Capítulo 7, Conversa no estacionamento...

YASMIN...

Acordei no outro dia e depois de tomar café acompanhada do David, cada um seguiu com a sua vida. Antes de ir para o galpão, liguei para o meu pai.

YASMIN: Oi papà, buongiorno!

PAI: Buongiorno, querida, está tudo bem?

YASMIN: Sim, papà, só estou ligando pra avisar que peguei o Borges, e a ficha dele estava mais suja do que pau de galinheiro. O que nós descobrimos era só a ponta do iceberg.

PAI: Infeliz. Você já matou ele?

YASMIN: Não, estou indo pro galpão agora.

PAI: Precisa de ajuda?

YASMIN: Não, papà, tenho que começar andar com as minhas próprias pernas.

Desligo e coloco o meu capacete, os meninos vêm num carro me seguindo, como não são nem 7 da manhã ainda, eu fui devagar, queria sentir um pouco da emoção de uma manhã sem trânsito em pleno sábado. O Borges que me aguarde, não estou com pressa em matá-lo. Começo ziguezaguear a moto em meio aos poucos carros que tem pela rodovia, os meninos está à uma distância respeitosa, nem muito longe e nem muito perto, apenas o ideal para me proteger.

De longe avisto o cara do acidente (é vou chamar ele assim), subindo na moto, ele já está de capacete, só sei que é ele por conta da placa da moto. Decido fazer uma coisa, seguir ele, dar um susto e depois seguir em frente, e é isso que faço. Assim que ele começa pilotar pra longe do hospital, eu começo seguir ele, ele segue por uma parte diferente da cidade, e eu continuo no seu rastro.

YASMIN: Hora do susto.

Acelero e dou uma riscada perto dele, ele se assusta e joga a moto pro lado oposto ao meu, eu diminuo a velocidade e pego a avenida fechada.

YASMIN: Espero que depois dessa pare de me causar danos.

Começo pilotar no meu ritmo normal, pego a estrada que me leva até o galpão, mas percebo que tem uma moto me seguindo, olho pelo retrovisor e era o cara do acidente.

YASMIN: Mas que babaca, o que ele quer agora?

Mudo o trajeto e vou para o lado abandonado da cidade, ele continua me seguindo, já que ele quer me seguir, que me siga, aproveito e acabo com de uma vez. Dou seta e entro num estacionamento de um supermercado abandonado, ele vem atrás de mim e para com a moto encostada na minha, levanta a viseira e fala olhando pra mim.

DAVID(médico): Quem é você e o que quer comigo? (fico apenas encarando ele, não levanto a minha viseira, o que o faz levantar da moto tirar o capacete e vir até mim) Porque não tira o capacete, lindinha?

A minha raiva cresce quando ouço ele me chamar de lindinha, agarro sua jaqueta e jogo ele em cima da minha moto, faço uma manobra e salto de cima ficando em pé segurando ele contra o tanque.

YASMIN: Nunca mais repita essas palavras (falo entre dentes)

DAVID: Ela fala. (ele dá um sorriso de canto)

Como as minhas mãos estão ocupadas segurando ele, ele retira o meu capacete lentamente, com cuidado e delicadeza, vejo a sua pupila dilatar quando encara o meu rosto exposto, eu apenas olho bem nos seus olhos.

DAVID: Você é a garota do hospital... Por que me fez te seguir até aqui? E como sabe o meu nome?

YASMIN: Primeiro, eu não lhe devo nenhuma satisfação do que eu faço, você me seguiu até aqui porque quis. Segundo... Hmmm... Acho que não quero dizer como sei o seu nome.

DAVID: Não acha que eu deveria saber pelo menos o seu nome então? Já que não quer me dizer como sabe o meu (ele fala e levanta uma sobrancelha, escutei ele colocar o meu capacete no chão e logo depois senti as suas mãos na minha cintura)

YASMIN: Tire as suas mãos de mim.

DAVID: E se eu não quiser... A princesa vai fazer o quê?

ELE TÁ ME DESAFIANDO? Há há há, boa hora pra fazer isso, solto uma das minhas mãos que continuava na sua jaqueta e fecho em punho, dou um soco no estômago dele e ele urra de dor, o espaço entre nós e as motos é pouco, mas ainda consigo levantar ele um pouco e dar uma ajoelhada no seu pênis, ele cai de joelhos quase chorando de dor.

DAVID: Caralho Yasmin, era só pedir por favor, não precisava me castrar não, porra.

YASMIN: Como descobriu o meu nome?

DAVID: Você está em vários sites de fofoca e publicidade, rainha do suspense, e eu perguntei ao médico que me atendeu no hospital quem tinha pago a conta dos dias que fiquei lá e ele me contou. Não achei que você fosse tão violenta assim.

YASMIN: Eu disse ao doutor Breno que não queria que você soubesse quem tinha pago.

DAVID: Ele é o meu melhor amigo, Yasmin, achou mesmo que ele ia esconder isso de mim?

YASMIN: Que se dane. Você vai sobreviver do chute nas bolas.

DAVID: Eu sei, não pegou em cheio. Mas que doeu bastante, doeu.

YASMIN: Você é dramático, sabia?

DAVID: É a primeira vez que ouço isso.

Cansei de ouvir ele falar, pego o meu capacete no chão e coloco ele, David está sentado no chão encostado na própria moto.

DAVID: Você não vai me deixar aqui não.

YASMIN: Já deixei. Se vire.

Ligo a minha moto e saio de lá super rápido, ainda consegui ouvir ele gritar o meu nome, mas não quero nem saber, sigo a minha estrada e vou pra o galpão, já passou da hora do Borges morrer.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***