Capítulo 19, Preciso de você Yasmin...

DANIEL...

Depois que recebi aquela ligação, entrei o mais rápido que pude, mas parei assim que vi o Luan sentado bem próximo da Liandra, os dois estavam tão próximos que por alguns centímetros não estavam com os lábios colados. Fiquei escondido observando eles dois, lentamente o Luan levantou a mão e colocou na nuca da Liandra.

DANIEL: Isso, irmão... Atitude... (falo baixinho, de forma que eles não escutem)

Ele a puxa com cuidado pra mais perto e cola os lábios aos dela, fiz um gesto de soco no ar, comemorando. Eles ficam se beijando por um tempo, e como não quero interromper, fico apenas enrolando na cozinha, alguém minutos depois ouço risos, então vou na pontinha do pé, e vejo ele fazendo um carinho no rosto dela, com uma das mãos.

DANIEL: Aham aham, já posso voltar pra sala? (falo um pouco mais alto pra que eles se desgrudem)

LUAN: Pode hahaha

Quando entro na sala a Liandra está um pouco corada, mas ambos estão com um sorriso no rosto, fico feliz por eles dois. Me sentei com eles e olhei para a babá eletrônica, a Melinda estava acordando.

DANIEL: A minha sobrinha acordou, vou buscar ela.

Subo as escadas quase correndo, quando entro no quarto a Melinda está com os bracinhos pra cima tentando pegar nos pezinhos.

DANIEL: Oi princesa, é o titio. Vamos descer? A mamãe e o papai estavam se agarrando no sofá, acredita?

Ela começa olhar com curiosidade pra mim e dá um sorrisinho. Eu desço com ela e fico brincando enquanto os dois pombinhos se despedem, o Luan se inclina pra dar outro beijo na Liandra e eu interrompo.

DANIEL: Ei! Mais respeito, a minha sobrinha está aqui, não estão vendo?

Eles começam a rir, a Liandra pega a Melinda do meu colo e leva até o Luan pra ele se despedir dela, que solta umas risadinhas fofas. Peço a meu motorista pra levar ela em casa, pois já está um pouco tarde e não quero que nada aconteça com a minha cunhada, muito menos depois daquela ligação. Depois que ela foi embora eu levei o Luan pro quarto, dei um banho nele e o coloquei na cama, não comentei sobre a ameaça, não quero preocupar ele, quando voltei do closet já de moletom, ele estava com um sorriso incrível no rosto.

LUAN: Será que isso é está apaixonado?

DANIEL: Você acha? Eu tenho certeza, irmão. E o que mais desejo é que vocês sejam muito felizes. Nunca me senti tão bem, e tão feliz como me senti hoje vendo você sorrir ao lado da Liandra. Confesso que até mesmo o beijo de vocês achei fofo, e fiquei feliz.

LUAN: Eu sabia que você estava vendo hahaha

DANIEL: Foi sem querer.

LUAN: Sei que não foi, mas não me importo. Estou feliz demais pra discutir com você.

DANIEL: Hora de dormir, Luan.

Ele sorri e fecha os olhos, em poucos minutos vejo a sua respiração mais tranquila, me levanto e vou até a varanda do quarto, saio e fico com os braços apoiados no parapeito, começo olhar para o céu limpo, cheio de estrelas, e nem sinal de nuvens, está um clima agradável, um tempo aqui, só sentindo a brisa noturna beijar o meu rosto, depois que entro, apago, sou embalado num sono profundo. Como tive várias horas extras na semana passada, ganhei um dia de folga, escolhi hoje, segunda, então só vou trabalhar na terça.

DANIEL: Luan, já estou indo, o Natan falou que vai chegar um pouquinho mais tarde hoje, mas a Vivian já está na sala de vocês. Tchau. Estarei aqui na hora do jantar.

Saio de casa, hoje vou no carro, pensei em pedir para o segurança me acompanhar, estou com medo, mas preferi deixar quieto. Vou o meu caminho inteiro, com bastante cautela, nunca dirigi tão dentro das normas de trânsito como hoje, chego no hospital e depois de cumprimentar algumas pessoas, fui até minha sala, ao que parece hoje não tenho cirurgias para fazer, apenas algumas altas para assinar, e uns pacientes para visitar, então fico no meu escritório até perto do horário do almoço quando recebo uma visita.

DANIEL: Oi Yasmin, aconteceu alguma coisa?

YASMIN: Oi... Comigo está tudo bem, não se preocupe. Está muito ocupado?

DANIEL: Estava só analisando alguns prontuários, mas pode dizer o que precisa... (percebo que ela está nervosa, e pelo que conheço dela, nos dois encontros que tivemos, ela não é uma mulher que fica nervosa, ela é confiante, decidida e determinada, logo percebo que tem algo errado com ela)

Ela começa a falar e enquanto ela fala, sinto um misto de emoções me invadir, primeiro senti raiva, mas agora... Estou com medo, percebo que ela está olhando pra mim, esperando uma resposta, como não digo nada, ela deixa um cartão em cima da mesa e levanta de onde está sentada. Não posso deixar ela ir embora, se ela é realmente uma pessoa confiável, se luta para trazer paz e justica a quem necessita, então ela é a minha única esperança, o que digo sai quase por conta de própria.

DANIEL: Recebi uma ligação ontem, fui ameaçado de morte...

Digo de uma vez, vejo que essas palavras causaram um impacto nela, por que paralisa com a mão ainda próxima à maçaneta da porta. Me levanto de onde estou e vou até ela, seguro em uma das suas mãos e a outra, passo por seu rosto, procuro os seus olhos e quando eles encontram os meus eu falo quase suplicando.

DANIEL: Não vá... Preciso da sua ajuda... Não posso perder o meu irmão... Ele é tudo na minha vida... Por favor... Me ajude...

Vejo uma lágrima solitária escorrer no canto do seu olho, e não sei se fiz ou falei algo errado, não consigo pensar direito, o meu coração está acelerado, e sei que não é de medo dela, não é medo de confiar a segurança do meu irmão nas mãos dela, é outra coisa.

DANIEL: Vai me ajudar? Por favor, eu imploro... Não tenho medo de você, tenho medo do que possam fazer com o meu irmão para me atingir... Preciso de você Yasmin.

Ela olha no fundo dos meus olhos e não sei o que encontra neles, mas ela fica na ponta dos pés e me beija, passa os barcos ao redor do meu pescoço para se equilibrar melhor e pede passagem com a língua para explorar a minha boca. Eu cedi, cedi e aprofundei nosso beijo, me lembro que as câmeras estão de alguma forma sem funcionar, ou seja, lá o que ela tenha feito, então a pego no colo e a coloco em cima da mesa, nos separamos por 3 segundos para recuperar o fôlego e voltamos a nos beijar com ainda mais agilidade.

DANIEL: Yasmin... O que estamos fazendo?

YASMIN: Eu não sei, Dani... Mas não quero parar (ela me puxa ainda mais pra si, enroscando as pernas na minha cintura)

DANIEL: Alguém pode abrir a porta...

YASMIN: Deixei um segurança lá fora, ninguém entra sem a minha permissão.

Olho pra ela estático, e volto a atacar a sua boca, pronto, viciei. Já era.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***