Nem tão boa. Mas retornei.
As freiras nos deram roupas para vestir, e faziam questão de nos humilhar.
Beatrice: Conseguimos o que queríamos. Por que não estamos comemorando? - Eu dei risada.
Arianna: A cara de horror das freiras jamais saíram da minha memoria.
Beatrice: Madre Tereza desmaiando. Fechamos a noite com chave de ouro.
Arianna: Sim.
Nós nos deitamos no chão da detenção. Dormimos abraçadas, nem mesmo um banho nos foi dado. Estávamos sujas, grudentas e suadas e satisfeitas.
Acordamos com as freias batendo com força na mesa.
Tereza: Levantem-se. Deveria manda-las ao confessionário. Mil penitências seriam pouco para onque fizerram. Mancharam essa casa com o corportamento profano de vocês. Vão ficar aqui para não contaminar mais nada.
Quando saí da detenção as minhas coisas já estavam no carro. As freiras estavam com pressa em nos mandar embora.
Arianna tambem estava indo embora. Nem sequer pude me despedir dela. Um homem a colocou no carro e pisou fundo.
E a minha mãe sem olhar para mim, contornou o carro sentando-se do outro lado.
Nenhuma palavra foi dita por todo o caminho até em cada. Ela mal olhava para mim.
Quando chegamos em casa fui recebida com os aplausos do meu pai, aplaudos carregados de sarcasmo.
Nathan: A puta retorna. Acho que gosta de ser chamada assim não é Beatrice? Esta querendo que a porr@ do seu futuro seja ser uma garota de programa? Esta no caminho certo se esse for o plano. Sabe a humilhação de ter que ouvir que a própria filha estava em uma porra de uma orgia? Madre Tereza fez questão de descrever a cena.
Beatrice: Deve ser a mesma humilhação que eu senti ao ver você fode*ndo a governanta.
Nathan: Não fo*de Beatrice. Além de puta é vitimista. Não vem querer jogar culpa de quem você é em cima de mim.
Beatrice: É por causa de homens como você que mulheres como eu são o que são. - Ele se aproximou e segurou os meus braços com força me sacudindo.
Nathan: Você é uma decepção Beatrice.
Beatrice: É recíproco pai. Estamos fadados a isso nessa família. Ser a decepção um dos outros.
Madelyn: Solta ela Nathan. Os braços dela estão marcados.
Nathan: Vou dizer o que vai acontecer agora Beatrice. Ou você muda essa porr@ de comportamento vergonhoso, ou assim que tiver idade legal, estará a sua própria sorte.
Meu pai me olha com desprezo e me solta.
Nesse momento vi Mara entrando na sala. Claro que ela continuava ali, como a perfeita concumbina.
Subi as escadas para o meu quarto. Ouvia a discussão do que meus pais fariam comigo, eles gritavam um com o outro, não se acertavam em uma palavra sequer.
Depois de ter sido expulsa do internato, e da maioria das escolas particulares, e as que eu não fui expulsa foi por que não cheguei a ser aceita, meus pais optaram pela educação domiciliar.
Cansada de ouvir os gritos entre meu pai e mãe, entrei debaixo do chuveiro, me sentei no chão e olhei fixamente cada marca em meus pulsos e braços, que externavam aquilo que eu nunca consegui dizer: Eu não estava bem. E estava me destruindo dia após dia. E tinha consciência disso. Mas não sabia o que fazer.
Quando chegou a noite minha mãe entrou no quarto, com o jantar.
Madelyn: Não era para ser assim Beatrice.
Beatrice: Sabe o maior problema das mentiras mãe? Elas se tornam verdades. Nos acostumamos com elas. Mentiu tanto para si mesma, de que não se importa, de que é melhor assim, que isso se tornou um verdade para você.
Madelyn: Eu ainda o amo Bia. - Ela sorriu triste. - Não deveria, depois de tantas humilhações. De tantas coisas que ele fez.
Beatrice: Isso não é amor mãe. É Obsessão. A única coisa que ama e o que essa obsessão te proporciona. Ama sua posição.
Madelyn: E o que sabe sobre amar Beatrice? - Ela sorriu ironica.
Beatrice: Que com certeza não é isso que vocês tem um com o outro. Isso é doentio. Agem como se nada acontecesse.
Madelyn: Pense o que quiser. Se não mudar seu comportamento, vamos interna-la. Isso está fora de controle Beatrice. As suas aulas a partir de hoje serão em casa, já que nenhuma escola a aceita.
Beatrice: Pode sair? - Ela se levanta e fecha a porta. Eu me encolho na cama. Não sentia fome. Apenas dormi.
Nos dias que se seguiram voltei a fazer as sessões de terapia. Era o único lugar que eu tinha permissão de sair. Tinha aula praticamente o dia todo, com uma senhora mal-encarada, que me olhava como se eu fosse o próprio capeta. Com razão... Usei um vibrador borboleta enquanto ela explicava a matéria de física, gemi metade da aula com as pernas pressionadas uma na outra. Disse que ela explicava tão bem que gozei, e que se ela quisesse tirar as teias de aranha eu estava a disposição, e que eu sabia chu*par como ninguém.
Resultado?
Ela se demitiu e outra professora foi designada a mim, e até nos dávamos bem. Desenvolvemos certa amizade, o que foi bom, já que todos nessa casa me ignoravam. Mas só até o momento em que eu descobri que ela era mais uma das amantes do meu pai. Aquilo irritou-me profundamente. Arrastei ela para fora pelos cabelos, e a joguei na rua.
Evitava ao máximo o contato com o meu pai, não suportava a cara de incômodo dele por estar ali. Éramos uma família de estranhos, que vivíamos no ambiente e suportávamos uns aos outros. Eu era um problema que ninguém queria lidar, a ovelha negra e o bode expiatório.
Os Stenfield conseguiram me ajudar a entrar em uma escola novamente. Mas dessa vez eu mudei o comportamento. Não pelos meus pais, mas por mim mesma. Precisava sair do buraco aonde estava. E mesmo que vez ou outra surgissem conversas sobre quem era a Beatrice, e que eu precisasse aguentar piadinhas eu me mantive firme. Já havia sido machucada pelas pessoas que mais amava na vida, ja havia confiado e sido traída, não iria permitir que tirassem mais nada de mim.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Elenir Dias
nossa coitada tdo culpa dos pais sem noção era melhor que se separacem
2025-03-31
0
morena
🤣🤣🤣
2024-09-08
0
FBJ💞
Triste onde essa jovem chegou.
2024-07-11
1