Victoria Becker narrando:
Os dias foram se passando e amanhã finalmente o resultado do exame sairá. Estou muito feliz e ansiosa também.
Estou muito mais próxima de Marius, depois que contei a ele tudo que passei, o mesmo tem sido ainda mais protetor comigo.
Às vezes trocamos algumas carícias, até nos beijamos, nem acredito que tudo esteja indo tão bem.
Nesse momento, estou na cobertura de Marius com Helena e Leonor. Marius saiu para trabalhar.
Leonor é um amor de pessoa, a mesma cuida muito bem de mim e de minha filha, além das suas comidas que são uma delícia, devo ter engordado uns 5 quilos só nessas duas semanas.
Eu estava sentada no sofá com Helena enquanto a mesma olha atentamente para a televisão que passava alguns desenhos. Ela não entende nada, mas como é muito colorido, acaba chamando sua atenção.
Leonor estava na cozinha terminando o almoço quando o telefone tocou. Ouço os passos de Leonor e logo ela atende.
— Alô?… sim… Tudo bem, desceremos para pegar… — Depois da conversa rápida, ela desliga. — O porteiro ligou lá da portaria e falou que tem uma encomenda para você.
— De quem será? — pergunto curiosa, será que foi Marius? Ou Joana? Minha amiga não sabe meu novo endereço, então creio que não seja ela, talvez seja Marius.
— Ele não disse, falou que tinha a tal encomenda e que era para você pessoalmente ir pegar.
— Certo, irei deixar Helena no bebê conforto e irei descer rapidamente — falei, colocando minha filha cuidadosamente e a deixando no sofá — você poderia ficar olhando ela para mim enquanto eu saiu rapidinho?
— Claro, pode ir — disse.
Assenti e saí.
O bebê conforto foi presente de Marius, ele já deu vários presentes à Helena e me presenteou também. Ele me levou ao shopping e me fez comprar várias roupas e algumas outras coisas. Eliza, sua irmã, também estava conosco e me ajudou. Ela disse que seu irmão está de quatro por mim.
Eu também estou gostando muito dele, eu nunca pensaria que duas semanas seriam suficientes para me apaixonar por alguém…
Chegando na portaria vejo uma grande movimentação, pelo que entendi, parece que a mulher pegou o marido com uma amante e agora está fazendo o maior barraco, tento me aproximar quando sou agarrada por trás, foi tão rápido que não tive tempo de reagir, fui arrastada e jogada em um carro preto com brutalidade.
Tento abrir a porta, mas estava travada.
— Você não vai conseguir sair — ouço uma voz conhecida.
Cristian.
A porta de trás é aberta e outro homem entra, assim, Cristian acelera e saímos de lá.
— O que você está fazendo? Me deixa ir embora — falei já sentindo meus olhos marejados.
— Não, desde que você apareceu, tudo tem dado errado — disse com raiva — o Marius me odeia e meus pais querem me levar em um psiquiatra porque acham que estou louco, até a Eliza está me rejeitando, e é por sua causa.
— Eu não tenho nada a ver com isso — falei desesperada.
— Foi o Marius que teve essa ideia de me levar ao psiquiatra, possivelmente foi você que falou para ele — disse completamente fora de si, olho em seus olhos e os vejo vermelhos… Ele usou drogas.
— Você está fora de si, Cristian, por favor — implorei — tenho uma filha, sua sobrinha… Para esse carro, você matará a gente.
Ele acelera ainda mais e começo a chorar.
O homem que estava no banco de trás apenas observava, ele está no mesmo estado de Cristian, completamente drogado, mas diferente do mesmo, ele está bem calmo.
— Por favor — sussurrei.
— PARA! — gritou, me repreendendo — você está me desconcentrando.
Eu só quero voltar para casa e ver minha menininha…
— Você vai parar esse carro por bem ou por mal — falei, segurando o volante para tentar parar o carro.
Eu puxava de um lado e ele de outro, o carro em zigue-zague na pista que, por um milagre, estava com pouco movimento, os carros que tinham no local saiam da frente para não acontecer nenhum acidente.
Ouço a sirene da polícia atrás da gente e me afasto de Cristian, ele controla rapidamente o carro novamente.
— Parem o carro — ouço a voz de um policial no megafone. Cristian olha para trás no mesmo momento em que cruzamos um sinal fechado.
Um carro em sentido contrário vem em nossa direção, o mesmo estava em alta velocidade.
— O CARRO! — Gritei, pegando o volante e o girando, Cristian olhou assustado, mas já era tarde demais, o carro bateu na gente com muita força e tudo começou a girar.
O cheiro de gasolina e fumaça era muito forte, meus sentidos estavam falhando, eu tentava não fechar os olhos, mas infelizmente não consegui, e de repente tudo ficou escuro.
[…]
Marius fitzy narrando:
Eu estava em uma reunião super importante quando Avellar entra na sala de reuniões nos atrapalhando, eu pedi para ninguém atrapalhar.
— Desculpe por atrapalhar, senhor, mas aconteceu uma tragédia — disse, me olhando com lágrimas nos olhos.
— Que tragédia? — me levantei preocupado.
— Seu irmão sofreu um acidente de carro — disse.
— Por que não me falaram antes? — falei desesperado.
— Acabamos de ficar sabendo.
— Senhores, preciso ir, remarcaremos essa reunião — falei e eles assentiram.
— Para onde o levaram? — perguntei enquanto pegava meu celular.
— Pro hospital do centro — disse me passando o nome, mas outra preocupação me toma ao ver várias ligações de Leonor.
Será que aconteceu algo com Victoria ou Helena?
Tinha uma mensagem dela e várias ligações, meu celular não notificou, pois eu havia deixado o mesmo em silencioso.
“Marius, a Victoria sumiu”
O quê?
“Ela desceu para pegar uma encomenda e desapareceu”.
Mais essa agora, droga.
Será que ela não desapareceu e sim fugiu? Afinal, o resultado do DNA sai amanhã…
Será que isso tudo era mentira e agora que o dia da grande verdade está próximo, ela ficou com medo e fugiu?
Se ela fugiu… Victoria que me aguarde, ela irá conhecer um lado meu que nunca irá esquecer, acabarei com a vida dela.
Droga, logo agora que eu estava me apaixonando por ela.
Respiro fundo e mando uma mensagem para Leonor perguntando sobre Helena, a mesma disse que a coisinha rosa está com ela e que está bem.
Será que Victoria teria coragem de abandonar a filha?
Ah, mas eu não irei deixá-la fugir, já dentro do meu carro, indo em direção ao hospital, mando mensagem para o dono do hotel e exijo as filmagens das câmeras de segurança.
O homem fala que não pode liberar as filmagens, mas quando falo que irei lhe dar uma boa quantia em dinheiro, muda rapidamente de ideia.
Conversamos e ele irá me enviar daqui a alguns minutos, pois falei que queria rapidamente.
Assim que cheguei no hospital, já tinham vários paparazzis, as fofocas correm rápido e creio que já sabem que meu irmão sofreu um acidente.
Eles me fazem várias perguntas, mas não respondo.
Chegando na recepção, falo com a recepcionista que logo me atende.
— Sou Marius fitzy, meu irmão Cristian acabou de sofrer um acidente, quero notícias sobre ele — perguntei nervoso.
— Não temos muitas notícias. Eles acabaram de chegar — disse a mulher — o que sei é que o acidente foi bem grave, no carro havia três pessoas e uma delas infelizmente veio a óbito. Só isso que sabemos, mas creio que logo o médico virá falar com você.
Alguém morreu…
Sinto um aperto no peito, me assusto quando sinto alguém tocar meu ombro, era minha mãe, minha família já estava toda ali.
Que não tenha acontecido nada de ruim…
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Atualizado até capítulo 149
Comments
Cida Pereira
eita tomara que ele acredite que ele sequestrou ela
2025-02-21
0
gata
Não quero nem ouvir o que o médico vai falar
2025-01-04
0
Simone Silva
parabéns autora pelo seu livro
2024-12-21
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