tá com medo?

NICK

Para mim, estar aqui é uma humilhação das grades. Eu, logo eu, está aqui, entre esses caras para ser escolhido por ela, como se ela fosse a toda poderosa.

Ela então, começa a chamar um por um, e por eles não voltarem, eu até já saquei o jogo dela, e tenho certeza, que não escolherá nenhum, só está fazendo isso pra ganhar tempo.

E quando chega a minha vez, percebo que eu estava certo, esse joguinho dela eu já joguei muito, quando não queria ficar com nenhuma mulher.

Porque diferente do que o meu pai era, eu que escolho as minhas mulheres, e não elas que escolhem ficar comigo.

E a Luna tinha que se sentir privilegiada, por ter sido escolhida por mim.

Mas, entro no seu jogo, e mostro pra ela, que enquanto ela vai está presa a um casamento, eu estarei livre.

Saio de lá, com a certeza de que ela ficou brava. E saio sorrindo.

Quando eu chego no meu carro, meu corpo é lançado com tudo com um empurrão.

Olho pra trás, e lá está ela, será que vai me escolher agora?

— você é um idiota, eu não vou me casar com ninguém, até porque eu não posso mais, e vou dizer para o meu pai, que foi você que tirou minha virgindade, será que você será um homem livre vivo?

— eu não conhecia você, digo pra ele, que você me drogou e me usou.

— ele não vai acreditar em você.

Eu sorrio para ela, se o pai dela souber que ela perdeu a virgindade comigo, essa casamento vai ser mais que um contrato, será uma obrigação.

— então vamos lá, vamos contar para ele.

Pego no braço dela, e ela se esperneia, gritando para eu largar ela a todo custo.

Voltamos para a sala, e antes de entrar ela se ajeita, e se comporta como uma mocinha educada.

Ela entra primeiro, e eu entro atrás dela.

Meu pai e o pai dela, sorriem ao ver nos dois entrando juntos, e os outro, mostram uma cara de decepção.

— vejo que escolheu o certo Luna, o filho do Markov é a melhor opção.

— não escolhi ninguém, não ainda, ele tem que provar que merece se casar comigo.

Não acredito nisso, essa mulher é louca só pode.

Os dois dão risadas, e o Luan diz que eu tenho uma semana para mostrar que eu mereço a princesinha dele.

Olho para o meu pai, e ele confirma com a cabeça, diz que o pai da noiva que decide isso.

Reviro os olho, não acreditando que vou passar por isso com essa garota.

Desafio lançado, minha meta é ser um bom menino, para ganhar um doce envenenado... Que alegria. ohhh Deus, que castigo.

— quero que vocês passem o dia juntos hoje, e voltem para a casa juntos e já com uma resposta válida.

Ela olha para mim, e sorrir, essa praga vai aprontar comigo, já estou até vendo.

Ela sai sorrindo, e eu olho para o meu pai, em súplica para desistir disso, e ele só dá risada, junto com o novo amiguinho dele.

— vamos no meu carro.

— nem ferrando vai no seu e eu vou no meu. Até parece que vou colocar a minha vida em risco sentando do seu lado.

— mais é frouxo, credo.

Que mulher irritante arrgg, vou com ela no carro dela, vou provar que não tenho medo, mesmo sabendo que ela fará de tudo para me apavorar.

E com um sorriso maléfico no rosto, ela liga o carro e vai até a a faixa de pedestre, o farol está amarelo, poderia passar, mais ela para.

Reviro os olhos, hoje meu dia vai ser espetacular.

Então, ela começa a acelerar o carro, como se estivesse em uma corrida, e um carro preto esporte, para do nosso lado.

E ele entra na onda dela, e começa a acelerar também. É o meu fim. Coloco o cinto nas pressas, porque lá vem um racha.

Quando o sinal fica verde, meu corpo é todo arremessado para trás, com tudo, e ela começa parecer uma louca no meio da avenida.

Agradeço a todos os santos, pela rua não está com tráfico cheio de carros, mais os dois andam lado a lado, disputando quem vence, e eu nem sei onde fica a linha de chegada, até os dois entrarem em uma rua, e depois em outra, e aqui sim, minha alma sai do corpo.

Ela tem agilidade, corta os carros como se estivesse de moto, deu uma brechinha, e lá está ela se enfiando.

O coitado vai ficando para trás, por não saber fazer o mesmo dela, ou, por amor ao carro, já que ela não demostrar sentimento nenhum pelo dela.

— tá bom Luna, o cara já perdeu.

— tá com medo? Por que não ficou na sua lata velha.

— a lata velha é do seu pai.

Ela fica calada, e eu sorrio de lado.

Ela para o carro em um restaurante, e me chama para almoçar.

Escolhemos os pratos, ela, toda mimada, pega o prato mais caro do restaurante, e junto com uma garrafa de vinho também com um valor absurdo.

Eu não sou mão de vaca, mais se ela quer ostentar, ela que pague a conta dela.

Tô fora, nem me casei e já quer me dar um rombo desse, nem ferrando.

Ela come um pouco, e diz está apertada para ir ao toalhete, e me pede licença.

Eu termino de almoçar, e espero ela vim, mais ela não aprece, olho para trás, e nada.

Chamo o garçom para trazer a conta, e o rombo de 150 mil dólares em um almoço, ficou para eu pagar, porque aquela praga deve ter descido pela privada.

Pago a conta xingando ela mentalmente, e me levanto. Ahh, isso vai te custar tão caro Luninha, você nem imagina.

Vou até o banheiro, e peço para uma mulher chamar ela.

E para minha surpresa... Ou não, ela não está lá.

Saio às pressas, e quando eu vejo, o carro dela não está no estacionamento.

— MALDITAAAAAAA.

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