Capítulo XIII

...Molog...🔥...

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A noite chega, e o Brian decidiu ir dormir. A Winnie e eu o colocamos na cama, e ficamos com ele, até ele conseguir dormi. O Brian é um garoto corajoso, eu estou orgulhoso dele, porque mesmo com tudo o que ele passou, ele tá dormindo sozinho por escolha própria. Voltamos para o nosso quarto, e nos deitamos na cama.

Winnie: Lindo, como vão fazer para resgatar as moças presas no bordel?

Molog: Nós vamos estudar o local o mais rápido possível, para depois, entregar lá para resgatarmos todos eles. É necessário primeiro saber tudo o que acontece lá dentro, quantas pessoas ainda estão lá, porque, com toda a certeza, lá é muito pior do que existia no morro, e a situação é muito precária. Temos que ver se alguém infelizmente morreu, se traficaram alguém para o exterior.

Winnie: Eu entendo, meu bem. E, de verdade, eu torço para que todas as moças e crianças ainda estejam lá, para que possam ser resgatadas e terem um novo recomeço. Eu quero participar dessa missão.

Molog: Essa, é uma missão muito perigosa! Não sabemos o que vamos encontrar por lá, minha linda. Eu não posso lhe arriscar desse jeito.

Winnie: Por favor, meu amor! — Ela faz biquinho. — Eu quero ir... eu não vou ficar bem, nem dormi em paz, sabendo que existem pessoas nessa situação, sabendo que eu posso fazer algo para poder ajudar.

Molog: Hum... se me chamar de amar, e fazer esse biquinho lindo, sou capaz de colocar o mundo inteiro aos seus pés!

Dou um sorriso, jogando o cabelo dela para o lado. Passo a mão na nuca dela, passando os meus dedos entre o seu cabelo, e segurando, dou início a um beijo lento, carinhoso, acariciando a nuca dela. Finalizo com alguns beijinhos, e ela sorri, acariciando o meu rosto.

Winnie: Bom saber disso! Mas, eu não quero o mundo. Tendo você ao meu lado, os meus dias são melhores, mais agradáveis.

Molog: Posso dizer o mesmo! A melhor coisa, está sendo saber que eu vou chegar em casa, e terei a mulher mais bela do mundo, esperando por mim.

Ela dá um sorriso, e me dá vários selinhos.

Winnie: Eu posso ir? Por favorzinho...

Molog: Vou pensar no teu caso.

Finjo estar pensando, e ela me olha, fazendo novamente biquinho, e cruza os braços.

Winnie: Eu tenho um bom motivo pra que me leve contigo nessa missão.

Molog: Estou ouvindo...

Winnie: Bom... tem a ver com um dos motivos de eu ter vindo parar aqui no morro. Esse é um assunto delicado, e eu espero que o seu ponto de vista sobre mim não mude.

Dou um sorriso, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, a abraço, e fico acariciando os cabelos dela, enquanto espero ela começar a falar, para poder ouvi-lá com atenção.

Winnie: Como eu já havia dito antes, o meu pai é um sheik, e a minha mãe, é uma prostituta. Tudo o que eu sei sobre ela, é que ela é de uma boa família, que nunca precisou se prostituir e só fez isso, porque é uma mulher gananciosa, que escolheu ganhar a vida de um modo fácil, ganhando somente se deitando com homens. Eu cresci com o meu pai, mas nunca recebi o amor dele. Ele nunca cuidou de mim, e desde muito cedo, me deixou sobre a responsabilidade dos funcionários da casa. Fui criada pela minha babá, a Celina. Eu sempre fui apaixonada por artes marciais, e para suprir a falta que o meu pai fazia na minha vida, passei a praticar artes marciais, como judô, karatê e krav magá. Quando completei dezoito anos, conheci uma pessoa. Ele parecia ser um homem carinhoso, amoroso, super cavalheiro, que sempre me levava para jantar, e aos poucos, ele foi me incentivando a me entregar para ele, e no fundo, dentro de mim, algo me dizia que não era a hora, mas ele sempre estava insistindo. Um dia, tivemos uma discussão muito séria, e foi onde ele começou a se revelar. Ele levantou a mão pra mim, e veio o primeiro tapa. Como eu não ia apanhar calada, revidei os tapas, entramos em luta corporal, e numa distração que eu tive, ele me apagou num mata leão, e quando acordei, estava num bordel. O meu pai havia pago esse homem para me seduzir, e a intenção dele era me levar para a cama, me prender nesse bordel, e o meu pai diria que eu morri. Porém, como eu não quis me entregar, me prenderam num bordel, onde fui espancada pelo meu pai, por esse maldito, e por dois seguranças, onde fui estuprada por todos, menos pelo meu pai. Quando eu me recuperei de todos os meus ferimentos, me prepararam para minha primeira noite como prostituta, mas em todos os dias que eu passei presa, fiquei pensando no que eu poderia fazer para sair dali. No dia marcado, eu me arrumei como pediram, e esperei tudo começar. Nos dias que antecederam a minha vingança, comecei a andar pelo local durante a noite, e consegui me aliar a um dos seguranças de lá. Ele também queria vingança pela morte da moça por quem ele era apaixonado, e então, ele me ajudou a fazer um recomecimento melhor do lugar, me mostrando todas as saídas escondidas, e o local onde todo o armamento era guardado. Para a minha sorte, um novo carregamento havia sido levado para lá, porém, não havia sido conferido. Eu peguei algumas adagas, pistolas, munição, e uma metralhadora. Deixei tudo muito bem escondido no meu quarto. Antes que eu saísse com o primeiro cliente, o segurança ativou o alarme de incêndio, e uma correria muito grande começou. Conseguimos naquele dia, um pouco mais cedo, a contribuição de mais seguranças, já que a maioria ali queria vingança por algum motivo, e então, eles ajudaram as moças a evacuar o local por uma saída, enquanto os lucros colocaram, levaram os clientes por outra saída, que já verdade, dava acesso a uma sala. O meu pai não estava lá naquele dia, somente o desgraçado o Murilo, e os seguranças. Os seguranças foram os primeiros que tive o meu acerto de contas. Eu consegui acerta-lós, amarra-lós e arranquei o pau deles fora, fervi na água quente e os fiz comer. Quando chegou a fez do maldito Murilo, fiz questão de abrir o seu peito, só para ver o coração dele parando de bater. Voltei para casa, e estava disposta a matar o meu pai naquela manhã, mas eu não poderia fazer isso. Tinha que ir com calma, com muita cautela, e fui juntando provas contra ele. Estar dentro de casa, me deu acesso a novas pistas sobre bordeis clandestinos, que junto com a equipe de seguranças daquele local, que hoje trabalham para mim, fomos desativando um por um, até acabar com todo o esquema do meu pai. Até hoje, ele busca pelas pessoas que fizeram isso, mas só chegou perto de pistas falsas. Trabalhei também fazendo justiça por mulheres que sofrem violência, matando os maridos covardes, estupradores, dando as vítimas e sua família, a certeza de que aquele monstro nunca mais voltará. Mas, mesmo sem saber de tudo o que eu fiz, o meu pai quer me matar. Quer me matar, porque ele simplesmente me odeia. Quem conheceu a minha mãe, diz que eu me pareço muito com ela, e é esse o motivo da raiva do meu pai. Na noite em que o meu tio me salvou, mataram a minha babá. Eu queria morrer naquele dia, sabe? Eu vi uma arma apontada para mim, e esperei aquele disparo, mas não veio, porque o meu tio chegou bem na hora. Cremamos o corpo da minha Lina, e vim para cá. O meu pai, que estava viajando no dia, foi o mandante do ataque, que era para me matar. Então, o meu tio, que descobriu em coma da hora o que aconteceria, chegou a tempo de evitar a minha morte, forjando uma, para que eu pudesse ficar aqui e me preparar para a minha vingança.

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