Refúgio No Morro Do Amor

Refúgio No Morro Do Amor

Capítulo I

Salve, família! Eu me chamo Alerrandro, e tenho 26 anos. Há oito anos, eu assumi o comando do Complexo do Lins, ou como muitos conhecem, o morro do amor. Todos aqui, me conhecem como Molog. O motivo? Nem eu mesmo sei. Ganhei esse vulgo, quando eu ainda era olheiro.

Eu não herdei o morro, por ser filho do antigo dono. Eu herdei o morro, porque eu matei o dono do morro, mesmo sendo o seu gerente geral. O motivo? Simples. O filho da putå começou a cercar a minha irmã, que na época, tinha somente quinze anos.

Até hoje, existe quem defende ele e diz que, eu o matei por nada. Eu queria vez, se fosse uma filha, uma prima, uma sobrinha, uma neta, de qualquer um dessss filhos da putå, que tivessem sido estupradas. Ele foi rodando aos poucos. Foi cercando aos poucos, com presentes, com elogios, e a minha irmã, sempre muito na dela, muito caseira, muito reservada, foi dando espaço para ele, acreditando que, poderia confiar nele, por ele ser dono do morro, e muito chegado a mim. Sim, chegado. Eu tinha o filho da putå como meu amigo. Basicamente, como um pai. Ele fortaleceu grandão mesmo, mas, a partir do momento, que ele vacilou e fez isso, eu matei sem dó. Fiz a cabeça dele rolar morro abaixo. Mas, antes disso, eu amarrei ele de cabeça pra baixo, e o matei como se mata um porco.

Aqui no meu morro, eu quem mando. Aqui, ou a pessoa anda na linha, ou vai pro forno. Não tem um segundo aviso. Eu comando a punhos de ferro. Sem brecha, sem dar bobeira. Já tentaram tomar o meu morro por diversas vezes, mas nunca conseguiram. Fiz do meu morro, uma verdadeiro muralha. Quem tenta subir aqui, toma balaço antes mesmo, que chegue na barreira. As mulheres da minha vida, são minha vó e a minha irmã. A minha "mãe", sumiu na lapa do mundo, me deixando com seis anos e minha irmã, com três.

A minha vó quem cuidou de nós dois com muito sufoco. Aos trancos e barrancos. Acordando as 4:30 da manhã, indo tramapar como feirante. Muita das vezes, mentia que já tinha comido na rua, ou que não queria comer, porque só dava para alimentar a mim e a minha irmã. Eu jurei que eu ia dar uma vida melhor pra elas duas, e que a elas, eu iria dedicar a minha vida.

Até tentei trabalhar honestamente, tá ligado? Tentei montar minha banca de verduras, mas os ficais tinham o prazer de derrubar tudo, e me humilharem na frente de todo mundo. Eu até tentei, mas como sempre, todo mundo sempre olhou todo, cuspindo na minha cara, fechando as portas pra mim. Um dia, um amigo da mesma idade, me fez um convite. Ele me convidou para entrar com ele no movimento. Eu pensei muito, e no dia em que eu iria dar a resposta para ele, foi bem no dia que a minha vó descobriu o começo de uma úlcera.

Eu aceitei entrar no movimento, e fui juntando dinheiro com minha irmã, que começou a trampar como manicure, e pagamos o tratamento dela. As duas de fato, ficaram decepcionadas comigo, mas compreenderam. Sei que não se orgulham do bandido que eu me tornei, mas se orgulham de mim, pela pessoa que sou para elas. Dentro de casa, no nosso santuário, o Molog não existe. Ele fica da porta para fora.

Eu respeito as duas. Eu vivo para as duas. Eu nunca namorei. Beijar na boca? Nem lembro quando foi a última vez. Eu transo com várias. Muitas, eu passo e elas já abrem as pernas pra mim. Eu como em qualquer lugar, pago pelo serviço, e tudo fica por lá. Não levo para casa. Não durmo. Não apresento para a minha família. Elas me cobram um casamento, filhos, e dizem que, preciso de alguém. Porém, estou muito bem assim.

Acordo cedo, como de costume. Vou para a boca, onde eu começo a embalar a mercadoria, e com a ajuda do meu melhor amigo e gg, Lampião, vamos rotulando tudo. Quando são 8:30 da manhã, já temos mercadorias novas. Distribuo para todos os vapores, e fico na barreira de bobeira. Vejo a Thalia passando, e como de costume, basta dá um sorriso de lado, que ela entende o recado. Arrasto ela para um barraco qualquer, e após uma bela mamada e comer a putå em todas as posições possíveis, jogo cinco notas de cem, e saio de lá sem olhar pra trás.

Assim que volto para a barreira, vejo um gangster com quem tenho negócios, na entrads do morro. Ele está com alguém no carro, mas consigo somente ver que é uma mulher. O que será que esse cara quer?!

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Comments

Jucilene Barbosa

Jucilene Barbosa

affs vida 🤤🤤

2023-05-05

3

Joiciene Rodrigues

Joiciene Rodrigues

Aff vida 😏🤭

2023-04-25

3

Nayara Gomes

Nayara Gomes

Molog abençoado viu 😛😻

2023-04-13

2

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