capítulo 20

...Oliver Greco...

— Eu não vou te fazer mal, e sim sou amigo do Renato, mas isso não significa que irei falar que você me ajudou, além disso perdi contato com ele desde que tinha me casado. — tocar neste assunto me faz ter lembranças do acidente. — Não... Não se preocupe eu... Eu não irei... Te machucar. — minha cabeça começa a girar.

— Você está bem? — Pergunta ela e seu tom é de preocupação.

— Eu estou bem só foi uma tontura. — respondo por fim.

— Você tem que volta para cama, você não está totalmente curado. — sinto sua mão tocar em minha testa. — Você está ardendo em febre. — Ela me ajuda, a andar até a chácara, e me coloca sobre a cama. — Irei preparar, uma compressa quente, por favor não saia daí. — Súplica e eu aceno positivamente a vendo sumir cozinha adentro.

Minhas mãos tremem, tento fazer a compressa o mais rápido possível, estou preocupada, respiro fundo e vou em direção ao quarto, do pequeno chalé.

O vejo deitado na cama coberto até o pescoço, chego perto e toca em sua cabeça, ele está suando de febre, e todo seu corpo treme.

— Não... Não faça isso! — fala ele de olhos fechados, suponho que esteja delirando, coloque a compressa em sua cabeça, e fico lhe observando. — Não, você não pode fazer isso, esse filho em seu ventre carrega meu sangue. — choraminga.

Meu coração se aperta, seguro sua mão apertou com carinho. 

— Não, não, não! — Diz ele tremendo. — NÃO! — Neste momento seus olhos se abrem e passeiam perdidos pelo quarto.

— Está tudo bem! — Falo calmamente,  sua respiração se acalma mais, ele volta a encostar sua cabeça sobre a almofada. — Descanse estou aqui.

[...]

Sentada na poltrona, em minha mão segurou um livro e na outra uma xícara de café, devoro com vontade cada linha do livro em minhas mãos, desde que voltei do chalé entrei na biblioteca e não sai mais.

Ouço vozes do lado de fora mas não dou a mínima, continuo a devorar o livro, ouço a porta sendo destrancada, os passos chegam o mais perto o suficiente não preciso mover minha cabeça para saber que ele retornou.

— Não vai me dar boas vindas? — Pergunta ironicamente.

— Não preciso usar estas formalidades com o meu marido! — Mudo de página.

— Tis! — ouço de sua parte um estalo de língua como resposta.  — Estarei em meu escritório, à noite iremos receber uma visita de suma importância espero vê-la vestida a caráter. — Diz se retirando.

[...]

Olho no espelho o belo vestido preto, com rendas na manga e uma bela abertura nas pernas que chegam até a metade da coxa, me deixando com ar sexy e sofisticado.

A maquiagem era bem simples na cor nudes e marrom, algo que me deixou com um ar inocente e bela.

O penteado o mais simples possível, um coque com uma parte do cabelo de fora.

Olho-me no espelho e não reconhecendo a mulher a minha frente tudo isso para não apanhar daquele maldito, respiro fundo tentando acalmar minha raiva, em minha mente vem Oliver, preocupo-me, com ele mesmo que neste momento minha mente deva estar no jantar e mas forte que eu mesma, saio do quarto e lentamente vou descendo as escadas, vejo o Renato em meu campo de visão, ele esta usando um terno preto com uma calça social da mesma cor, a blusa por dentro e cinza com uma gravata preta com finas linhas  douradas, seu sapato social e na cor de sempre, preto. Reviro meus olhos e volto a descer as escadas até esta finalmente face a face.

 — Nada mal. — Diz com desdém na voz, típico dele. — Vamos nossos convidados estão à nossa espera. — Estende a mão e minha direção. Pego sua mão e dou lhe um sorriso meigo, mesmo não sendo verdadeiro, andamos em direção ao grande salão de jantar, lá vejo um casal de meia idade a senhora e bem elegante, ela veste um blazer branco com um vestido preto e em seus pequenos pés está um salto scarpin no mesmo tom que blazer. Já o senhor vestia um terno totalmente preto o unica coisa que destacava em sua roupa era a gravata prateada sobre a blusa social preta dentro do terno de marca na mesma cor que a blusa, a calça e o  sapato social. 

— Sejam bem vindos, Sr e Sra. Greco.  — Comprimenta os cordialmente sem soltar minha mao.

Espera, Greco, esses são os pais do oliver?

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