Capítulo 10

Marius fitzy narrando:

Assim que entro na minha sala, vejo a mulher que só agora me toquei que não perguntei seu nome, a mesma encarava meu irmão mortalmente enquanto Cristian também a olhava com muita raiva.

Depois que todos saíram e nos deixaram sozinhos, pedi para ela me falar o que estava acontecendo.

Não conheço essa mulher, mas conheço meu irmão e o quanto ele pode ser um babaca, por isso sei que ele deve ter feito algo.

— Ele me chamou de vadia e disse que eu estava inventando a história da bebê ser sua filha —disse ela— eu não falei nada sobre ela, mas creio que ele deve ter raciocinado tudo.

— Eu não posso falar se você está mentindo ou não sobre a criança ser minha filha —falei sério— mas quero me desculpar sobre ele ter te chamado de vadia, ele não pode sair falando com mulheres assim.

— Tudo bem... mas como iremos resolver tudo isso? —disse ela.

— Amanhã mesmo iremos à clínica fazer o exame —falei e ela assentiu.

— Tudo bem —disse.

— Não tenho nada para fazer agora, então posso te levar na sua casa —falei atraindo seu olhar no mesmo minuto.

— Não —disse rapidamente— meu pai é usuário de drogas e não quero minha filha naquele lugar.

Seu olhar era de tristeza, preocupação e, ao mesmo tempo, de medo. O que será que aconteceu com ela para deixá-la assim.

— Posso te levar em outro lugar? —falei.

— Não tenho mais nenhum lugar para onde ir... —disse tristemente.

Então ela irá ficar na rua? Com aquela coisinha rosa tão pequena.

— Então você irá ficar na rua? —sua falta de resposta me fez ter certeza de que era sim— de jeito nenhum, você irá ficar comigo até resolvermos tudo isso.

— Não quero incomodar, mas creio que a rua não é local para um recém-nascido e uma mulher que acabou de ter um bebê a três dias —disse me fazendo arregalar os olhos.

— Três dias? Você deveria estar descansando —falei.

— Eu sai do hospital diretamente para cá —disse ela— Eu precisava garantir que minha filha tivesse um local seguro para ficar, mesmo que eu tivesse que ser humilhada novamente.

— Humilhada? Novamente?

— Esquece, enfim, eu só quero comer alguma coisas e poder descansar com minha filha —disse— nossa filha no caso.

— Certo, mas antes de irmos, qual seu nome mesmo?

— Victoria —disse se levantando com a bebezinha cor de rosa em seus braços.

[...]

Eu a levei para minha cobertura, sei o quanto posso estar cometendo a burrada de levar uma completa estranha para minha casa, mas mesmo assim a levei.

Na minha cobertura não tem muitos objetos de valor, pois normalmente só vou lá relaxar, tudo que tenho de valor como joias ou até mesmo dinheiro ficam no banco, ou na casa dos meus pais, aqui tem apenas móveis e eletrodomésticos que são grandes e creio eu que ela não conseguiria roubar isso, fora que meu apartamento também conta com várias câmeras de segurança então fico despreocupado.

Pedi para que Leonor a governanta da minha mãe fosse para meu apartamento e cuidasse das duas, a Victoria estava bem magrinha e pálida, ainda não esqueci aquela marca no seu braço e irei descobrir quem fez aquilo.

Tive que voltar para a empresa após deixá-las no meu apartamento, pois teria duas reuniões e não poderia perdê-las, também fiz uma ligação para a clínica marcando um horário pela manhã para fazermos o exame já que Avellar acabou não conseguindo antes e eu tive que fazer isso.

Aquelas duas não saiam dos meus pensamentos, a todo instante aquela mulher e a pequena garotinha vinham na minha mente e eu de certa forma estava ansioso para vê-las novamente.

Na volta para casa lembrei que elas poderiam não ter roupas e que a menininha poderia passar frio, então fui até o Shopping que não era muito longe dali e comprei algumas coisas. A bebê era recém-nascida então foi bem fácil, comprei para mesma algumas roupinhas e falei para a vendedora escolher algo bem quentinho e confortável, ela deve estar me achando um mau pai, pois eu não sabia escolher nada para um bebê.

Para Victoria eu não sabia o que realmente escolher então comprei alguns conjuntinhos de moletom, ela precisava ficar confortável e nada mais confortável que moletom.

Depois daquelas comprinhas fui até meu apartamento para entregá-las. Ao entrar vejo Victoria sentada no sofá enquanto dava de mamar a bebê que ainda não sei o nome, agora até eu estou me achando um desnaturado.

— Oi —falei me aproximando.

— Oi —disse me olhando, ouvi um resmungado baixinho e olhei para baixo vendo a pequena bebê esfomeada com o peitão da mãe na boca.

— Trouxe isso para vocês —falei colocando a sacola perto dela.

Curiosa Victoria abriu a bolsa e de lá tirou o primeiro conjuntinho de roupinhas, seus olhos brilharam ao ver a pequena roupinha, logo após ver todas e acabar deixando algumas lágrimas caírem ela viu as roupas que comprei para ela.

— Não precisava comprar para mim —disse.

— Claro que precisava, quero que você fique confortável —falei.

— Você realmente é o sonho de qualquer mulher —disse me fazendo a olhar confuso— Obrigada pelas roupas.

— Por nada, então você conheceu a Leonor? —perguntei.

— Sim, ela é muito legal —disse.

— Ótimo, irei sair, mas qualquer coisa que você precisar peça a ela —falei.

— Eu estou precisando de algo, mas se você me levar em uma farmácia posso comprar —disse meio envergonhada.

— O que precisa?

— Fraldas, essa coisinha é pequena, mas gasta muito —disse olhando para filha com carinho e me fazendo ficar cada vez mais encantado.

— Só isso?

— Alguns produtos de higiene também —disse ainda mais envergonhada.

— Irei comprar e mandar te entregar —falei.

— Não precisa, já estou atrapalhando demais —disse rapidamente.

— Faço questão de comprar —falei andando até a porta— ainda não sei se você está mentindo ou não, mas ela é apenas um bebê, quero que ela fique bem.

— Helena —disse— o nome dela é Helena.

Sorri ao saber o nome da coisinha rosa, Helena é um nome muito bonito e também foi o nome de alguém muito especial para mim.

[...]

Estaciono o carro na frente da casa dos meus pais e rapidamente desço do mesmo, mas antes de vir para cá passei na farmácia e comprei vários pacotes de fraldas e também produtos de higiene como shampoo, lenços umedecidos, talco e outras coisas necessárias para um bebê.

Tudo isso foi escolhido pela mulher que trabalhava lá, pois eu não sabia qual era o melhor, eles também não faziam entrega, mas com uma boa quantia em dinheiro rapidinho esse problema foi resolvido.

Agora irei falar com minha mãe e dizer para ela o que está acontecendo, quero pedir conselhos também.

Ao entrar vejo que ela estava conversando com Cristian, eles não me viram, então fico ouvindo a conversa.

— Então aquela mulherzinha me bateu —disse meu irmão virando o lado do rosto para nossa mãe ver.

— Calma filho, tenho certeza que seu irmão sabe o que está fazendo —disse mamãe— quando ele chegar, iremos conversar e tudo isso será resolvido.

— Eu já estou aqui —falei— vamos conversar.

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Comments

Neuza Lucia

Neuza Lucia

babaca sem-vergonha esse irmão idiota não sabe respeita uma mulher

2024-04-16

9

Izaura Pessi

Izaura Pessi

Bebezinho ,já foi chorar pra mamãe , covarde

2024-04-22

0

Allana Lopes

Allana Lopes

coisinha rosa kkkk

2024-04-16

0

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