Capítulo 15

Marius fitzy narrando:

Acordo com um choro alto e rapidamente levanto.

Pego meu celular e vejo que são 3:15, o choro continuava então andei até o quarto de Victoria e vejo a mesma andando por todo o cômodo enquanto balançava Helena em seus braços.

— O que ela tem? —pergunto ao me aproximar.

— Deve ser cólica —disse.

— E o que serve para aliviar a dor dela? —perguntei.

— A médica me deu algumas dicas quando eu ainda estava grávida, a mesma disse que massagem, banho e um monte de outras coisas servem para aliviar —disse— você pode fazer uma massagem na barriguinha dela, enquanto eu encho a banheira com água morna para banhá-la?

— Faço, sim, porém não sei fazer direito —falei incerto, então pego meu celular e vou ao YouTube pesquisar um vídeo sobre massagem em bebês.

Vejo ela se aproximar da cama e colocar a pequena bebê deitada, Helena ainda chorava só que agora baixinho, a mesma se encolhia e aquilo me deixava angustiado, ver a pequena coisinha rosa sofrendo...

Me aproximo da cama já vendo Helena sem roupa, olho seu corpinho pequeno e frágil, meu lado protetor fica louco com o fato de ser tão pequena e estar sofrendo.

— Cuidado com o umbigo dela —disse ela me alertando.

Assenti e comecei a massagem enquanto a moça do vídeo falava todo o processo, eu estava com medo de machucá-la e fazia bem mais leve que o recomendado, mas pareceu funcionar, pois logo o chorinho dela se tornou fungados, Helena ainda estava com cara de choro.

— Vamos, o banho já está pronto —assim peguei ela nos braços e seguimos para o banheiro.

— Coloca ela aqui —disse apontando para banheira.

— Eu que irei banhá-la? Eu não sei, posso derrubá-la —falei nervoso.

— Então me dê ela aqui —disse estendendo os braços para pegá-la, assim que Helena foi para seus braços a mesma começou a chorar.

— Acho que ela prefere ficar comigo —falei pegando a bebezinha que logo começou a se acalmar.

— Então, como iremos banhá-la se a mesma quer ficar com você e você tem medo de derrubá-la? —perguntou.

— Eu seguro e você joga água nela —sugeri.

— Então tá, melhor que nada —disse suspirando.

Assim banhamos a bebê, eu segurava e Victoria jogava água nela, Helena já não chorava mais e se encolhia menos, a mesma não tinha melhorado de tudo, mas a dor tinha diminuído bastante.

Ao terminarmos, a levamos para o quarto e Victoria vestiu ela com uma roupinha bem quentinha, já eram quase quatro e meia da manhã.

— Posso ficar aqui? —perguntei enquanto pegava Helena e aconchegava ela nos meus braços, ainda era um pouco complicado segurá-la, mas aos poucos eu estava pegando o jeito.

— Se você quiser por mim tudo bem —disse me olhando— parece que Helena prefere ficar com você, irei me aproveitar disso e dormir.

Disse ela me fazendo rir.

Victoria passa por mim andando até a cama e fecho meus olhos ao sentir seu doce perfume... Ando até a cama e me deito do lado direito, deixando Helena deitada sobre meu peito.

Fico passando as mãos suavemente pelas suas costas e logo ouço seu suspiro baixinho.

Sorriu.

Sinto algo sobre meus pés e vejo Victoria me cobrindo com o lençol, a mesma me encobre com Helena e depois se abaixa deixando um baixo na cabecinha da filha.

Fico em silêncio observando, depois disso a morena se deita fechando os olhos e eu fico acordado velando o sono das duas.

[...]

Olho as horas no relógio ao lado da cama e vejo que são quase meio-dia, não dormi nada, fiquei apenas velando o sono das duas mulheres que agora se encontram nos meus braços.

Helena sobre meu peito enquanto Victoria está ao meu lado abraçada comigo, certo momento ela acabou rolando na cama e me abraçou.

Eu não quis acordá-la então deixei ela ali, Victoria tem uma essência muito boa, ela é... Especial.

Sinto a morena se mexer e logo abrir os olhos, suas bochechas tomam uma coloração avermelhada. Ela se afasta de mim e se senta na cama, ainda envergonhada a mesma me olha e sorri.

— Bom dia —disse ela baixinho.

— Bom dia —falei passando as mãos pelas costas de Helena que já começava a se mexer.

— Irei dar de mamar a ela —disse pegando Helena nos braços e se encostando na cabeceira da cama.

Me sentei ao seu lado olhando atentamente Victoria levantar a blusa e levar seu peito até os lábios de Helena, que rapidamente o pega e começa a sugá-lo.

Encosto meu ombro no de Victoria e estendo meu braço para acariciar os cabelinhos de Helena, ouço os estalinhos das suas sugadas e sorriu.

— Ela é linda... —falei encantado.

— Ela é —disse Victoria colocando sua mão sobre a minha enquanto fazíamos carinho em Helena.

Olho nossas mãos juntas e sinto a maciez da sua sobre a minha, o calor de seu corpo em contato com o meu através de um toque.

— Eu... é... Preciso levantar —falei nervoso enquanto me afastava delas— sei que Leonor não veio hoje, então quando você terminar de alimentar Helena, iremos sair para almoçarmos fora.

Não esperei ela responder e rapidamente sai de lá.

Victoria Becker narrando:

Sorriu ao ver ele saindo correndo do quarto.

Confesso que fiquei muito envergonhada quando acordei e vi que estava nos braços dele, foi vergonhoso, mas maravilhoso.

Seu corpo quente em contato com o meu, seu braço ao meu redor com se tivesse me protegendo... Nunca dormi tão bem na minha vida. Não julgo a Helena por querer dormir encima dele, afinal quem não queria fazer isso?

Depois que minha filha mamou, a levei para dar banho e depois arrumei ela, depois de tudo foi minha vez de poder me arrumar.

[...]

Chegamos no restaurante e logo nos sentamos na mesa que Marius tinha reservado, ele estava lindo com seu terno preto, já eu estava com um lindo vestido verde curtinho de alcinhas, o mesmo tinha um decote bem grande que valorizava meus seios, eu não tenho peito grande, mas na gravidez eles encheram de leite e acabei ficando com seios grandes.

Marius me disse que esse vestido era de sua irmã, parece que a mesma deixou lá há muito tempo e nunca foi pegá-lo, tomara que realmente seja verdade, pois eu iria odiar se descobrisse que isso seria de alguma outra mulher com quem ele se envolveu.

Helena estava com um vestidinho rosa, não sei por que, mas Marius fica todo bobo ao vê-la com roupinhas rosas.

Minha filha estava bem comportada nos meus braços, mas isso acabou dificultando minha alimentação, Marius percebendo isso, se levantou e pegou Helena, mesmo sobre minhas tentativas de falar que estava tudo bem.

Helena parece sentir que está nos braços do pai, pois continua quietinha, volto a comer quando ouço a risada de Marius.

— Ela está sorrindo para mim —disse com os olhos brilhando.

Bebês sorriem para todo mundo, mas como não quero acabar com a felicidade dele, resolvo ficar quieta.

— Marius, querido —levanto meu olhar para ver uma ruiva siliconada se aproximando da nossa mesa, a Mulher sorria tanto que tenho certeza que ficará com as bochechas doendo.

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