Capítulo 5, Só pode ser brincadeira...

PERSONAGENS:

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VOLTANDO A HISTÓRIA ;)

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Ver a surpresa estampada no rosto do meu irmão foi engraçado, mas não liguei, afinal, não tenho nada com o doutor David. Chegamos em casa e enquanto ele foi para quarto dele, eu fui procurar o papà, encontrei ele na piscina com a minha mãe, depois que assumi a empresa, eles não querem saber de outra coisa que não seja ficar em casa se amando.

PAI: Oi filha, já está em casa essa hora? Aconteceu alguma coisa?

YASMIN: Fui com o Nick na consulta dele, e fiquei com preguiça pra voltar.

MÃE: E como foi?

YASMIN: Ele está com uma pequena melhora. Pai...

PAI: O que foi querida?

YASMIN: Consegui o restante das provas que precisávamos pra acabar com o Borges.

PAI: Sério?

YASMIN: Sim, o Jeremiah me ajudou, ele é o novo contratado da área administrativa.

MÃE: Eu sempre soube que aquele homem não era de confiança.

YASMIN: Nunca gostei dele também. Bom, estou indo pra o meu quarto, acho que vou me mudar de vez pra o meu apartamento.

MÃE: Que apartamento?

YASMIN: Não colou, mãe. Tanto eu quanto os meus irmãos sabemos que vocês dois sabem do nosso esconderijo, o Maicon é meio que bem ruim em se esconder.

PAI: Achamos que vocês não sabiam, foi bom enquanto durou.

YASMIN: Só queríamos privacidade por um tempo, pai, somos todos crescidos, e as vezes vocês dois sufocam a gente.

MÃE: Isso é o que os pais fazem, meu amor.

YASMIN: Eu sei, por isso só agora revelei que sabemos. Já que estou indo pra meu quarto, vou entrar nos dados bancários do Borges e pegar nosso dinheiro de volta.

PAI: Mande para a instituição.

YASMIN: Pai... São quase 3 milhões.

PAI: Eu sei, mas mesmo assim, a instituição está precisando de umas reformas, e estou pensando em abrir outra.

YASMIN: O.k.

Subo pra o meu quarto e faço o que o meu pai mandou, transfiro todo o dinheiro para a instituição, ah! deixa eu explicar que instituição é essa, bom, uns anos atrás, a minha vó e a minha mãe, infelizmente sofreram estupro, e assim como muitas mulheres, elas duas perderam um pedaço de si mesma. A minha vó, foi a vida, e a minha mãe... Um filho, e como o meu pai abomina esse ato, ele resolveu abrir um centro de apoio e proteção para mulheres, jovens e meninas, que passam ou passaram por isso. Quem cuida de boa parte das coisas é a minha mãe e a minha tia Suelen, eu acho essa atitude do meu pai, muito nobre, dar uma segunda chance de vida a quem teve sua vida roubada... Muitas vezes paro e penso que eles fazem isso para tentar limpar o sangue mafioso que corre nas veias, mas me arrependo desse pensamento no momento em que tento imaginar o quão deve ter sido devastador para eles dois saberem que perderam um filho por conta de um monstro, e também penso em todas as mulheres que não tem como se defender ou perdem a vontade de viver depois do que passam.

YASMIN: Agora deixa eu arrumar as minhas coisas.

Começo pegando umas roupas, não pego todas, deixo algumas aqui, terminei enchendo 3 malas, e mais uma com calçados, desço todas as malas e levo para o meu carro, queria ir de moto, mas como não tem como levar as malas na garupa, o jeito é ir no carro. O meu segurança e o motorista vieram comigo, dois carrapatos. Fui o caminho todo abrindo, lendo e respondendo e-mails, em determinado ponto da estrada, uma moto passa de raspão no meu carro e acaba arranhando.

YASMIN: Era só o que me faltava (paramos num sinal vermelho e o cara da moto para ao nosso lado, fico analisando ele e quando o sinal abre eu leio a placa do moto e entro no app de hackeamento) Vamos ver quem é você, seu cretino.

Faço todas as pesquisas necessárias e em poucos minutos descubro, fico cheia de raiva quando o nome da pessoa aparece na tela.

YASMIN: Só pode ser brincadeira com a minha cara, Deus. Sério?

SEGURANÇA: Está tudo bem, senhorita?

YASMIN: Sim, só me deixem no apartamento e levem o meu carro para o conserto.

MOTORISTA: Sim, senhorita.

Chegamos no meu apartamento e eles sobem com as minhas malas, e o meu motorista sai com o carro para o conserto, o meu segurança fica comigo, mas me deixa sozinha no meu quarto.

YASMIN: Eu vou enlouquecer. Esse cara deve estar querendo morrer, é a segunda vez que ele bate em um veículo meu. Primeiro foi na minha moto, que precisei pintar de novo, e agora o meu carro? Sério? Espero que ele ame a vida da mesma forma que preza pela saúde do irmão, porque mais um deslize dele e ele vira finado.

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