Capítulo 16

Giane

Peter ainda parecia chateado, porém logo eu entendi que era com ele mesmo, eu o conhecia, ele evitava muitos sorrisos, e quando ele está com raiva de verdade não há comediante no mundo inteiro que o faça rir, eu conhecia sua fúria, pois eu a senti uns meses atras e ela dói, só o seu olhar doía.

Depois de nossa imensa preocupação com John, eu não podia ficar longe do pequeno, Peter também não, em seu apartamento ele tinha colchonete de acampamento, ele o pegou e colocou perto da minha cama, era o máximo que eu permitiria.

- Para onde pensa que você vai tão cedo? – Peter indagou ao meu ouvido assim que o meu despertador começou a tocar, John por incrível que pareça dormiu bem, acordou somente duas vezes na madrugada e logo dormiu.

- Que porcaria você está fazendo na minha cama Peter Mason? – indaguei assim que eu notei que a voz veio do meu lado, e que não foi eu que havia desligado o despertador, eu ainda estava sonolenta então havia custado a entender isso – tire suas mãos da minha cintura Peter

- Para que você está gritando assim tão cedo? – ele disse sonolento tentando me abraçar mais ainda, porém eu o empurrei com força da minha cama e ele caiu no chão, o barulho foi forte, provavelmente se machucou e muito – put4 merda quebrou o meu braço Jane

- Ai meu Deus, ai meu Deus – me levantei desesperada, mas nisso eu cai por cima dele enquanto o mesmo ria – eu não acredito nisso Peter.

Então com a confusão toda John acordou, sai de cima dele fingindo não ter tocado no seu peitoral duro, nossa como era duro e ...

- Você está corada – ele disse deitando na minha cama, enquanto eu pegava o filho dele em meu colo e inalava o seu cheirinho

- Claro que estou corando, eu estou com ódio – eu menti sem nem piscar e ele gargalhou – que cheiro delicioso você tem senhor John Mason

- Claro, puxou ao pai – ele disse e então ficou pensativo – Jane, já imaginou que um dia estaria nessa situação comigo?

- Não senhor Mason, afinal eu sou apenas a sua secretaria – eu disse e comecei a caminhar com John em meu colo para a cozinha, se eu fosse lidar com o Peter eu precisava pelo menos de três copos de café.

Eu o amava, sua meia cena de ciúmes ontem havia mexido comido mais do que eu assumiria até para mim mesmo, sentir o calor dos seus braços me deixou fantasiosa, porém eu não faria isso comigo mesmo, eu já havia sofrido mais do que eu gostaria, e eu tinha amor próprio, não me deixaria cair em uma rede sem segurança alguma.

- Por que estamos acordados tão cedo? – ele quis saber se jogando na mesa, cheirei mais uma vez o pequeno John e o entreguei

- Vai com o seu pai garoto e ver se consegue fazê-lo parar de falar abobrinhas logo cedo – eu disse e a criança apenas encarava tudo ao redor

- Definitivamente não entendi, pois não vamos trabalhar hoje – ele disse e eu nem me dei o trabalho de olhar na sua cara de p4u

- Você é o chefe, mas eu sou apenas a sua secretaria – reforcei novamente, mas me virei apenas um pouco e vi quando ele revirou os olhos

- Considere que estamos de licença maternidade – ele me disse, o encarei furiosa e assim que a máquina de café apitou peguei o meu café e fui para a sacada.

Na próxima hora seguida eu o ignorei o máximo que eu pude, enquanto ele fazia a troca no bebê eu fiz o seu leite, depois foi a vez dele de ir para o seu apartamento tomar um banho.

- Como estão as coisas filha? – ouvi a voz do senhor Parker assim que eu atendi a sua ligação, o bebê John estava em seu bebê conforto alheio a minha fúria com o Peter, ele não tinha o direito de me fazer sentir coisas que não devia, eu sabia o quão mal ele era quando queria ser, e isso era demais.

- Estão bem – eu disse, mas a minha voz saiu um pouco embargada

- No próximo final de semana eu vou resolver as coisas – ele disse após um minuto de silencio – a culpa de tudo o que está acontecendo é minha.

- Não é sua, no fundo sabemos que a culpa é do meu pai – murmurei – de qualquer forma ele tem razão.

- Não, nós sabemos que ele não tem razão, ele não pode continuar fazendo vocês dois sofrerem desta maneira – disse firme

- Agora me parece tarde senhor Parker – confessei – eu não sei se sou capaz de esquecer o que ele me fez, também não sei se ele é capaz de me enxergar além da sombra do meu pai.

- Quando existe amor ele sobrevive ao tempo, supera o medo e anseia pelo momento em que ele será vivido – aconselhou – tenho uma reunião logo cedo, mas tarde nos falamos, fique bem querida.

- Senhor Parker – eu o chamei

- Não querida, nós não vamos pressioná-la, mas eu conheço o seu coração sei exatamente o que sente – disse já sabendo o que eu iria dizer – eles têm muita sorte em ter você.

- Não diga isso senhor Parker, desde ontem tudo o que eu queria era meter a vassourada no seu filho – eu disse tentando brincar um pouco, não gostava de falar sobre os meus sentimentos pois na maioria das vezes eu não sabia como me expressar.

- Ah querida, se eu te disser que as vezes eu também gostaria – disse e eu gargalhei e foi no mesmo instante que o meu chefe passou pela porta da minha casa, droga ele era tão lindo, mas tão filho de uma mãe comigo, o que me dava raiva é que de certa forma eu o entedia, Sophia não ficou com raiva de mim porque temos sentimentos diferentes, já Peter e eu quando descobriu tudo estávamos prestes a ficar juntos.

Mas por mais que eu o amava, por mais que eu via que era difícil para ele tudo o que fez comigo para me fazer sofrer como ele sofreu, eu não estava disposta a perdoá-lo, não tão facilmente.

Assim como ele estava disposto a ser feliz com outras pessoas eu também estou, por falar nisso o destino parece concordar com isso quando no mesmo momento uma mensagem de Andrey chega e eu comento com ele alegremente sobre o dia da boate que se aproxima.

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