Capítulo VII

...Molog...🔥...

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O clima tava massa. A Winnie foi o meu melhor calmante. Sem dizer muitas coisas, bastou somente ficar ao meu lado, para que eu me sentisse em paz. Incrível como ela levou todos os sentimentos negativos para bem longe.

O motivo de eu odiar o maldito do Tatá? Porque, ele ficou revoltado, porque eu matei o miserável do Peixe. Ele ainda alegou que, o Peixe fez o que fez, porque a minha irmã no dia em que o Peixe abusou dela, estava com um vestido vermelho, colado, dando essa entrada e depois, "fazendo cū doce". Eu ia degolar esse desgraçado vivo, mas não fiz isso, porque o pau no cū do Caveira, defende ele. Só não me cobraram a morte do Peixe, porque na hora que o burburinho começou, o Barão já se levantou logo, apontando a arma pro Tatá. O Barão, dono do Complexo do 18 é um traficante forte. O cara tem respeito de geral. Ele bateu de frente com o Peixe e nem o Caveira se meteu mais, porque sabia que era capaz de ter praticamente a facção inteira contra ele.

O Barão é meu amigo desde menorzão mesmo. Muito antes de eu entrar no movimento. Ele é meu irmão do peito. Nós dois somos porrą louca. Não somos de estarmos colados o tempo inteiro, mas quando se junta, o bagulho é sempre o mesmo. Eu me torno inimigo de um for por ele, assim como ele declarou guerra com vários morros por mim. Falando no bandido porrą doida, quando olhamos pra baixo, vejo ele subindo o morro, segurando a mão da fiel dele. Olho pro Tatá, que logo murcha ao ver o Barão subindo. O Cocar tem razão quando diz que o bicho vai pegar, porque qualquer olhadinha torta, já foi.

Barão logo chega, cumprimentando geral. A Fiel dele elogia a Winnie, que retribui o elogio, e ainda elogia a barriguinha dela, que está aparente. Tem que ser mais um garotão. Mais um herdeiro pro morro do 18, porque tem dez mil conto em jogo.

Winnie: Eu preciso ir ao banheiro...

Molog: Tudo bem. Prefere que eu vá, ou você vai com uma das meninas?

Winnie: Eu chamo uma das meninas, meu bem. Pode ficar tranquilo.

Aceno em afirmação e a minha Afrodite desce com a Brenda, porque a Amarílis já tá chamando urubu de meu lôro.

Assim que as duas somem do meu campo de visão, eu volto a prestar atenção na conversa por alguns segundos, mas logo me levanto indo até a grade, para ter uma visão melhor. Eu fico na grande, esperando elas saírem do banheiro. Tava tão focado lá embaixo, e só vi um tumulto no banheiro e um flash rápido da Brenda dando uma rasteira num homem. Olho de novo, e não pode ser. Olho pro lado e não vejo nem o Vitin, nem o Tatá. Desço com sangue nos olhos do camarote, e pulo as escadas faltando três degraus pra chegar lá embaixo.

Corro pro banheiro, vejo todo mundo focado na Brenda, que tá amassando a cara do Vitin. Quando vejo, ouço a voz do Tatá.

Tatá: Eu sei que você quer. Tira a porrą da roupa! Não me faça rasgar essa porrą.

Ouço um tapa estalando. Se foi o Tatá que bateu nela, eu vou esquartejar ele vivo. Mas, quando eu chego mais perto, vejo o Tatá de costas,com a mão no rosto, encarando a Winnie, que peita ele sem medo.

Tatá: Sua...

Antes dele terminar, eu dou um mata leão nele, pegando a pistola dele, que estava no suporte.

Molog: Ou o que, filho da putå? Não vai achando que dessa vez o Caveira vai lhe livrar da morte, porque eu lhe mando pro inferno, seu desgraçado!

Aperto ainda mais o pescoço dele, e ele bate no meu braço, tentando se soltar. Assim que eu solto, dou uma rasteira nele, e vou dando vários socos no rosto dele, e bato a cabeça dele no mármore da pia, assim que eu o levanto. Sinto vontade de matar ele aqui e agora, mas seria muito fácil. Ele vai ter o dele, e não tem Caveira, nem o próprio diabo que me impeça. Vou batendo na cara do desgraçado, quando ouço a voz do Barão logo atrás de mim.

Barão: Pode levar pro morro, que é hoje que essa desgraça vai morrer!

Assim que o Tatá desmaia, levam ele para dentro de um carro.

Cocar: O que aconteceu? A Winnie tá bem?

Winnie: Eu estou bem sim. O banheiro estava vazio, e eu vim usar enquanto a Brenda me esperava do lado de fora. Foi quando eu ouvi toda a discussão e antes que eu pudesse sair, veio esse homem, todo ousado, dizendo para eu tirar a roupa, querendo me forçar.

Girafa: Esse cara já tá é morto!

Jordan: Pode matar esse desgraçado. Pode matar, que os mortos não podem falar nada. Cê mata esse filho da putå, que nós vamos matar o Caveira.

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