Capítulo VIII

Levamos o Tatá e o Vitinho para o morro. Eles foram no carro com os meus vapores, enquanto eu deixei as meninas em casa. Volto para a boca, onde os dois estão amarrados. O Tatá ainda não acordou. Trato logo de acordar, porque isso aqui não é a disneylandia e esse filho da putå já dormiu demais.

Tatá: O que?! Me solta, porrå! Me solta, ou vai dar ruim pro teu lado. Vai ficar assim por causa de uma putå que tu tá comendo? Pelo que eu saiba, você nunca se importou em dividir.

Nesse momento, eu perco todo o meu autocontrole. Dou vários socos no rosto dele, e aperto o pescoço dele.

Molog: Filho da putå! O que eu fazia ou não, nunca foi da sua conta! Se ela estava comigo, ou mesmo que tivesse sozinha, e dissesse que não, o seu dever era respeitar isso. Mas, não. Se acha o føda, no direito de desrespeitar toda a mulher. Já que os dois, se acham tão superiores assim, nada mais justo de que provem do próprio veneno.

Tatá: O Caveira não vai gostar nada disso. Se você me matar, o Caveira vai te procurar até no inferno.

Molog: Sério?! Não me diga!

Dou um sorriso de lado, e olho para os vapores, que estão entrando com o mesmo vestido que a Winnie estava vestida. Eu vou ter que dar um vestido novo para ela, mas será por uma boa causa. Os vapores começam a dar risada ao verem as perucas, e os dois logo se desesperam.

Molog: Podem arrumar os dois. Quero as duas bem lindas, charmosas e atraentes. Roupa não é convite? Então. Vamos deixar as duas bem convidativas, porque a noite será longa! As duas são todas de vocês, meninos. Usem e abusem da criatividade, porque o convite está sensacional!

Dou risada e saio da salinha, deixando os dois aos berros. Sigo para casa, onde estão as mulheres da minha vida. Assim que eu chego em casa, dou de cara com a minha irmã, e a Winnie sentadas na sala e a Nanãe na cozinha.

Amarílis: Como foi lá?

Molog: Deu tudo certo. Não tem com o que se preocupar. Tá tudo bem agora. Eles vão aprender uma bela lição antes de irem direto pro inferno.

Olho para a Winnie, que agora está com uma camisola preta e um robe. Ela está com um coque despojado nos cabelos. Ela está ainda mais linda! Quando nossos olhares se cruzam, logo sinto um calor gostoso percorrer todo o meu corpo, provocando um choque térmico pelo frio na barriga. Ela sabe como me deixar encantado e ao mesmo tempo, completamente desconcertado.

Molog: Me desculpa pelo seu vestido, Winnie. Prometo que vou lhe dar outro. — Dou um sorriso.

Winnie: Está tudo bem! Não precisa se preocupar com isso.

Ela retribui o sorriso e putå que pariu. Sério mesmo que, essa mina vai resetar todo o meu sistema a todo momento que ela sorri? Por que ela tem que ser tão linda assim? Por que ela tem que ter todo esse charme? Por que o seu olho tem que ser tão intenso e tão lindo? Dizem que, os olhos são o espelho da nossa alma. Eu não acreditava nisso, até olhar nos olhos dela. Essa mulher é totalmente diferente de todas que eu já conheci. Eu não tenho dúvidas que eu quero. Isso não é papo de moleque emocionado, tá ligado? Isso é papo de homem mesmo. Com ela, tô querendo um bagulho diferente. Uma coisa mais séria.

Sem que eu perceba, a Nanãe e a Amarílis vão saindo de fininho, enquanto o meu olhar ainda está conectado ao da Winnie. Quando me dou por mim, estamos sozinhos na sala. Dou um sorriso de canto, e nesse momento, vou me aproximando dele. Para a minha surpresa/felicidade, ela me abraça e eu dou um beijo na sua testa. Nesse momento, ouvimos o barulho de um trovão e logo, ouvimos o barulho da chuva, que começa a cair lá fora.

Winnie: Vamos nos deitar?

Molog: Vamos lá.

Dou um sorriso e segurando a minha mão, ela vai na minha frente e eu a sigo, completamente hipnotizado pela sua beleza, e pelo seu perfume. Assim que chegamos no quarto, a deixo deitada, e vou tomar uma ducha. Saio do chuveiro enrolado numa toalha e no closet, coloco uma calça de moletom e uma camiseta.

Winnie: O tempo esfriou bastante. Nem pense que vai dormi no sofá! Tem espaço de sobra aqui na cama.

Ergo a sobrancelha e dou risada. Vou até a cama, e me deito ao seu lado. Ela deixa o livro em cima da comoda, e se vira de lado, e ficamos olhando um para o outro, até que vou me aproximando. Sinto o meu hálito quente e refrescante junto ao meu rosto, e coloco uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Deslizo os meus dedos para o seu rosto, onde vou acariciando, e apreciando a sua beleza e pele macia. Ela me dá um sorriso, e segurando suavemente o seu queixo, dou início a um beijo lento.

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