Capítulo XVI

...Molog...🔥...

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Acordo cedinho, dou um beijo na minha morena, que ainda está dormindo, passo no quarto do Brian, o cubro um pouco mais, lhe dou um beijo na testa e antes mesmo da Nanãe se levantar, saio para boca. Ainda são 5:00 da manhã, mas eu tenho muitas coisas para poder resolver na boca, antes que eu comece o meu acerto de contas com aqueles quatro.

Assim que eu chego na boca, eu cumprimento todos os vapores, e em seguida, o Lampião, Caju e Manguaça.

Lampião: Tá na hora de aumentar o meu salário, hein! — Ele se espreguiça.

Caju: Concordo. Eu não aguento mais levantar cedo, pô.

Molog: Aham! Passam o dia acordado, curtindo em baile, em pagode, fudendø até o talo com as piranhas do morro, mas não têm disposição para trabalhar. Que bonito para as maricotas.

Lampião: Uai, que bicho lhe mordeu aqui no pescoço? Onde você caiu? — Eles dão risada.

Molog: Agora pronto.

Manguaça: Sim, somos fiscais da føda alheia.

Molog: Porém, podem deixar a minha sexual em paz, porque agora eu sou um homem casado, um homem de respeito.

Caju: Seis peitos tem a vaca!

Dou um tapa no pescoço dele, e eles dão risada.

Lampião: Casou mesmo com a gringa? Com todo respeito mesmo, ela é linda. Toda educada, logo vi que ela é de fechar. Fico felizão por tu, irmão. Merece muito ser feliz. Pode deixar, que agora que tu abandonou a cachorrada, eu assumo a linha de frente.

Molog: Valeu, irmão! Só toma cuidado para não fazer outra filha por aí.

Lampião: Olha, a farmácia aqui no morro lançou a braba. Pegaram o pacote de fralda numa fileira, e antes dessa, tem a fileira de camisinha, ou seja, uma boa reflexão! A minha princesa tá enorme, tá me falindo, porque sempre quer comprar alguma coisa, e se eu posso dar, jamais vou falar que não.

Caju: Filho custa caro, e eu não quero agora.

Damos risada, e começamos a embalagem toda a nova mercadoria, rotulamos e os meninos saem pata distribuir. Olho no relógio e já são nove e meia da manhã. Estava sentado, fumando um fininho, quando um vapor anuncia que tem três pessoas querendo falar comigo. Eu estranho, mas permito que entrem, e logo em seguida, meu arrependo, Se trata de dona Teresa e as suas duas filhas. A Bianca, mais nove, não sou próximo, só troquei poucas palavras na vida. A Beatriz, mamou, sentou pra mim e pros meus vapores quando fazíamos orgia. Eu transava sempre com mais de uma camisinha e deixava cinco notas de cem e ia embora. Elas entram, e a Beatriz logo vem se jogando.

Teresa: Bom dia, Molog!

Molog: Bom dia! O que desejam?

Respondo frio, sem ao menos olhar para elas. Dou um trago no meu cigarro, e jogo a fumaça para cima.

Teresa: Como sabe, nós nos mudamos para Rocinha, porque eu havia me casado, mas o meu marido e eu tivemos algumas desavenças, e eu gostaria de saber se poderíamos voltar a morar aqui no morro.

Molog: Infelizmente, não tem como, porque não temos mais casas disponíveis. Todas estão ocupadas.

Beatriz: Poderíamos ficar na sua casa... Eu pago pela hospedagem...

Nesse momento, ela caminha até mim, e tenta acariciar o meu peitoral, e bem no momento que eu me afasto dela, a Winnie entra. Ela para na porta e cruza os braços. Eu me levanto, e vou até ela, dando um longo selinho.

Molog: Por que não me avisou que viria?

Winnie: Quis te fazer uma surpresa. Não gostou?

Molog: Pelo contrário, gatinha. Sabe que, eu amo tudo o que vem de você!

Dou um sorriso, e segurando o seu queixo, dou vários selinhos nela. Por um momento, me esqueço completamente da presença das três, mas a Beatriz têmpera a garganta e olhamos para ela.

Beatriz: Não vai nos apresentar, Molog?

Winnie: Sou a Winnie, esposa do Molog. E vocês?

Quando ouço ela dizer que é a minha esposa, eu comemoro interiormente, e sinto vontade de pular de alegria, dando vários socos no ar. Porém, eu prefiro me conter, até porque, do jeito que a Winnie está olhando para a Beatriz, é capaz de sobrar até pra mim, que estou de laranja na situação.

Beatriz: Mulher? Isso sim que é uma surpresa! Nunca pensei que viveria para ver o Molog tendo uma mulher. Ele nunca foi de assumir ninguém, de beijar na boca. Estou de fato muito surpresa.

Winnie: Deixa eu adivinhar... Você é mais uma que tinha a esperanças de que fosse ganhar um beijo dele, que fosse assumida e tudo mais, não é? Pela sua frustração, eu percebi.

Nesse momento, o meu vapor me dá um toque, e eu preciso ir ver o que aconteceu. Acabo saindo da salinha, indo até a porta, quando ouço a conversa delas.

Beatriz: Não se iluda, queridinha. O Molog está acostumado a comer várias. Sabia que, o seu marido vivia em orgias? Isso mesmo! Ele vivia fazendo menáge, orgias, fødendo com uma aqui, com a outra ali. A única diferença, é que você é uma carne nova e pelo teu sotaque, me arrisco a dizer que você é uma gringa, não é? Tome cuidado, porque você pode ganhar uma galha bem bonita, e olha... se o Molog quiser, eu serei a primeira a abrir as pernas. Afinal, eu estou solteira, e ele vai acabar me colocando dentro da casa dele, só para facilitar o meu serviço.

Quando eu penso em entrar e dar um tiro no cara da Beatriz, eu paro para ouvir a resposta da Winnie.

Winnie: Nossa! Quis me surpreender com o passado do Molog? Não deu certo. Ele pode ter vivido a vida dele como ele bem entendeu no passado, porque ele estava solteiro, eu estava solteira, e nós não nos conhecíamos. É uma pena que você precise tentar usar isso, para tentar me deixar para baixo. Sabe qual é a diferença entre nós duas? É que eu tenho postura, e sei me dar o respeito! Concordo que você seja solteira, que faz o que quer da sua vida, mas só não reclame, quando a vida lhe cobrar. Eu sou gringa sim, mas não foi por isso que ele me escolheu. Ele me escolheu, porque temos conexão, sabemos conversar, sabemos nos entender, e te confessar uma coisa... nossos momentos são os melhores! Enquanto você tenta me atingir, eu estou vivendo tudo aquilo que um dia, você achou que viveria. Não pense que me atinge com isso, porque terá que comer muito arroz com feijão, e ter muita postura. Ah, é outra... pode até tentar dar em cima dele. Se ele lhe der moral, ele é todo seu. Mas, se não, eu vou desfigurar essa merdå que você chama de cara!

Molog: Pode arregaçar lindo a cara dela, meu amor. Eu não tenho um pingo de interesse nela.

Dou um sorriso, e a Winnie pega a Beatriz pelos cabelos, e sai a puxar até a saída da boca. Ela a joga no chão, e sem dizer nada, entra novamente. Como eu não sou besta, entro logo atrás para não dar ruim pra mim.

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