Capítulo X

...Molog🔥...

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Amanhece e logo, sinto um perfume gostoso, um peso no meu peitoral e um braço em volta da minha cintura. Quando abro os olhos, dou um sorriso ao ver a minha Afrodite dormindo tranquilamente. Eu me lembro do que aconteceu, e dou um sorriso bobo, ao me lembrar de cada olhar, cada toque, cada beijo, cada instante. Eu nunca senti tanto desejo, tanto prazer em toda a minha vida. Ver o seu rostinho lindo completamente vermelho pelo prazer, o seu corpo escultural, tê-lá totalmente entregue a mim, gemendo o meu nome de um jeito sexy e manhoso, foi de fato, sobrenatural. Se antes, eu já tinha certeza, agora eu tenho em dobro: essa mulher é minha!

Passo um tempo admirando o seu sono, quando sinto a se mexendo, e por fim, ela abre os olhos. Ela olha para mim, e dá um sorriso lindo.

Winnie: Bom dia! — Ela me dá um selinho.

Molog: Bom dia, minha princesa! Dormiu bem?

Winnie: Perfeitamente bem! E você?

Molog: Como não dormia há tempos!

Ela dá outro sorriso e me abraça, acariciando o meu rosto, enquanto eu vou acariciando o seu braço com a ponta dos meus dedos. É um bagulho estranho, mas é bom ao mesmo tempo, sabe? Eu nunca acordei ao lado de uma mulher, eu nunca dormi com uma mulher. Nunca passou de uma transa, e pronto. Era um pente e rala, sem sentimento. E, agora, eu estou aqui deitado com uma mulher que mal chegou na minha vida, e eu a desejo mais que tudo, tendo uma noite incrível, acordando com a visão do verdadeiro paraíso. O mundo é muito louco mesmo!

Winnie: Onde aqueles dois estão?

Molog: Estão na boca. Por que? Vai me dizer que quer ver os dois?

Winnie: Eu quero. Quero dar um pouco do que merecem.

Molog: Tudo bem, é um direito seu. Só não acredito que seja algo para os seus lindos olhos.

Ela me olha fazendo boquinho, dá risada, negando com a cabeça, me fazendo dar risada.

Winnie: Eu quero ir mesmo assim...

Ela brinca com a minha correntinha, e me puxa para um beijo. Vou beijando a sua boca, que é como um verdadeiro vício para mim, enquanto vou acariciando as suas costas, subindo a mão para a sua nuca, onde passo os meus dedos e prendo-os entre os meus cabelos. Quando nós nos separamos por falta de ar, ouço o meu radinho apitando, me avisando que o Barão, Jordan, e Cocar já estão lá embaixo.

A Winnie vai tomar banho, enquanto eu faço a minha higiene matinal. Quando ela sai do banheiro, eu já estou de colete, pronto para poder ir à missão. Ela foi adiada, porque o filho da putä do Tatá quis dar uma de machão. Os meninos não queriam que eu fosse, porque queriam que eu ficasse aqui no morro, cuidando no Tatá. Mas, eu decidi ir, e vou deixar o morro nas mãos do Lampião, e quanto ao Tatá e ao Vitin, os meninos vão ter tempo para brincar um pouco mais.

A minha vó me dá sua benção, dou um beijo na Amarílis e para a minha surpresa e também, felicidade, a Winnie se joga nos meus braços e me dá um selinho demorado, seguido de vários selinhos, e a minha vó com a Amarílis comemoram. Saio de casa, e encontro com eles na boca. Repassamos toda a nossa estratégia, e seguimos rumo ao morro do Caveira. Alguns vapores vão de carro, outros de moto, e assim, chegamos no lugar. Vamos atacar durante o dia mesmo, porque eu gosto disso. Dessa adrenalina, e quero o Caveira olhando bem cara mim, quando eu tomar essa maldito morro, e me vingar dele. Esse safado vai aprender a não passar pano pra vacilão.

Deixamos que os fogueteiros avisem sobre a invasão, e eu dou um sorriso de canto, super feliz por terem começado a brincadeira. Começamos a avançar, e em menos de uma hora, conseguimos passar da barreira. O Barão veio comigo na linha de frente, enquanto o Cocar, e o Jordan atacam lados, onde ficam as outras saídas do morro, deixando o Caveira totalmente acuado.

Assim que eu passo da barricata, eu vou atirando, derrubando mais e mais vapores, até que eu chego na casa do Caveira. Derrubo os vapores que estão de guarda na contenção, e meto o pé na porta. Assim que eu abro a porta, eu coloco a mão no nariz. O cheiro é podre, e muito forte. Logo que eu entro na casa, eu dou de cara com um corpo sentado na sala, com a garganta cortada e os olhos arregalados. É impossível dizer que é, porque já está em estado de putrefação. Como que ficam com um cadáver morto? Ainda mais nesse estado! O rosto da pessoa é um impossível de se reconhecer, então suponho que ele está aqui há umas quatro semana. Quem fica com um cadáver um mês inteiro dentro de casa? Será que é a mulher dele? Ouço um choro vindo do andar de cima, e eu subo para de onde ele vem. Assim que eu entro no quarto, vejo uma mulher, acorrentada pelo pescoço, pedindo socorro.

Assim que eu me aproximo, noto o grande corte no seu rosto, e queimaduras por todo o seu corpo.

Mulher: Por favor... onde é que está a minha filha?

Molog: Quem é a filha da senhora?

Mulher: A Andrezza. Ela era amante do Caveira. A última vez que eu ouvi a voz da minha filha, foi há um mês atrás, quando ele e a mulher dele nos trouxeram para cá. Ele matou a minha menina, não matou?

Ela pergunta, completamente abalada, com lágrimas nos olhos, e o meu coração dói pelo seu estado e por ver ao seu lado, potes de ração para cachorro e um pouco de água. Eu abraço aquela senhora, pois sei que é disso que ela precisa nesse momento. Chamo alguns vapores no radinho, e peço para que eles venham até a casa e retirem o corpo. Pedi o mais longe possível da senhora, porque não sei como dizer á ela, que o corpo da filha dela estava lá embaixo, completamente irreconhecível. Com toda certeza, fizeram uma tortura muito pior do que a física nessa senhora. Vetaram muito bem para que ela não sentisse o cheiro do corpo, e deixram essa pobre coitada se perguntando se a filha dela morreu, ou está viva. Ah, Caveira, Caveira. Quando eu lhe pegar, eu vou fazer você pagar por tudo. Se prepara, porque eu tô mais perto que nuca.

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