revoltado...

Nick

Acorda de manhã com gente batendo na porta, me levanto e quando eu vejo é o Luan dizendo que temos que ir nos trocar que hoje a casa é toda da noiva.

confirmo com a cabeça, e vou fazer a minha higiene. E quando eu termino saio e ele já vem me puxando pelo braço. vamos até uma loja de roupas masculina.

Pego um terno preto e elas começam a tirar as medidas.

— espero que você cuide muito bem da minha filha viu garoto, senão eu vou pegar você e te capar.

— pode deixar Senhor Belmonte, Luna está em boas mãos.

— assim espero faz tempo que eu não uso a minha sala de tortura.

Dou um sorriso nervoso para ele, eu mal casei com a filha dele e já estou sendo ameaçada desse jeito.

Terminamos de nos arrumar e vamos para a igreja recepcionar os convidados.

Assim que a minha família chega, eles já vão se acomodando minha mãe e meu pai vão para o altar.

E quando a senhora Belmonte chega é a hora de eu ir para o altar porque aí eu sei que ela já está vindo.

Ela já é bonita em si. Já estou imaginando ela como é de noiva.

Aguardo a sua entrada ansioso, as mãos até suam de nervosismo.

Mas os minutos passam, e nada de ela entrar, só é ouvido os murmúrios das pessoas na igreja.

Até onde eu sei, a marcha nupcial toca, quando a noiva chega, e ninguém está tocando nada.

Olho para a mãe dela, e ela balança a cabeça, sem saber o que está acontecendo.

Desço do altar, e todos né seguem.

Eu abro a porta, na esperança de ela está ali, mais é em vão, nem a limosine que era para trazer ela não veio.

A mãe dela liga para ela, mais o telefone só dá caixa de mensagem, e o pai dela me fala que a limosine está vindo.

Respiro aliviado, ela não seria tão doida a ponto de me largar assim no altar.

Mas, para minha surpresa... Ou não, ela não está na limosine.

— sinto muito senhor, ela passou direto da limosine, e pegou o carro dela, e sob ameaças, mandou a gente não seguir, mais eu mandei um dos homens ir atrás dela disfarçado, e ela foi para o aeroporto, e embarcou para a Itália.

— para a Itália? Miguel, ela foi lá pra casa. — a tia dela fala me deixando mais atordoado.

Eles começam a conversar entre eles, mais eu não entendo nada.

Porque ela fez isso comigo? A raiva dela é tão grande a ponto de me envergonhar desse jeito?

Não quero mais saber de nada, retiro a merdä da flor que colocaram no bolso do meu paletó, e taco no chão com raiva, vou rápido para dentro do carro, e quando eu entro vejo a minha mãe batendo no vidro, e manda eu esperar.

Essa mulher é louca, conversamos que faríamos um contrato entre nós e o que ela faz? Foge me humilhando.

Saio dali cantando pneus nunca mais na minha vida, quero olhar para aquele ser.

Vou dirigindo sem rumo nenhum, vou só me distanciando de todo mundo, até que chego perto de uma praça.

Ali, eu estaciono o carro e desço, me sento no banquinho e fecho meus olhos, tentando me controlar para não matar um.

Quando eu abro meus olhos, parece um castigo, vários casais namorando ali, passeando de mãos dados, aprece a praça do amor.

Uma senhora se senta ao meu lado, ela está usando um casaco que parece está engolindo ela, de tão grande que é.

— eu e meu esposo nunca perdemos tempo brigando, sabíamos que a vida era curta, que a vez de um chegaria, e só assim viveríamos separados.

— nunca brigaram?

— sim, brigávamos, mas nunca lavamos a nossa briga para dentro do nosso quarto, sempre resolvíamos sempre, pois o amor sempre falava mais alto, o amor é lindo não é?

— o amor só é lindo quando os dois sentem, quando só um sente, não é tão bonito assim.

— meu amor de foi tem 3 dias, a 3 dias eu estou usando o casado dele, para que eu não sinta a sua falta, o que está sendo difícil, mesmo com o cheiro dele em mim. Se você tiver alguém que ama, não desista dela, nem mesmo depois que ela se for, não deixe da amar, não deixe que a amargura tome conta do seu coração.

Se ela soubesse que eu fui abandonado, que a mulher fugiu de mim, não estaria falando essas palavras bonitas pra mim

Ela diz para que eu não esqueça de suas palavras, e se levanta, dizendo que vai atrás do seu amor.

Sem entender nada, só levanto a minha mão dando tchau pra ela.l

Lll

Não vou atrás dela, já me humilhei de mas, se ela quiser alguma coisa, ela que volte para mim.

Volto para a casa deles, e de longe eu vejo ali as decorações da festa.

Vou caminhando até lá, e só tem algumas empregadas, e alguns garçons que iriam servir os convidados.

— SAIAM TODOS DAQUI.

Só escuto passos correndo para fora, a festa seria no jardim, está tudo tão lindo, com a cara dela.

Me revolto, e começo a tacar tudo no chão, com raiva, destruo tudo, não deixo um docinho, ou uma decoração inteira, até mesmo o bolo vai pro chão.

Olho para os bonequinhos, e vejo que se separaram, ele foi para em baixo da mesa, e ela ficou no meu pé.

E com raiva, chuto ela para bem longe.

Minha mãe e o meu pai chegam, e pegam no meu braço, e me chamam para casa, eu me solto deles e subo para o quarto em que eu estou hospedado.

Me sento na cama, e penso em tudo que ela fez, sempre se saindo, e eu que estava sempre correndo atrás. Para mim já chega.

Pego a minha mala, e vou embora dali, nem mesmo esperando meu pai, nessa casa, eu não volto mais.

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