| Pare de fugir

Acordei com uma mensagem da Lua, dizendo que iria trabalhar, mas não sabia se resolveria a situação com o Santini.

Marquei de me encontrar com ela depois que ela saísse de lá. Sabia que ela precisaria de apoio ou de comemoração, para qualquer coisa eu estaria lá.

Quando minha mãe chegou, Breno estava saindo do meu apartamento.

Madelyn: Bom dia senhor Clark.

Breno: Bom dia senhora Williams. - Ele pegou o terno e saiu.

Madelyn: Bom dia Bia! Como você esta? - Disse indo para a cozinha, colocou duas capsulas na cafeteira, trouxe alguns pães, cortou frutas e arrumou a mesa.

Beatrice: Bom dia Mãe... - Disse saindo do quarto.

Madelyn: Tem certeza que não gosta dele filha? - perguntou curiosa.

Beatrice: Breno? Arrrg - faço cara de nojo. - Jamais. Não desse jeito. Ele é apenas um amigo.

Madelyn: Um amigo íntimo demais.

Beatrice: Sim senhora Madelyn, bem íntimo, e nada mais que isso. - Ela deu risada.

Madelyn: Bia, sei que sua referência não foi boa, e eu me envergonho disso. Mas filha... Não se feche a ponto de não dar chance de viver algo bom. Experiência própria. Carl é um bom homem. E eu estou feliz com ele. Como jamais poderia pensar em ser.

Beatrice: Conselho anotado sra. Madelyn. Eu só não sei se isso é para mim mãe. Não me vejo com alguém ao meu lado.

Madelyn: Ou se confia que de fato essa pessoa estará ao seu lado.

Beatrice: Também. Também mãe. Talvez um dia quem sabe? A propósito obrigada pelo café. Gosto quando vem. Mas eu preciso ir, sabe que o sr. Nathan é exigente.

Madelyn: Está tudo tranquilo trabalhando com ele?

Beatrice: Sim, sempre me agrada com torta de morango. Estamos nos acertando pouco a pouco.

Madelyn: Fico feliz Bia. Vá se arrumar, eu limpo a mesa. - Ela se levantou e me deu um beijo, recolheu as xícaras e seguiu para cozinha.

Trabalhei o dia inquieta. Lua não respondia minhas mensagens. Ou a reconciliação estava muito boa, ou teriamos um funeral em breve.

Quando deu o horario de me encontrar com a Lua liguei e ela não atendeu, fui até a empresa, e disseram que ela havia saído mais cedo. Fui para casa dela. Morgan me recebeu.

Morgan: Lua nos ligou e disse que estava viajando para a França.

Beatrice: França? - disse mais para mim do que para ele.- Obrigada tio Morgan.

Fui para casa, Lua tinha essa mania de lidar com as coisas fugindo. Eu não julgo, afinal cada um tem seu jeito de passar por suas dores. Não sabia o que estava acontecendo mas sabia que era grave o bastante para fazer ela sair do país.

Recebi varias ligações imaginei que fosse do Santini.

Segui para casa e me deparei com ele na entrada de onde morava.

Beatrice: Essa cena esta se repetindo com frequência.

Santini: Beatrice, Lua e eu nos desentendemos. Eu preciso falar com ela. Preciso, a saiu bem alterada do escritório.

Beatrice: Você não tem amor a sua vida mesmo não é seu filho da put@? - Ah ele vai ouvir. - Sabe o que é ver sua irmã de coração dizer que não se sentia boa o bastante para você? Que jamais teria a sorte de que olhasse para ela? Ah Deus! Você que não é bom o bastante para ela Santini. E mesmo que se eu soubesse aonde ela esta, eu jamais diria por que a essa altura penso que é livramento ela estar bem longe de você! Avisei que deveria resolver suas questões, puta que pariu, se não esta disposto a se entregar na mesna proporção por que fica atrás dela? Vai se fo*der!

Santini não disse nada, fechei a portão na cara dele e subi antes que esfregasse a cara dele no asfalto.

Levou dias até Lua finalmente falou comigo. Estava com um tal de Benjamin Evans, estavam na França porém seguiriam para Alemanha.

Lua: Bia, vem me encontrar na Suíça.

Beatrice: Não acredito que vai me obrigar a isso. Quando estiver lá me avise.

Breno estava ocupado, levantando a ficha da Luna. Até sabotou uma das entrevistas que ela tinha no escritório do meu pai. Coitada.

Algumas semanas depois eu segui para Suíça. Lua estava pessima, nunca havia aqueles olhos tão tristes.

Beatrice: Sabe que não vai dar para fugir para sempre não é? - Eu disse depois que ela contou tudo o que aconteceu.

Lua: Entro em pânico só de pensar em voltar. - O telefone tocou. - É ele. Liga todos os dias. Eu não consigo atender. Doeu demais. Aquele dia achei que tudo ficaria bem entre nós. Que engano o meu. Que engano Bia. Naquele dia percebi que Santini nunca me amou, ele amava o fato de ter encontrado alguém que se parece com a Bella. Quantas vezes ele me comparou. Ele nunca me viu Bia.

Beatrice: Ainda assim precisa voltar. Tem sua vida lá Lua.

Lua: Eu sei... mas... Não me sinto pronta ainda. E se eu voltar vou morar naquele apartamento que meus pais me deram. Também não aguento mais essa pressão de agradar a todos.

Beatrice: Faz bem... Mas e esse Benjamin?

Lua: Ele me ajudou. Mas não sinto nada por ele Bia. Nem sequer conseguiria me envolver agora. - Achei que ele viria para cá, mas precisou viajar de novo. Obrigada por ter vindo não queria ficar só.

Beatrice: Lua, vai precisar voltar. E vai ter que lidar com isso. Pode fugir o tempo que for, mas se não resolver as coisas, não vai estar em paz, por que minha cara,por experiência própria os problemas se mudam com você. Pode ir para marte ou lara puta que pariu mas eles estarão lá a menos que sejam encerrados.

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