Capítulo 18

Giane

Peter não conseguiu ir ontem para o seu apartamento, então ainda passariam mais essa noite aqui, na hora de eu ir para o shopping ele não disse nada, mas ficou curioso quanto a minha ida, porém eu apenas respondi que tinha um compromisso com uma amiga.

Pela noite notei que não havia dormido, algumas vezes quando eu acordava, ele estava andando de um lado para o outro, outras ele estava com John no colo, poucos dias, mas ele já havia se apegado a criança, eu sabia que era isso pois eu também já estava.

- Peter, dorme um pouco por favor – eu disse assim que encarei o relógio e vi o meu chefe ainda encarando John parecendo pensativo e não passava das três da manhã.

- Eu nunca senti esse nervosismo todo antes – ele confessou encarando os seus dedos – as minhas mãos estão frias, o meu estomago, porr4 eu tenho certeza de que eu não conseguiria tomar nem água Jane.

- O que você está me escondendo – eu indaguei e me levantei indo até ele – o que não me contou Peter?

- Só o medo Jane – confessou, eu segurei em suas mãos e de fato elas estavam geladas – eu me apeguei a essa criança, porr4 e se ele não for meu? Eu ainda não consigo me lembrar com clareza daquela noite, mas eu juro que eu nunca esqueci uma maldit4 camisinha.

- O que pensa em fazer se o pequeno John não for seu filho? – indaguei também temerosa, eu já havia me acostumado com John, o seu chorinho quando está com fome, os seus resmungos enquanto briga com a própria chupeta, o seu cheiro parecia o paraíso e me fazia esquecer qualquer problema instantaneamente e o meu coração parecia cheio de amor

- Eu não sei, mas eu faria qualquer coisa por ele – disse encarando o filho que resmungou um pouco e mexeu as mãozinhas cobertas por meia

- Não tem como esse resmungão não ser o seu filho Peter – eu disse arrancando um pequeno sorriso dele – já vou até procurar uma agência de babá daqui a pouco, vamos precisar de uma.

- Vamos? – indagou envolvendo minha cintura com os seus braços

- Vamos senhor Peter porque precisamos trabalhar normalmente, e cuidado com essas mãos se não quiser ficar sem ela – advertir e ele gargalhou quase acordando John – se você o acordar vai se ver comigo.

- Sim senhora – disse vindo para o meu lado assim que eu cheguei no lado que eu dormia.

- O que pensa que está fazendo Peter? – indaguei e ele sorriu enfiando o seu rosto no meu pescoço, com muita luta eu o empurrei para longe

- Me deitando com a minha garota, dormiremos abraçadinhos – disse e eu estapeei os seus braços – aí Jane

- Aí Jane – o imitei o afastando – vai já ver o seu aí Jane, não sou Jane não, quando eu estou com raiva sou o Tarzan – eu disse mostrando os meus músculos e ele mordeu os lábios – se você rir da minha cara eu vou te expulsar do meu quarto Peter Mason

- Eu não vou rir, eu juro – disse e no minuto seguinte ouvi ele rindo contra o travesseiro – Tarzan

- Só pode ser castigo – resmunguei fingindo que eu não estava com vontade de socar sua cara e depois taca-lhe um beijo.

Com muito sono fiz o café e enquanto tomávamos o líquido que me despertava pela manhã, mal sabíamos o que fazer com a nossa ansiedade, a família toda mandava mensagem a todo instante. Porém esquecemos do teste quando John Prince começou a chorar, aquele choro doloroso que nos partia a alma, era tão sofrido eu chorava enquanto Peter o acalmava após darmos uma gotinha do remédio que o pediatra havia receitado.

- Calma garotão – Peter disse ainda com John em seus braços, havia poucos segundos que ele havia dormido, ele se aproximou de mim que encarava a vista e beijou os meus cabelos – não chore Jane

- Você também estava querendo chorar – eu disse e ele me deu um pequeno sorriso – por que cólicas de bebês existe? Poderiam inventar uma vacina para isso, não é?

- Aí você iria querer que a criança fosse furada? – disse e eu pensei nas probabilidades.

- Mas se você pensar de maneira correta, ele vai sofrer apenas uma picada e só uma vez, não chorar quase todos os dias com cólicas – eu disse e ele concordou

- Prática como sempre, as vezes eu tenho medo de você ao mesmo tempo que te amo meu Tarzan – ele disse debochando da minha cara eu me afastei dele em respeito a criança que eu não queria que ele testemunhasse agressão, porém ofereci minha língua.

- Idiota – resmunguei e o celular de Peter apitou com o barulho de uma notificação – Peter, eu acho que é a hora.

- Jane – Peter me chamou e eu o encarei, eu podia ouvir os batimentos do seu coração de tão acelerado que estava, suas mãos estavam um pouco tremula assim como a sua voz – se John for nosso filho, eu vou fazer o possível para que eu possa te conquistar e juntos seremos uma família, porque eu sei que você me ama e eu sei o quanto eu te amo, prometo esquecer tudo o que aconteceu no passado e prometo te fazer esquecer o quão filho da put4 eu fui, chega de me sacrificar e te sacrificar, só diga que eu preciso ter esperança, me de uma gota de esperança que eu prometo nunca desistir de nós dois, por nós dois.

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E agora, será que nossa Jane se manterá firme e forte? 👀🥹🤣

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