. — Um dos vapores falou chegando na laje onde eu tava

Artilheira foi o vulgo que me deram, dizem eles que tenho cara de jogadora de futebol mais nem gosto de render assunto. Aqui eu ajudo no que posso, faço as contabilidade, ajudo a vender drogas e distribuir as mercadorias.

— mandou me chamar Tay ? — perguntei entrando na sala a onde ele mexia com uns papéis.

Tay me ajudou pra karalh0 quando eu cheguei, me deu um teto e o que comer, hoje moro em um barraco simples mais o suficiente pra mim já que vivo sozinha.

— sim, tenho uma missão pra você. — ele falou agora olhando pra mim. — tu vai pro morro de um parceiro meu lá no alemão, ele ta precisando de soldados e tu mesmo em pouco tempo mostrou ser uma ótima atiradora. — ele disse e eu concordei.

— beleza, e só me falar o dia, que vou arrumar minhas coisas, mais já vou lago avisando que não vou abaixar a cabeça pra ninguém e você sabe. Nem pra você eu abaixo a cabeça. — falei encarando ele sério.

No primeiro dia tive sim medo dele, mais conforme fui convivendo, as coisas foi mudando com o tempo, coloquei na cabeça que eu não iria deixar ninguém pisar em mim e assim venho fazendo.

Confiei nas pessoas e elas me decepcionaram, me mostrou que não devemos confiar em ninguém porque a decepção sempre vem de quem não esperamos.

— tô ligado pow, fica suave que já deixei avisado. mais creio que você não terá problemas. — falou e eu concordei me sentando na sua frente. — você ira hoje mesmo na parte da madrugada, lá estão sendo ameaçado de invasão, então o bagulho vai pegar fogo ta ligado. — ele disse sério acendendo um baseado.

Senti um frio na barriga, já que desde que estou aqui nunca participei de confronto, não vou negar que estava insegura, mais que também estava confiante!

— acho que esta sendo precipitado de mais Tay, nunca participei de confronto e agora eu vou pra um? Não acho que eu esteja preparada pra isso. — falei sendo sincera eu me sentia insegura com tudo que eu venho fazendo.

— ta ligado que sou de falar nada cara ne? Gosto das minhas coisas organizada, isso aqui não é brincadeira e pode ter certeza que se você ainda esta trabalhando aqui na boca é porque tem potencial. — ele disse e eu suspirei.

Conversamos sobre a missão, ele me explicou, mais falou que lá eu iria saber melhor sobre as coisas. mas que era somente eu que ele confiava pra essa missão, porque ele acredita que eu sou melhor de que todos os seus soldados juntos.

Talvez seja exagero, mais acredito que seja mais questão de confiança essa oportunidade nem todos tem e eu fico feliz por ter ganhado esse voto de confiança.

— vai pra casa descansar, lá pra umas 2h da manhã vou passar lá no teu barraco pra te levar pro alemão.— falou e eu concordei

Fiz um toque com ele e logo fui embora pra casa, as pessoas aqui me olha com julgamento desde que cheguei, e mais ainda quando me viu andando pra cima e pra baixo com um fuzil nas costas.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***