Capítulo 08

Giane

Ele estava andando de um lado para o outro a pelo menos vinte minutos até que o bebê voltou a chorar. Desta vez parecia não ter fim, eu colocava a chupeta ele sugava e soltava.

– Vamos levar ele no médico? – Peter Indagou preocupado – Meu Deus Jane, o bebê está aqui a vinte dois minutos e nós já o machucamos, como vamos fazer? Essa criança é capaz de não sobreviver a um dia comigo.

– Para de falar merda Peter – eu disse o vendo agoniado, o bebê levou as mãozinhas a boca quando eu o peguei em meu colo e o embalei carinhosamente – Acho que ele está com fome, procura na bolsa algo que ele possa comer.

– ele nem tem dente como vai comer? Criança dessa idade não mama nos seios? – disse indo atrás da bolsa onde a mulher deixou. Eu preferi ignorar o que ele disse, sabia que não era burro – Tem esse negócio, está morno

Disse e me estendeu uma mamadeira pequena, e de fato estava morninho uma temperatura boa, me sentei com o bebê em meu colo e ofereci o alimento com cuidado

Ele não demorou a devorar todo o líquido, eu sabia que tinha que colocar para arrotar pois esses dias eu fui ver o meu chefinho e ele fazia isso.

– Jane – ouvi Peter chamando enquanto eu dava pequenas batidas na costinha do bebê

– Não fale nada Peter – rosnei e ele prendeu um sorriso, o que é dele está guardado se ele acha que vai me fazer de babá está ferrado.

– eu vou ligar para o meu advogado – ele disse e quando pegou o telefone pensou um pouco – droga, o advogado agora é o Paul

– e o que tem? – indaguei

– ele tem um desses em casa Jane, imagina o trabalho que ele tem e a esposa está se recuperando ainda do parto – Peter disse e eu concordei, ele tinha razão.

– Sophia então? – indaguei e ele me encarou debochado – Você vai precisar de ajuda com ele Peter, você precisa de alguém de confiança

Ele ficou me encarando, eu podia ver várias engrenagens em sua cabeça porém não conseguia ver o que ele pensava, mas quando um pequeno sorriso surgiu em seus lábios eu neguei.

– Não ouse – ameacei

– você vai me abandonar no momento em que eu mais preciso de você? – disse e foi o suficiente para despertar as badaladas no meu coração

– você fez o mesmo – retruquei e ele se calou. De imediato.

– O que eu fiz Giane? O meu erro é só colocar a razão em cima da emoção – ele disse chateado, eu sabia que uma discussão enorme viria pela frente então não respondi, era melhor assim, assuntos românticos ficariam para outra hora, tinha um bebê em meu colo era com ele que nós deveríamos nos preocupar – Quando vamos conversar?

– acha que essa é a hora mais adequada para isso? – indaguei ele apenas negou – eu vou te ajudar a levá-lo até o carro, já passei da hora também.

Eu disse e depois fui até o bebê conforto e coloquei o bebê dentro, ele era calminho após comer, sorri, olhei a sua fralda e vi que ainda aguentava pelo menos uma hora, ou até Peter chegar na casa dele.

Depois fui até a bolsa que a mulher havia deixado além da bolsa dos documentos, o leite era uma lata pequena e estava quase acabando.

– Ele é que nem você – eu disse e ele me encarou confuso – esse leite é para quem tem intolerância a lactose.

– isso não significa que pode ser meu filho – disse, ele estava chateado, porém era problema dele, não meu.

– está ficando tarde, preciso ir – avisei ele desligava os aparelhos, o restante era a equipe de limpeza que desligava.

– se você me deixar sozinho com esse bebê considere culpada por tudo o que acontecer a ele – Peter disse.

– Se você não fosse um irresponsável isso não aconteceria – rosnei de volta

– eu nunca na minha vida trans3i sem uma maldit4 camisinha, e é por isso que eu não tenho certeza se essa criança é minha – falou com convicção

– Peter, e se não for? – indaguei com pesar – a única familiar que ele tinha saiu por essa porta e nós não sabemos nem o nome dela, a mãe dele morreu, e se você não for o pai, o que vai acontecer com ele?

– Vamos dar um jeito ok? – ele disse me dando um beijo na testa em seguida me abraçando e só então eu percebi que estava chorando, e quem não choraria sabendo que um bebê de dez dias pode ir parar em um orfanato? Ou qualquer coisa assim me deixava muito triste com o coração apertado.

Dei um tapa em seu braço e me afastei, ele me encarou e revirou os olhos.

– Não precisa se preocupar, eu vou dar um jeito nessa situação, farei um teste de DNA amanhã mesmo, molhamos a mão de alguém para antecipar o resultado e pronto – ele disse e suspirou – caso der positivo em dois dias registramos o bebê.

– e se não der Peter? – indaguei temerosa e ele sorriu

– Então nós dois o adotamos – disse e se virou pegando o bebê conforto e caminhou para a porta, porém quando percebeu que eu não o seguia ele parou e me encarou – Vamos para casa meu amor.

Quando o jogo virou? Em minutos atrás o meu chefe estava surtando, agora quem não consegue nem respirar sou eu.

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Comments

Gloria Katia Baffa

Gloria Katia Baffa

Como assim? Se ele não quer ficar com ela!

2025-03-17

1

Vaniza Goncalves

Vaniza Goncalves

vai usar o bebê agora , é muita cara de pau

2025-02-21

0

Dinanci Macorin Ferreira

Dinanci Macorin Ferreira

Mais mais mais ,está lindo ,o bebê é de Peter?

2024-12-10

0

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